24/01/2011 06h37 - Atualizado em
23/09/2015 13h29
Evento de mobilização contra a dengue reúne ministro da Saúde, governos Estadual e municipais no Palácio Anchieta neste domingo (23)

A mobilização contra a proliferação do mosquito da dengue foi o foco de uma reunião realizada na manhã deste domingo no Palácio Anchieta. O evento foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), e contou com a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, governador Renato Casagrande, secretários de Estado e municipais, prefeitos de 37 cidades, autoridades e representantes da sociedade civil organizada.
O objetivo da reunião, que teve a presença de aproximadamente 600 pessoas, foi alertar prefeitos e secretários municipais de Saúde quanto à situação da doença no Espírito Santo, que desde o final do ano passado vem apresentando aumento na média semanal de notificações.
O secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, ressaltou que o trabalho de eliminação dos focos do mosquito da dengue deve ser constante e envolver esforços tanto dos órgãos públicos quanto da sociedade em geral.
“Atualmente, 84% dos focos dos mosquitos estão nas residências, em locais como piscinas, caixas d´água e vasos de plantas. Por isso, é muito importante a mobilização popular para evitar uma possível epidemia”, destacou o secretário.
Marino lembrou que os casos graves da doença vêm aumentando a cada ano e a maior preocupação neste período de verão – propício para a proliferação do Aedes aegypti – é o cuidado na assistência aos pacientes.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, foi direto ao afirmar para o ministro Alexandre Padilha, que o Estado somente afastará o risco de epidemia da dengue se a sociedade se mobilizar e, para que isso ocorra, todas as estratégias e ações sobre este tema devem ser compartilhadas entre os estados, os municípios e o ministério da Saúde. “Ministro, o Espírito Santo é um Estado que vive há muito tempo o drama de perder vidas por causa da dengue. Nosso principal objetivo é transformar essa difícil realidade em algo do passado. Precisamos construir uma interlocução permanente com o Governo Federal para atuar no combate à doença, no auxílio às vítimas e à população. Esta reunião, em pleno domingo de verão, mostra o quanto o capixaba está preocupado e deseja enfrentar este grave problema que nos aflige. Leve esta mensagem para nossa presidenta Dilma ,” sinalizou o governador Casagrande.
A orientação da Sesa é que, ao surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, dor no fundo dos olhos e náuseas, a pessoa procure uma unidade de saúde municipal e beba bastante líquido, pois apenas de 5% a 10% dos casos de dengue são mais graves e necessitam de internação hospitalar.
O Espírito Santo foi o sétimo Estado visitado pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha na caravana nacional de mobilização contra a dengue. Ele destacou a importância da união de esforços das esferas federal, estadual, municipal e da sociedade para diminuir o número de casos de dengue.
“É fundamental que a gente se antecipe ao aumento do número de casos e de óbitos e que cada um faça a sua parte para evitar a proliferação do mosquito. O combate à dengue deve estar presente na vida de todas as pessoas”, afirmou Padilha.
Ele destacou ainda a importância da preparação da rede de saúde para atendimento aos pacientes no Estado e municípios e o preparo dos profissionais para a identificação dos sinais da doença. O ministro elogiou a criação e utilização do Cartão da Prova do Laço, pela Secretaria de Estado da Saúde, um recurso simples, mas que pode salvar muitas vidas.
O Cartão é um exame clínico realizado para auxiliar na avaliação dos pacientes enfermos, principalmente aqueles com sintomas da dengue hemorrágica. Além de instruções, o Cartão dispõe de uma área de leitura vazada de 2,5 cm por 2,5 cm para facilitar a contagem dos pontos de hemorragia.
Atribuições
Em linhas gerais, o Governo Federal é responsável pela normatização técnica, provimento de insumos, coordenação da rede nacional de laboratórios, execução de ações de mobilização social no âmbito nacional e nos estados (nestes, atuando como parceiro) e capacitação e assistência (assessoria) técnica aos Estados.
O Estado é o encarregado pelas ações de capacitação de profissionais; gestão dos estoques de inseticidas e biolarvicidas; provimento de equipamento de proteção individual e aspersão; execução de ações de mobilização social no âmbito estadual e nos municípios (nestes, atuando como parceiro), gestão dos kits para diagnóstico e elaboração do Plano Estadual de Contingência para epidemias.
