06/02/2012 13h48 - Atualizado em
23/09/2015 13h32
Governo do ES começa a veicular campanha da dengue nesta segunda-feira (06)

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lança, nesta segunda (06), uma campanha voltada para a assistência aos pacientes com dengue. O objetivo é orientar a população quanto aos sinais e sintomas da doença e à necessidade de procurar um serviço de saúde imediatamente, evitando, assim, que ela evolua para o óbito.
A campanha será veiculada nas mídias de rádio, TV e cinema, com abrangência em todo o Espírito Santo. A coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Sesa, Gilsa Rodrigues, explica que a preocupação do Governo com esta campanha é informar à população que a dengue é uma doença grave, que pode matar.
A mensagem da campanha mostra que, aos primeiros sinais de febre, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e dor em volta dos olhos, é preciso procurar uma Unidade de Saúde. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e abundantes, tonteira, irritabilidade e sonolência podem indicar a evolução para um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
“É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sinais, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças”, reforça Gilsa. Ela ressalta que é preciso ainda atenção especial à queda da febre que, no caso da dengue, não significa sempre a melhora do paciente e, sim, pode ser sinal de gravidade.
A maior parte das consequências graves causadas pela doença aparece em até 48 horas após o fim do quadro febril, quando já não se dá tanta atenção ao tratamento. O período de piora é quando a febre diminui, entre o terceiro e quinto dias da doença. Para saber se uma pessoa está com febre, basta usar um termômetro.
Outra orientação importante da Sesa está relacionada à hidratação. A ingestão de líquidos pode e deve ser iniciada aos primeiros sintomas, antes mesmo da primeira consulta médica, que deve ser feita na Unidade de Saúde do município. A quantidade de líquido pode variar, mas o mínimo é de dois litros por dia. Para saber se a hidratação está sendo feita de modo correto, pode-se observar a cor da urina. Se estiver clara é sinal que está menos concentrada e que a ingestão de líquido está surtindo efeito.
Casos
De 01 a 28 de janeiro deste ano, foram registrados no Espírito Santo 1.982 notificações de dengue. O número é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram notificados 3.305 casos.
A menor quantidade de casos, porém, não significa que a população deve ficar tranqüila, pois os picos da doença variam a cada ano, dependendo do período de chuvas.
Gilsa lembra que os últimos dois meses foram de chuvas torrenciais no Estado, sendo que a água intensa que caiu acabou “lavando” os recipientes que poderiam servir como criadouro do mosquito e eliminando possíveis larvas.
A diminuição das chuvas, há cerca de 15 dias, e a prevalência do calor aumentam os riscos de proliferação do mosquito. Por isso, a orientação da Sesa neste período é para que a população faça uma vistoria em casa, limpando calhas, verificando caixas d´água e vasilhames no quintal, para que eles não se tornem espaço de reprodução.
“As pessoas devem escolher um dia da semana para eliminar os criadouros do mosquito. Dentro das casas está a maioria dos focos”, ressalta a coordenadora. Os principais depósitos encontrados no Espírito Santo, em 2011, para a proliferação do mosquito foram, na ordem, os objetos inservíveis, reservatórios de água e vasos de plantas.
Combate
Além da orientação à população, a Sesa vem atuando na capacitação dos profissionais de saúde dos municípios em manejo clínico, envolvendo médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Neste ano, a capacitação foi iniciada em Viana, que foi o município que apresentou a maior incidência da doença no ano de 2011. O próximo a ter seus profissionais treinados será Cariacica
Para ajudar o município no controle do mosquito, a Sesa está comprando equipamentos específicos : são 350 bombas costais manuais que expelem inseticida e 15 veículos fumacê – outras 115 bombas costais motorizadas já foram distribuídas e 35 estão à disposição.
Os novos carros se juntarão aos demais 28, totalizando 43. Os automóveis e as bombas serão disponibilizados para localidades que sofrem com surto momentâneo da doença. O investimento total é da ordem de R$ 2 milhões.
Recentemente, o Ministério da Saúde também aprovou 22 projetos municipais contra dengue, que garantiram ao Espírito Santo um adicional de R$ 2,5 milhões contra a doença. Cada município recebeu a verba de acordo com o seu número de habitantes e perfil epidemiológico.
Histórico
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, é originário da África, inicialmente descrito no Egito. No Brasil, foi introduzido no período colonial, durante a época do tráfico de escravos. O vírus foi reintroduzido em Belém do Pará, em 1967. Neste ano, o mosquito já é encontrado em todos os Estados brasileiros.
No Espírito Santo, o vetor está presente pelo menos desde 1990, época em que foi registrada a sua presença por meio de levantamentos entomológicos realizados pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes), da Sesa.
Na oportunidade, o mosquito foi encontrado em 16 municípios do Estado. De lá para cá, a dispersão do vetor se deu de forma crescente, com uma maior velocidade a partir de 1995, ano em que houve o registro dos primeiros casos do agravo, quando existiam 20 municípios com infestação pelo vetor.
Saiba como combater o mosquito
Lixo:
- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios.
- Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes latas, copos, garrafas vazias etc.
- Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana.
Plantas e jardins:
- Encha de areia até a borda os pratos dos vasos de planta.
- Se você não colocou areia e acumulou água no prato de planta, lave-o com escova, água e sabão. Faça isso uma vez por semana.
- Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.
Caixas d’água, calhas e lajes:
- Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje.
- Remova folha, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.
- Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.
Tonéis e depósitos de água:
- Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água.
