01/04/2008 08h39 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Hemoes já tem mais de 33 mil doadores de medula cadastrados

O Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), responsável pelo cadastro de doadores de medula óssea no Espírito Santo, tem aumentado o número de cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e os resultados já estão aparecendo. Somente de maio de 2007 a janeiro deste ano foram encontrados 25 doadores capixabas compatíveis.

Desde 2005, quando foi iniciado o cadastro de doadores no Estado, o Hemoes registrou 33.022 candidatos no Redome. Só de 2005 a 2007 foram cadastrados 31.412 candidatos, sendo que 54% deles, mais de 17 mil pessoas, fizeram o cadastro entre junho e dezembro do ano passado. Em janeiro e fevereiro deste ano foram feitas 1.610 inscrições no Registro Nacional, que conta com cerca de 600 mil doadores cadastrados.

O número atingido pela instituição capixaba reflete o avanço do trabalho de conscientização e o maior número de pessoas que procuram as unidades do Hemocentro para efetivar o cadastro. "A população de modo geral está mais consciente e está participando mais efetivamente do processo", disse Sâmia Sechim, coordenadora de Coleta Externa do Hemoes.

Mas ainda há carência de voluntários. “É muito difícil encontrar doadores, ainda mais quando não é da família”, conta Sâmia. A primeira opção é procurar um irmão, já que a chance de compatibilidade de sangue para a doação de medula óssea é de 25%. Depois, busca-se um outro doador na família, e só então parte-se para a busca no Redome. A chance de encontrar um doador fora da família é de um para 100 mil.

Além de receber os interessados a candidatos à doação de medula nas suas unidades no Estado, o Hemoes também faz registro de cadastros em visitas externas. Ou seja, o órgão leva os equipamentos necessários para o trabalho a escolas, universidades, igrejas, comunidades, empresas e instituições. "As visitas do ônibus de coleta externa para o cadastro são um sucesso. Isso permite um maior alcance no atendimento social", ressalta a coordenadora.

Brasil

Hoje, o Brasil já tem o quinto maior banco de amostras para transplantes de medula óssea do mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em pouco mais de três anos, o número de doadores cresceu quase nove vezes, pulando de 60 mil doadores cadastrados em junho de 2004 para 525 mil em outubro de 2007.

Por isso, representantes do National Marrow Donor Program (NMDP), registro de doadores de medula óssea dos Estados Unidos, vieram ao Brasil no início deste mês. O objetivo da visita foi discutir a possibilidade de integração do Redome à rede do registro americano.

Assim, o Brasil poderia aumentar ainda mais seu bando de doadores e desenvolver ainda mais o sistema nacional de transplantes de medula óssea. Além dos nove milhões de americanos cadastrados, o NMDP conta com mais três milhões de pessoas de registros cooperativos, ou seja, programas de doação de outros países. Para os Estado Unidos, essa parceria significa adicionar 600 mil doadores com características genéticas de uma vez ao seu banco de dados. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a integração está em fase de análise.

Cadastro

O candidato à doação de medula óssea precisa apresentar documento oficial de identidade com foto, preencher os formulários para o cadastramento, ter entre 18 e 55 anos, com boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas.

A pessoa que se candidatar recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue que será submetida ao exame de classificação da medula (HLA), que será cadastrado em seguida no Redome. Quando surgir compatibilidade do doador com algum dos pacientes que aguardam o transplante, novos procedimentos vão garantir a realização da doação, e são realizados diretamente pela equipe técnica do Redome.

Antes de 2005 o cadastro para doação de medula óssea era feito pela Central de Captação de Órgãos, da Sesa. Por uma questão de praticidade, passou então, a partir daquele ano, a ser feito pelo Hemoes. “Quando a pessoa vai fazer uma doação de sangue, já conversamos sobre a possibilidade de fazer o registro como doador de medula óssea. Hoje temos um profissional só para isso”, diz a coordenadora.

Informações à Imprensa:
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Texto: Rovena Storch
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