19/07/2013 10h25 - Atualizado em 23/09/2015 13h37

Himaba é certificado como centro de referência do Método Canguru

Em 2011 foi implantada no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, a primeira enfermaria destinada exclusivamente para o atendimento das mães e crianças que utilizam o Método Canguru - voltado para o desenvolvimento de bebês com peso inferior a 2,5 quilos. Pouco mais de dois anos depois, o hospital receberá certificação do Ministério da Saúde (MS) para ser centro de referência estadual e pólo de capacitação do Método.

O Himaba é a sexta unidade hospitalar no País a receber essa certificação, que será entregue na próxima segunda-feira (22), às 8 horas, no auditório da instituição, pela consultora do Ministério da Saúde, Zeni Lamy, ao secretário de Estado da Saúde Tadeu Marino. Na oportunidade, também será aberto o I Encontro Estadual de Tutores do Método Canguru.

Para a coordenadora do Programa Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Edna Vaccari, a certificação representa o reconhecimento do Ministério ao trabalho e esforço de toda a equipe e ao serviço de atendimento diferenciado prestado pela Instituição.

Em janeiro de 2011, a Sesa abriu no Hospital uma enfermaria com três leitos destinados a esse atendimento, investiu na capacitação de uma equipe multidisciplinar e formou 36 tutores no Método Canguru, sendo 12 do Himaba.

A proposta era proporcionar atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e com baixo peso, por meio de atendimento qualificado, uma das prioridades do Governo do Espírito Santo. Desde então, 154 prematuros foram beneficiados.

Segundo ela, essa equipe de tutores atuou como multiplicadora de conhecimentos e treinou 206 profissionais do Hospital, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogo, fonoaudiólogo, que trabalham diretamente com os bebês.

Como resultado de todo o trabalho implantado, o Ministério da Saúde credenciou neste ano os três leitos da enfermaria para receber recursos diferenciados e agora certifica o Himaba como Centro de Referência Estadual do Método Canguru. Com isso, o Hospital se torna polo de capacitação e poderá treinar profissionais de outras maternidades – que tenham Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e que atendam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – para também implantarem o Método Canguru.

Edna Vaccari lembra que a criação do polo de capacitação no Estado é importante para atender a necessidade de adequação dos hospitais obstétricos que possuem UTI neonatal e, portanto, são referência para atendimento de alto risco. É que a Portaria 930 do MS, de maio de 2012, determina que essas maternidades implantem o Método Canguru.

Encontro

Logo após a solenidade de certificação, será aberto o I Encontro Estadual de Tutores do Método Canguru, que reunirá, ao todo, os 36 tutores treinados nos últimos dois anos e que atuam em sete hospitais públicos e filantrópicos. São eles: o Himaba, o Hospital Estadual Dório Silva, Hospital das Clínicas, a ProMatre, a Santa Casa de Misericórdia de Vitória, o Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim e o Hospital Rio Doce, em Linhares.

Serão dois dias de evento, segunda (22) e terça-feira (23), das 8 às 18 horas, para atualização e troca de experiências com a consultora do Ministério da Saúde. Também foram convidados os gestores dessas maternidades com tutores treinados para o Método Canguru para discutirem a importância da melhoria da qualidade da atenção à saúde prestada à gestante, ao recém-nascido e sua família.

O Método

O Método Canguru é uma norma de atenção humanizada voltada ao recém-nascido prematuro com menos de 37 semanas, baixo peso (menos de 2,5 Kg), que busca deixar a criança em contato direto (pele a pele) com a mãe, na posição canguru para estimular o aleitamento materno e o vínculo afetivo, além de evitar infecções, diminuindo o tempo de internação.

O método consiste em três etapas. A primeira ocorre com o acompanhamento do bebê pela mãe, dentro da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin), quando a criança deve perceber sua presença a cada momento, por meio do toque, que transmite calor, carinho, conforto e segurança.

A segunda etapa ocorre na enfermaria, para onde as crianças com baixo peso podem ir após um período na UTI ou mesmo após o nascimento. Nesta etapa, o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e a posição canguru, em que a criança fica na vertical, é realizada pelo maior tempo possível, evitando refluxo, menos risco de sufocamento e de parada da respiração durante o sono. Para isto, são utilizadas faixas facilitadoras para esta postura. Esse período funciona como um estágio pré-alta hospitalar.

Após a alta médica, a terceira etapa caracteriza-se pelo acompanhamento da criança e da família no ambulatório até atingir o peso de 2,5 kg. O trabalho é feito com o suporte de equipes treinadas e conscientes de sua importância. Além de diminuir o tempo de internação, o método reduz os riscos de infecção, estimula o aleitamento e aumenta o vínculo entre a mãe e a criança.

O Canguru é adotado desde 2008 pelo Hospital, mas, anteriormente, as mamães só podiam ficar com seus bebês durante o dia na UTI. Com a criação de uma enfermaria própria para esse atendimento em janeiro de 2011, com três leitos, o vínculo passou a ser integral.

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Texto: Maria Angela Siqueira
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