05/12/2011 08h49 - Atualizado em
23/09/2015 13h32
Governo do ES e municípios debaterão o autismo nesta quarta-feira (07)
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizará nesta quarta-feira (07), em Vitória, o Encontro da Comissão Estadual do “Projeto Diagnóstico Situacional do Autismo/Deficiência Intelectual no ES”. No evento, serão avaliados dados sobre a doença nos municípios e apresentadas palestras com especialistas sobre o assunto.
O Projeto tem o objetivo de reunir dados de autistas nos municípios capixabas e fazer um diagnóstico situacional e quantitativo sobre a doença, que é ainda pouco conhecida no Brasil. Segundo o responsável pela Coordenação da Pessoa com Deficiência da Sesa, o psiquiatra Vicente Ramatis Lima, esse é um trabalho pioneiro, que vem despertando, inclusive, o interesse de outros Estados.
Vicente explica que, ao longo deste ano, questionários foram enviados às secretarias municipais de saúde para cadastramento de informações. Como alguns municípios tiveram dificuldade para respondê-lo, devido ao pouco conhecimento sobre o assunto, será realizado este encontro, visando oferecer mais informações e esclarecer dúvidas sobre o projeto.
“Além de apresentar o relatório dos dados obtidos até o momento, faremos a introdução de uma capacitação para os profissionais dos municípios com especialistas do Estado”, ressalta Vicente. A partir deste projeto, as informações obtidas ajudarão na formulação de políticas de saúde pública específicas para os autistas.
Foram convidados para o evento representantes de municípios e entidades ligadas ao assunto, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Sociedade Pestalozzi e Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes).
Três temas serão abordados em palestras de meia hora: “Reconhecendo o Autismo”, com a neuropediatra e psiquiatra Telma Pimenta; “Córtex Pré-frontal e Autismo”, com a chefe do Núcleo de Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ester Nakamura; e “Como trabalhar estatísticas”, com mestre e doutor em Ciências Fisiológicas Roney W. Dias de Oliveira.
Dados
Na década de 1990, estimava-se que de cada 10 mil nascimentos, um bebê era autista no Brasil. Nos Estados Unidos e Europa, porém, esta estatística é, atualmente, de um para cada 165 nascidos. Esta discrepância foi um dos motivos que levaram a Sesa a iniciar o Projeto.
Além de buscar números mais consistentes da doença no Estado, a Coordenação da Pessoa com Deficiência Física da Sesa atuará em outra frente, que envolve a divulgação de informações sobre ela. Atualmente, isto é trabalhado de modo fragmentado pelas diversas instituições que atendem aos autistas.
Para Vicente, é importante que os sinais característicos sejam identificados o mais cedo possível. Deste modo, o acompanhamento médico poderá ser feito de imediato. Entre as ações previstas está a intenção de publicar um manual de identificação dos traços da pessoa autista.
O autismo
Segundo Vicente Ramatis Lima, o autismo é uma doença com a qual a pessoa já nasce e de caráter permanente. Não há causas definidas, mas trabalha-se com hipóteses que passam pela discussão dos aditivos químicos nos alimentos, uso do álcool na gravidez, alteração genética. O diagnóstico é feito pelo pediatra, neuropediatra ou psiquiatra.
Existem vários graus de autismo. Ele se caracteriza por um comportamento de não interação do autista com as pessoas ao redor (falta de interação social), pela repetição de palavras ou sílabas e gritos. Por isto a importância de se fazer o acompanhamento desde cedo.
Na rede estadual, os atendimentos são realizados nos ambulatórios. Mas a maioria dos serviços voltados ao autista são promovidos em instituições filantrópicas ou realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) municipais.
Serviço
Data: 7/12/11
Horários: 8h30 às 12 horas
Local: Subsecretaria Estadual de Direitos Humanos
Endereço: Avenida Paulino Muller, nº 200, Ilha de Santa Maria, Vitória, ES.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Fabricio Fernandes/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O Projeto tem o objetivo de reunir dados de autistas nos municípios capixabas e fazer um diagnóstico situacional e quantitativo sobre a doença, que é ainda pouco conhecida no Brasil. Segundo o responsável pela Coordenação da Pessoa com Deficiência da Sesa, o psiquiatra Vicente Ramatis Lima, esse é um trabalho pioneiro, que vem despertando, inclusive, o interesse de outros Estados.
Vicente explica que, ao longo deste ano, questionários foram enviados às secretarias municipais de saúde para cadastramento de informações. Como alguns municípios tiveram dificuldade para respondê-lo, devido ao pouco conhecimento sobre o assunto, será realizado este encontro, visando oferecer mais informações e esclarecer dúvidas sobre o projeto.
“Além de apresentar o relatório dos dados obtidos até o momento, faremos a introdução de uma capacitação para os profissionais dos municípios com especialistas do Estado”, ressalta Vicente. A partir deste projeto, as informações obtidas ajudarão na formulação de políticas de saúde pública específicas para os autistas.
Foram convidados para o evento representantes de municípios e entidades ligadas ao assunto, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Sociedade Pestalozzi e Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes).
Três temas serão abordados em palestras de meia hora: “Reconhecendo o Autismo”, com a neuropediatra e psiquiatra Telma Pimenta; “Córtex Pré-frontal e Autismo”, com a chefe do Núcleo de Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ester Nakamura; e “Como trabalhar estatísticas”, com mestre e doutor em Ciências Fisiológicas Roney W. Dias de Oliveira.
Dados
Na década de 1990, estimava-se que de cada 10 mil nascimentos, um bebê era autista no Brasil. Nos Estados Unidos e Europa, porém, esta estatística é, atualmente, de um para cada 165 nascidos. Esta discrepância foi um dos motivos que levaram a Sesa a iniciar o Projeto.
Além de buscar números mais consistentes da doença no Estado, a Coordenação da Pessoa com Deficiência Física da Sesa atuará em outra frente, que envolve a divulgação de informações sobre ela. Atualmente, isto é trabalhado de modo fragmentado pelas diversas instituições que atendem aos autistas.
Para Vicente, é importante que os sinais característicos sejam identificados o mais cedo possível. Deste modo, o acompanhamento médico poderá ser feito de imediato. Entre as ações previstas está a intenção de publicar um manual de identificação dos traços da pessoa autista.
O autismo
Segundo Vicente Ramatis Lima, o autismo é uma doença com a qual a pessoa já nasce e de caráter permanente. Não há causas definidas, mas trabalha-se com hipóteses que passam pela discussão dos aditivos químicos nos alimentos, uso do álcool na gravidez, alteração genética. O diagnóstico é feito pelo pediatra, neuropediatra ou psiquiatra.
Existem vários graus de autismo. Ele se caracteriza por um comportamento de não interação do autista com as pessoas ao redor (falta de interação social), pela repetição de palavras ou sílabas e gritos. Por isto a importância de se fazer o acompanhamento desde cedo.
Na rede estadual, os atendimentos são realizados nos ambulatórios. Mas a maioria dos serviços voltados ao autista são promovidos em instituições filantrópicas ou realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) municipais.
Serviço
Data: 7/12/11
Horários: 8h30 às 12 horas
Local: Subsecretaria Estadual de Direitos Humanos
Endereço: Avenida Paulino Muller, nº 200, Ilha de Santa Maria, Vitória, ES.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Fabricio Fernandes/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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