Já aos municípios, compete realizar levantamento da infestação dos mosquitos; eliminar/tratar focos da doença; gerir o estoque de inseticidas e biolarvicidas no âmbito municipal; executar ações de mobilização social no âmbito municipal; notificar e investigar casos e óbitos suspeitos de dengue na assistência; realizar atendimento ao paciente suspeito de dengue na atenção primária, bem como viabilizar o Plano Municipal de Contingência.
Números
A Sesa recebeu um total de 1.294 notificações de dengue entre o dia 02 de janeiro e a última sexta-feira (21), sendo 23 da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica).
Em 2010, houve 40.761 registros de dengue, com 1.829 notificações da forma grave da doença, incluindo 16 óbitos confirmados e quatro em investigação.
Municípios com maior incidência (janeiro)
A incidência calcula a quantidade de casos de uma doença em relação ao número de habitantes. Os números absolutos não levam o número de habitantes em consideração e, portanto, não mostram a situação real de determinada localidade.
Para o cálculo da incidência, divide-se o número de notificações pelo quantitativo populacional do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
Ações
Neste começo de ano, a Sesa já vem fazendo visitas de supervisão e capacitação nos prontos-atendimentos (PAs) e prontos-socorros da Grande Vitória. A equipe da Secretaria já passou pelos PAs de Itacibá, Infantil de Cariacica, de Viana e da Glória, além do Hospital Estadual Infantil de Vitória. O objetivo é avaliar o atendimento ao paciente com suspeita de dengue.
Profissionais da Superintendência de Saúde de São Mateus e Colatina, respectivamente, estiveram em Pinheiros e Marilândia, a fim de prestar apoio técnico e avaliar a necessidade de utilização de fumacê, como já vem sendo feito em Marilândia.
Em 2010, foram capacitados 470 profissionais da Saúde, entre médicos e enfermeiros da atenção primária, além de técnicos municipais na mobilização e manejo de inseticidas. A Sesa adquiriu 14 veículos fumacê (compondo uma frota total de 37 veículos), 150 bombas costais motorizadas (das quais 115 foram para municípios) e refrigeradores para acondicionamento de amostras biológicas.
Ainda no ano passado, foi realizado um seminário – a fim de alertar a população, autoridades e sociedade civil quanto à eliminação de criadouros – além de oficinas regionais, para construção do plano de contingência da dengue. A Sesa também reproduziu e distribuiu materiais para assistência.
Como se prevenir:
- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
- Tirar água dos vasos de plantas;
- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.;
- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/ Valesca de Monteiro
Texto: Marcos Bonn/ Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Superintendência-adjunta de Imprensa – Secom
Handerson Siqueira
(27) 9949-5344
O objetivo da reunião, que teve a presença de aproximadamente 600 pessoas, foi alertar prefeitos e secretários municipais de Saúde quanto à situação da doença no Espírito Santo, que desde o final do ano passado vem apresentando aumento na média semanal de notificações.
O secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, ressaltou que o trabalho de eliminação dos focos do mosquito da dengue deve ser constante e envolver esforços tanto dos órgãos públicos quanto da sociedade em geral.
“Atualmente, 84% dos focos dos mosquitos estão nas residências, em locais como piscinas, caixas d´água e vasos de plantas. Por isso, é muito importante a mobilização popular para evitar uma possível epidemia”, destacou o secretário.
Marino lembrou que os casos graves da doença vêm aumentando a cada ano e a maior preocupação neste período de verão – propício para a proliferação do Aedes aegypti – é o cuidado na assistência aos pacientes.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, foi direto ao afirmar para o ministro Alexandre Padilha, que o Estado somente afastará o risco de epidemia da dengue se a sociedade se mobilizar e, para que isso ocorra, todas as estratégias e ações sobre este tema devem ser compartilhadas entre os estados, os municípios e o ministério da Saúde. “Ministro, o Espírito Santo é um Estado que vive há muito tempo o drama de perder vidas por causa da dengue. Nosso principal objetivo é transformar essa difícil realidade em algo do passado. Precisamos construir uma interlocução permanente com o Governo Federal para atuar no combate à doença, no auxílio às vítimas e à população. Esta reunião, em pleno domingo de verão, mostra o quanto o capixaba está preocupado e deseja enfrentar este grave problema que nos aflige. Leve esta mensagem para nossa presidenta Dilma ,” sinalizou o governador Casagrande.
A orientação da Sesa é que, ao surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, dor no fundo dos olhos e náuseas, a pessoa procure uma unidade de saúde municipal e beba bastante líquido, pois apenas de 5% a 10% dos casos de dengue são mais graves e necessitam de internação hospitalar.
