15/12/2009 06h17 - Atualizado em 23/09/2015 13h26

Governo do Estado inaugura Hospital Estadual Central nesta terça (15) e internações já começam nesta semana

Os capixabas passam a contar com mais um hospital público a partir desta semana. Nesta terça-feira (15), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), inaugurou o Hospital Estadual Central. A nova unidade, localizada no Parque Moscoso, no Centro de Vitória, terá um perfil diferenciado de atendimento e administração, o que vai proporcionar maior eficiência na prestação do serviço aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A instituição recebeu investimentos de R$ 41 milhões: R$ 4 milhões foram gastos na desapropriação do prédio; R$ 11 milhões destinados à compra de equipamentos e R$ 26 milhões para a obra. O custeio é da ordem de R$ 38 milhões por ano. O Hospital Estadual Central é um dos projetos prioritários da Política de Expansão e Modernização da Rede Hospitalar da Sesa.

Mais de mil pessoas acompanharam a solenidade de inauguração, que foi realizada em frente ao Hospital. Estiveram presentes, além do governador do Estado, Paulo Hartung, e do secretário de Saúde, Anselmo Tozi, o vice-governador Ricardo Ferraço, o prefeito de Vitória, João Coser, o vice, Tião Barbosa, e ainda secretários estaduais, deputados estaduais, diretores de hospitais, gestores e técnicos da Sesa, profissionais do Hospital Estadual Central, representantes do Ministério Público, de entidades da sociedade civil organizada, entre outras autoridades, e a população.




“O Hospital está muito bonito, totalmente refeito, todos os equipamentos novos, é um hospital 100% público, 100% custeado com recursos públicos do Governo do Estado, 100% regulado pela Central de Internação da Sesa para garantir que aqueles que mais precisam tenham o atendimento. Nós estamos muito felizes”, afirma emocionado o secretário de Estado de Saúde do Espírito Santo, Anselmo Tozi.



O secretário informa que o Hospital começa a funcionar, nesta quinta-feira (17), com 42 leitos, incluindo uma Unidade de Terapia Intensiva completa com 10 leitos. “Nós vamos começar com a ortopedia, que é o que mais pressiona e de certa forma entope os nossos grandes hospitais, particularmente os acidentes de moto, que só fazem aumentar. E, na sequência, vamos iniciar os atendimentos nas outras áreas. Também já começa a funcionar o Centro de Diagnóstico, com exames de endoscopia, colonoscopia e ustrassonografia,”, adianta.



Nos primeiros 30 dias de funcionamento da unidade, a estimativa é que sejam atendidos 150 pacientes. Nos meses seguintes, serão implantados os serviços de cirurgia vascular, neurologia e a cirurgia torácica.



O governador Paulo Hartung afirmou que é com muita alegria que o Governo do Estado entrega à sociedade capixaba o Hospital Estadual Central. Hartung ressaltou que a inauguração da unidade representa mais um passo importante dentro do processo de estruturação da saúde pública no Espírito Santo. Ele lembrou que o Governo, além de fazer investimentos significativos na rede própria, vem atuando junto aos municípios, na implantação de uma rede de atenção primária eficiente, e investindo nos hospitais filantrópicos, que puderam se modernizar e ampliar sua capacidade de atendimento.



“O Governo do Estado está investindo mais de 13% do orçamento estadual na saúde. Os investimentos passam de R$ 1 bilhão. Estamos construindo três hospitais simultaneamente. Além do Hospital Estadual Central, que inauguramos hoje (15), estamos duplicando o Hospital São Lucas, que passará a ter 234 leitos, e construindo o novo Hospital Dório Silva, que terá 371 leitos. É importante lembrar que encontramos a saúde pública capixaba falida em 2003 e que com muito trabalho, planejamento e organização voltamos a ter condições de oferecer serviços de qualidade à população”, ressaltou Hartung.

O governador agradeceu a parceria com o Ministério Público e com o Tribunal de Contas do Estado, que apoiaram o novo modelo de gestão implantado no Hospital Estadual Central. Hartung destacou que representantes das duas instituições foram a São Paulo conhecer o modelo de gerenciamento hospitalar adotado pelo governo paulista há 11 anos e que será aplicado ao Hospital Estadual Central.

“Quero agradecer o apoio e a parceria de todos vocês. Estamos trazendo uma experiência bem sucedida para o Espírito Santo. Não estamos inventando a roda, estamos colocando a roda para rodar. A legislação brasileira que rege o serviço público é arcaica e não acompanhou a evolução do mundo. Com isso, os governos ficaram engessados, com pouca flexibilidade e agilidade para comprar e contratar, o que muitas vezes acaba prejudicando a prestação dos serviços públicos à população. É preciso fazer uma reforma do Estado brasileiro, mas enquanto isso não acontece o Governo capixaba está empenhado em fazer cada vez melhor com as regras atuais”, pontuou.

Acesso



Com capacidade para 760 internações por mês, o novo hospital – que é 100% público - vai atender exclusivamente aos pacientes encaminhados pelos hospitais estaduais Dório Silva, São Lucas e Antônio Bezerra de Faria que necessitem de atendimento cirúrgico em média e alta complexidade.



Ou seja, essa unidade hospitalar funcionará como retaguarda para outros hospitais estaduais, ampliando o número de leitos e agilizando o atendimento na rede hospitalar pública. Todo o acesso será regulado pela Sesa, por meio da Central de Regulação de Internação, que vai utilizar protocolo on-line.



