17/10/2011 06h34 - Atualizado em 23/09/2015 13h31

Governo do ES lançará projeto para detecção precoce de câncer infantil

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançará, nesta segunda-feira (17), o “Projeto Bem Querer – Diagnóstico Precoce do Câncer Infanto-Juvenil”, realizado às 15 horas na sede da Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (ACACCI), entidade que desenvolve a iniciativa no Estado. Inicialmente, profissionais da saúde de três municípios capixabas serão qualificados para fazer a detecção precoce da doença em crianças e adolescentes.

O Projeto é reflexo de uma parceria nacional entre o Instituto Ronald McDonald, Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) para o incentivo à detecção precoce da doença em crianças e adolescentes. No Estado, a ACACCI foi a organização não governamental (ONG) selecionada a desenvolver ações neste sentido, com o apoio do Governo.

Para que a ONG pudesse participar da seleção, foi necessária a anuência do secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, explica a oncologista pediatra do Hospital Estadual Infantil de Vitória, Gláucia Perini Zouain Figueiredo. “Ele nos recebeu e prontamente assinou a anuência. Agora, na segunda-feira (17), vamos lançar o Projeto”, conta a médica.

O Projeto

O projeto consiste basicamente em estimular a detecção precoce de câncer em crianças e adolescentes, de zero a 18 anos completos. Para isso, uma equipe composta por médicos oncologistas pediatras, enfermeiros, assistentes sociais e a coordenadora da Rede de Oncologia da Sesa, Rita Rocha, capacitarão profissionais da saúde da atenção primária dos municípios.

“Uma equipe vai para o interior do Estado para capacitar os profissionais da Estratégia Saúde da Família para que eles possam fazer precocemente o diagnóstico do câncer infantil. Este tipo de câncer não se previne, como o adulto, pois não tem relação com fatores ambientais”, diz a especialista.

“Tem que se fazer a suspeita e o imediato encaminhamento para a confirmação no hospital de referência (Infantil de Vitória), e então iniciar o tratamento adequado. Desta forma, diminuímos as sequelas de um tratamento (que seria mais agressivo para a doença avançada) e aumentamos os índices de cura”, completou.

Fase inicial

Nesta fase inicial, a equipe do Projeto focará três municípios da Região Serrana capixaba: Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Santa Teresa, local onde as capacitações estão marcadas para começar já na terça-feira (18), com previsão de duração até 21 de dezembro. “Estamos na fase piloto, atendendo a três municípios inicialmente, que estão mais perto de Vitória, mas temos a intenção de expandir para todo o Espírito Santo”, revela a pediatra.

Entre o público-alvo visado pelo Projeto estão médicos, enfermeiros e demais componentes da Estratégia Saúde da Família (ESF), além de agentes comunitários de saúde. Durante os treinamentos, os participantes terão contato com diversos assuntos. “Eles vão entender o funcionamento da Rede de Atenção Oncológica, favorecendo o fluxo. Se houver suspeita da doença, vão saber o que fazer e encaminhar para o centro de referência”, ressalta Gláucia.

“Manteremos contato com eles. Eles serão instruídos quanto aos direitos que as crianças e a família têm e sobre os cuidados quando em tratamento. É importante que saibam identificar sinais e sintomas de alerta e a melhor forma de abordá-los inicialmente. Dessa forma queremos fazer com que as crianças cheguem mais cedo ao hospital. Quanto menor for o tempo de evolução da doença antes do início do tratamento, maiores são as chances de cura”, conclui.

Dados

No Brasil, no Mundo e no Estado, a leucemia é o principal tipo de câncer que atinge crianças e adolescentes (cerca de 30%). Em seguida vêm os linfomas – que comprometem o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo –, seguidos pelos tumores do sistema nervoso central.

No Hospital Estadual Infantil de Vitória (Hinsg) cerca de 100 a 110 casos novos de câncer por ano são registrados, sendo que mais de 50% deles são representados pelos tipos acima. No Brasil, a estimativa é que haja 9.386 novas notificações por ano.

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