As secretarias de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Saúde (Sesa) e a de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) trabalham desde a noite deste sábado (09) para o socorro e atendimento às vítimas e familiares do acidente entre um ônibus da viação Gontijo e outros dois veículos, na BR 262, em Domingos Martins.

O esforço concentrado possibilitou o rápido envio de ambulâncias e viaturas para o local e a transferência dos pacientes mais graves para os hospitais da rede estadual, na Grande Vitória. Além disso, as seis vítimas fatais foram necropciadas e os corpos liberados pelo Departamento Médico Legal (DML) ainda na manhã deste domingo (10).

A Setades, além de prestar atendimento às vítimas, disponibilizou assistentes sociais para verificar se a empresa de transporte rodoviário está tomando as providências devidas.

“Disponibilizamos os assistentes sociais para lhes dar todo o atendimento necessário neste momento de sofrimento. Além disso, qualquer família ou vítima que não tiver a atenção que merece poderá entrar em contato com a secretaria pelo telefone 3380-2155”, afirmou o secretário da pasta, Givaldo Vieira.

Samu 192

Mesmo não sendo área de atuação do Samu 192, o Serviço Móvel de Urgência enviou seis ambulâncias - sendo duas UTIs e quatro básicas - para socorrer, juntamente com o Corpo de Bombeiros e quatro ambulâncias municipais, as vítimas do acidente.

“Demos a autorização do envio das ambulâncias visto a gravidade do acidente, uma vez que o suporte do Samu 192 seria de extrema importância no atendimento às vítimas. Estamos viabilizando, juntamente com os municípios da Região Serrana, o início do funcionamento do serviço na região ainda este ano”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose.

A Central de Regulação da Sesa também esteve de prontidão, durante toda a madrugada, para viabilizar a transferência dos pacientes mais graves para os hospitais da rede estadual. O Samu 192 e as ambulâncias municipais enviaram pacientes para o Hospital São Lucas, Antônio Bezerra de Faria e Infantil de Vitória.

Uma unidade avançada (UTI) do serviço ficou fixa no local do acidente, dando apoio ao Corpo de Bombeiros, até as 3 horas deste domingo, quando os trabalhos foram encerrados no local. O clima era de mutirão entre médicos e enfermeiros do hospital de Domingos Martins, equipe do Samu 192 e médicos da região, que se deslocaram para o hospital ao saberem do acidente.

Vítimas

Duas mulheres foram levadas pelo Samu 192 para o Hospital Antônio Bezerra de Faria: Elisângela Cristina da Silva, 26 anos, e Elenice Rosário Machado, 46 anos. A primeira teve fratura no ombro e a segunda fratura exposta no pé. Ambas já foram operadas e passam bem.

Para o Hospital Infantil de Vitória foram levadas três crianças. A menina L.C.M.S., de 2 anos e 10 meses, está internada na Urgência com ferimento no braço, passa bem e vai continuar em observação. A irmã dela, M.E.M.S., de 5 anos, já teve alta, sofreu apenas ferimentos leves. A outra criança, o menino V.L.R., de 3 anos, também já teve alta.

Já no Hospital São Lucas, cinco pessoas deram entrada: Alessandra dos Santos, 31 anos, teve a perna esquerda (altura do joelho) amputada e passa bem. Renata Cristina Fernandes, 35 anos, teve um trauma renal e ferimentos extensos na região glútea esquerda, passou por procedimentos cirúrgicos e está estável. O marido dela, Expedito Alves Silva Júnior, de 38 anos, teve escoriações leves, teve alta e está acompanhando a esposa. O casal será transferido para Belo Horizonte via transporte aéreo às 18h15.

Os outros dois pacientes foram a senhora Rosária Celda Garcia, de 52 anos, que teve escoriações e passa bem, e Luiz Afonso Matias Custódio, 30 anos, que teve uma pequena lesão na região ocular esquerda e cabeça e também passa bem.

Acidente

Sobre a situação do motorista que causou o acidente, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Rodney Miranda, afirmou que ele deve ter a prisão preventiva decretada e deve ser indiciado por homicídio doloso.

“Estamos pedindo a troca da capitulação legal de homicídio culposo para doloso. No nosso entendimento ele assumiu o risco do acidente, segundo relatos dos próprios passageiros, ao exceder a velocidade e ter feito ultrapassagens forçadas, o que contribuiu para este resultado trágico”, disse.

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