“O Hospital Estadual Central vai funcionar como retaguarda e não atenderá diretamente ao público, pois não tem pronto-socorro, como nos nossos outros hospitais, que atendem urgência e emergência. Esse Hospital vai ser referência e retaguarda para os Hospitais São Lucas, Dório Silva e Bezerra de Faria. Todos os pacientes serão encaminhados desses hospitais pela nossa Central de Regulação. A ideia é exatamente desafogar essas grandes unidades, principalmente contra esses problemas de acidente de trânsito”, explica o secretário Anselmo Tozi.



O secretário informa que o Hospital vai realizar cirurgias ortopédicas, vasculares, de tórax e neurocirurgias, e vai oferecer atendimento de clínica médica e internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ele vai funcionar com um total de 624 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos e pessoal da área administrativa.

Estrutura



“São 8.266,22 metros quadrados de área construída em oito pavimentos, que abrigarão 26 enfermarias; 05 consultórios, ampla UTI, centro cirúrgico com cinco salas, posto de coleta, laboratório, farmácia, sala de gesso, cinco salas de espera para visitante, entre outros espaços”, enumera Anselmo Tozi. A obra foi gerenciada pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes).



O Hospital Estadual Central vai contar ainda com um Centro de Diagnóstico que dará apoio às atividades hospitalares e prestará serviço aos usuários externos, que também deverão ser encaminhados pelas unidades que compõem a rede de saúde pública do Espírito Santo. Serão realizados tomografia, raio X, endoscopia, broncoscopia, ultrassonografia e ecocardiograma.



Números

Investimento total: R$ 41 milhões
Custo da desapropriação do imóvel: R$ 4 milhões
1ª etapa da obra: R$ 16,2
2ª etapa da obra: R$ 9,8 milhões
Equipamentos: R$ 11 milhões

Custeio anual fixo (estimativa): R$ 38 milhões

Área total do hospital: 8.266,22 m²
Área reformada: 7.306,82 m²
Área ampliada: 959,40 m²

Organização

Centro de diagnóstico
- Raio X fixo
- Raio X móvel (02)
- Endoscopia
- Aparelho de ultrassonografia/ecocardiograma (02)

Equipamentos para cirurgias de alta complexidade
- Vídeo laparoscópio
- Broncofibroscópio
- Arco cirúrgico (02)

- 05 salas cirúrgicas

Leitos
- Intensivos: 29 (11 de alta dependência de cuidados)
- Observação: 06
- Recuperação pós-anestésica (RPA): 05
- Comuns: 132 (07 de isolamento)
- Total: 172

Ambientes por andar:

Térreo
- Recepção
- Serviço social
- Psicologia
- Consultórios
- Sala de gesso
- Diagnóstico
- Laboratório clínico

1º andar
- Administração
- Serviço de Nutrição
- Lavanderia

2º Andar
- Administração
- Serviço Nutrição
- Enfermarias
- Farmácia

3º andar
- Enfermarias
- Central de material esterilizado

4º andar
- Centro Cirúrgico
- Recuperação pós-anestésica
- Laboratório clínico de emergência
- Apoio logístico

5º andar
- UTI

6º andar
- Enfermarias

7º andar
- Enfermarias
- Posto de enfermagem

Novo modelo de gestão adotado no Central representará mais agilidade ao serviço

Pela primeira vez no Estado, o gerenciamento de um hospital público será feito por Organização Social de Saúde (OSS) com experiência de mais de 40 anos em administração hospitalar. A iniciativa segue modelo já adotado há 11 anos pelo governo de São Paulo e de outros estados brasileiros, com resultado positivo e alto grau de satisfação dos usuários.

Dentro deste novo conceito de funcionamento, fica a cargo da OSS Pró-Saúde, vencedora da licitação pública, o gerenciamento operacional do hospital, o que significa que ela tem a responsabilidade de contratar pessoal, realizar manutenção e comprar materiais e insumos. A gestão fica por conta da Sesa, que definirá quais os pacientes serão atendidos, a quantidade, os procedimentos a serem realizados, o padrão de qualidade e de agilidade.

Este modelo de administração trará mais eficiência na prestação do serviço prestado pela unidade, já que a administradora terá mais agilidade e flexibilidade para realização de compras e gerenciamento de recursos humanos. Para o usuário, vai significar maior agilidade e qualidade no serviço.

A melhoria na qualidade do serviço também vai ser observada nos hospitais estaduais Dório Silva, São Lucas e Antônio Bezerra de Faria. Isso porque, com o funcionamento do Hospital Estadual Central, várias cirurgias serão realizadas com mais agilidade, reduzindo o tempo médio de internação e possibilitando o atendimento a um número significativamente maior de pacientes.

Comitê

Para realizar as atividades de gestão, monitoramento, avaliação e fiscalização deste Hospital, foi criado, pela Secretaria de Estado da Saúde, o Comitê de Gestão, Monitoramento e Avaliação do Hospital Estadual Central, que será formado por cinco servidores efetivos da Sesa, sendo um médico-auditor, um enfermeiro, um administrador hospitalar, um especialista em contratualização e um analista contábil.

Além disso, também será constituído um grupo externo à Sesa, para realizar assessoria, acompanhamento e controle do Comitê de Gestão. Esse grupo terá representantes da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Organização Social é uma qualificação dada às entidades privadas sem fins lucrativos (associações, fundações ou sociedades civis), que exercem atividades de interesse público. Esse título permite que a organização receba recursos orçamentários e administre serviços, instalações e equipamentos do Poder Público.

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