- Lave semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água.
- Lave principalmente por dentro com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa como jarras, garrafas, potes e baldes.
Informações à Imprensa:
Alessandra Fornazier/ Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9983-3246/9969-8271/ 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
A campanha será veiculada nas mídias de rádio, TV e cinema, com abrangência em todo o Espírito Santo. A coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Sesa, Gilsa Rodrigues, explica que a preocupação do Governo com esta campanha é informar à população que a dengue é uma doença grave, que pode matar.
A mensagem da campanha mostra que, aos primeiros sinais de febre, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e dor em volta dos olhos, é preciso procurar uma Unidade de Saúde. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e abundantes, tonteira, irritabilidade e sonolência podem indicar a evolução para um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
“É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sinais, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças”, reforça Gilsa. Ela ressalta que é preciso ainda atenção especial à queda da febre que, no caso da dengue, não significa sempre a melhora do paciente e, sim, pode ser sinal de gravidade.
A maior parte das consequências graves causadas pela doença aparece em até 48 horas após o fim do quadro febril, quando já não se dá tanta atenção ao tratamento. O período de piora é quando a febre diminui, entre o terceiro e quinto dias da doença. Para saber se uma pessoa está com febre, basta usar um termômetro.
Outra orientação importante da Sesa está relacionada à hidratação. A ingestão de líquidos pode e deve ser iniciada aos primeiros sintomas, antes mesmo da primeira consulta médica, que deve ser feita na Unidade de Saúde do município. A quantidade de líquido pode variar, mas o mínimo é de dois litros por dia. Para saber se a hidratação está sendo feita de modo correto, pode-se observar a cor da urina. Se estiver clara é sinal que está menos concentrada e que a ingestão de líquido está surtindo efeito.
Casos
De 01 a 28 de janeiro deste ano, foram registrados no Espírito Santo 1.982 notificações de dengue. O número é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram notificados 3.305 casos.
A menor quantidade de casos, porém, não significa que a população deve ficar tranqüila, pois os picos da doença variam a cada ano, dependendo do período de chuvas.
Gilsa lembra que os últimos dois meses foram de chuvas torrenciais no Estado, sendo que a água intensa que caiu acabou “lavando” os recipientes que poderiam servir como criadouro do mosquito e eliminando possíveis larvas.
A diminuição das chuvas, há cerca de 15 dias, e a prevalência do calor aumentam os riscos de proliferação do mosquito. Por isso, a orientação da Sesa neste período é para que a população faça uma vistoria em casa, limpando calhas, verificando caixas d´água e vasilhames no quintal, para que eles não se tornem espaço de reprodução.
“As pessoas devem escolher um dia da semana para eliminar os criadouros do mosquito. Dentro das casas está a maioria dos focos”, ressalta a coordenadora. Os principais depósitos encontrados no Espírito Santo, em 2011, para a proliferação do mosquito foram, na ordem, os objetos inservíveis, reservatórios de água e vasos de plantas.
Combate
Além da orientação à população, a Sesa vem atuando na capacitação dos profissionais de saúde dos municípios em manejo clínico, envolvendo médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Neste ano, a capacitação foi iniciada em Viana, que foi o município que apresentou a maior incidência da doença no ano de 2011. O próximo a ter seus profissionais treinados será Cariacica
Para ajudar o município no controle do mosquito, a Sesa está comprando equipamentos específicos : são 350 bombas costais manuais que expelem inseticida e 15 veículos fumacê – outras 115 bombas costais motorizadas já foram distribuídas e 35 estão à disposição.
Os novos carros se juntarão aos demais 28, totalizando 43. Os automóveis e as bombas serão disponibilizados para localidades que sofrem com surto momentâneo da doença. O investimento total é da ordem de R$ 2 milhões.
Recentemente, o Ministério da Saúde também aprovou 22 projetos municipais contra dengue, que garantiram ao Espírito Santo um adicional de R$ 2,5 milhões contra a doença. Cada município recebeu a verba de acordo com o seu número de habitantes e perfil epidemiológico.
Histórico
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, é originário da África, inicialmente descrito no Egito. No Brasil, foi introduzido no período colonial, durante a época do tráfico de escravos. O vírus foi reintroduzido em Belém do Pará, em 1967. Neste ano, o mosquito já é encontrado em todos os Estados brasileiros.
No Espírito Santo, o vetor está presente pelo menos desde 1990, época em que foi registrada a sua presença por meio de levantamentos entomológicos realizados pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes), da Sesa.
Na oportunidade, o mosquito foi encontrado em 16 municípios do Estado. De lá para cá, a dispersão do vetor se deu de forma crescente, com uma maior velocidade a partir de 1995, ano em que houve o registro dos primeiros casos do agravo, quando existiam 20 municípios com infestação pelo vetor.
Saiba como combater o mosquito
Lixo:
- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios.
- Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes latas, copos, garrafas vazias etc.
- Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana.
Plantas e jardins:
- Encha de areia até a borda os pratos dos vasos de planta.
- Se você não colocou areia e acumulou água no prato de planta, lave-o com escova, água e sabão. Faça isso uma vez por semana.
- Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.
Caixas d’água, calhas e lajes:
- Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje.
- Remova folha, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.
- Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.
Tonéis e depósitos de água:
- Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água.
- Lave semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água.
- Lave principalmente por dentro com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa como jarras, garrafas, potes e baldes.
Informações à Imprensa:
Alessandra Fornazier/ Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
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Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9983-3246/9969-8271/ 9943-2776
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