O Espírito Santo foi o sétimo Estado visitado pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha na caravana nacional de mobilização contra a dengue. Ele destacou a importância da união de esforços das esferas federal, estadual, municipal e da sociedade para diminuir o número de casos de dengue.
“É fundamental que a gente se antecipe ao aumento do número de casos e de óbitos e que cada um faça a sua parte para evitar a proliferação do mosquito. O combate à dengue deve estar presente na vida de todas as pessoas”, afirmou Padilha.
Ele destacou ainda a importância da preparação da rede de saúde para atendimento aos pacientes no Estado e municípios e o preparo dos profissionais para a identificação dos sinais da doença. O ministro elogiou a criação e utilização do Cartão da Prova do Laço, pela Secretaria de Estado da Saúde, um recurso simples, mas que pode salvar muitas vidas.
O Cartão é um exame clínico realizado para auxiliar na avaliação dos pacientes enfermos, principalmente aqueles com sintomas da dengue hemorrágica. Além de instruções, o Cartão dispõe de uma área de leitura vazada de 2,5 cm por 2,5 cm para facilitar a contagem dos pontos de hemorragia.
Atribuições
Em linhas gerais, o Governo Federal é responsável pela normatização técnica, provimento de insumos, coordenação da rede nacional de laboratórios, execução de ações de mobilização social no âmbito nacional e nos estados (nestes, atuando como parceiro) e capacitação e assistência (assessoria) técnica aos Estados.
O Estado é o encarregado pelas ações de capacitação de profissionais; gestão dos estoques de inseticidas e biolarvicidas; provimento de equipamento de proteção individual e aspersão; execução de ações de mobilização social no âmbito estadual e nos municípios (nestes, atuando como parceiro), gestão dos kits para diagnóstico e elaboração do Plano Estadual de Contingência para epidemias.
Já aos municípios, compete realizar levantamento da infestação dos mosquitos; eliminar/tratar focos da doença; gerir o estoque de inseticidas e biolarvicidas no âmbito municipal; executar ações de mobilização social no âmbito municipal; notificar e investigar casos e óbitos suspeitos de dengue na assistência; realizar atendimento ao paciente suspeito de dengue na atenção primária, bem como viabilizar o Plano Municipal de Contingência.
Números
A Sesa recebeu um total de 1.294 notificações de dengue entre o dia 02 de janeiro e a última sexta-feira (21), sendo 23 da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica).
Em 2010, houve 40.761 registros de dengue, com 1.829 notificações da forma grave da doença, incluindo 16 óbitos confirmados e quatro em investigação.
Municípios com maior incidência (janeiro)
A incidência calcula a quantidade de casos de uma doença em relação ao número de habitantes. Os números absolutos não levam o número de habitantes em consideração e, portanto, não mostram a situação real de determinada localidade.
Para o cálculo da incidência, divide-se o número de notificações pelo quantitativo populacional do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
Ações
Neste começo de ano, a Sesa já vem fazendo visitas de supervisão e capacitação nos prontos-atendimentos (PAs) e prontos-socorros da Grande Vitória. A equipe da Secretaria já passou pelos PAs de Itacibá, Infantil de Cariacica, de Viana e da Glória, além do Hospital Estadual Infantil de Vitória. O objetivo é avaliar o atendimento ao paciente com suspeita de dengue.
Profissionais da Superintendência de Saúde de São Mateus e Colatina, respectivamente, estiveram em Pinheiros e Marilândia, a fim de prestar apoio técnico e avaliar a necessidade de utilização de fumacê, como já vem sendo feito em Marilândia.
Em 2010, foram capacitados 470 profissionais da Saúde, entre médicos e enfermeiros da atenção primária, além de técnicos municipais na mobilização e manejo de inseticidas. A Sesa adquiriu 14 veículos fumacê (compondo uma frota total de 37 veículos), 150 bombas costais motorizadas (das quais 115 foram para municípios) e refrigeradores para acondicionamento de amostras biológicas.
Ainda no ano passado, foi realizado um seminário – a fim de alertar a população, autoridades e sociedade civil quanto à eliminação de criadouros – além de oficinas regionais, para construção do plano de contingência da dengue. A Sesa também reproduziu e distribuiu materiais para assistência.
Como se prevenir:
- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
- Tirar água dos vasos de plantas;
- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.;
- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/ Valesca de Monteiro
Texto: Marcos Bonn/ Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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(27) 9949-5344