14/06/2007 05h28 - Atualizado em
23/09/2015 09h54
Hospital-Colônia Dr. Pedro Fontes é homenageado com lançamento de livro
Como parte das comemorações dos 70 anos do Hospital-Colônia Dr. Pedro Fontes (HPF), duas ex-funcionárias que trabalharam no hospital durante dez anos, lançaram, este ano, uma publicação que conta um pouco da história da instituição. As assistentes sociais do Instituto de Saúde Pública do Espírito Santo (Iesp), Alda Vieira e Dora Martins Cypreste, reuniram durante um ano de pesquisa, dados suficientes para a edição de um livro que se tornou referência sobre o atendimento a pacientes com hanseníase realizado na unidade.
Alda Vieira disse que a idéia de escrever um livro sobre o ex-internato de leprosos surgiu enquanto ela fazia a sua tese de conclusão de curso, ocasião em que enfrentou dificuldades para achar referências bibliográficas relativas ao hospital. “A única coisa que achei foi uma publicação de 1942 que falava sobre a inauguração do Pedro Fontes”, explica.
Após a monografia, ela prosseguiu com as pesquisas, consultando moradores da instituição e portarias ministeriais para tentar contar um pouco mais do que aconteceu daquela época até agora. O resultado do trabalho é o livro “Hospital Pedro Fontes, Um pouco de sua História”, lançado no mês de maio em uma sessão solene na Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Foram impressos 800 exemplares, que custaram R$ 1.800,00, dinheiro que veio da Netherlands Leprosy Relief (NLR), uma instituição sediada na Holanda que financia trabalhos contra a hanseníase em países endêmicos.
O livro, que é recheado de fotos históricas e tem 28 páginas, está sendo destinado, gratuitamente, para bibliotecas de escolas e do Estado. Grande parte da publicação foi distribuída na solenidade de lançamento.
Trechos do livro
“A inauguração definitiva foi em 11 de abril de 1937, com a presença de autoridades e do governador da época, Major João Púnaro Bley. A obra custou em torno de 2.600 contos de réis, sendo que 1.600 saíram dos cofres do Estado e 1.000 do Governo Federal. A capacidade inicial de internação era para 380 doentes. Mais tarde esta área totalizou 1.200 hectares e, no ano de 1942, já contava com 450”. (Relato sobre a inauguração).
“Eu morava em Águia Branca, município de Colatina, trabalhava na roça, quando apareceram umas manchas no meu corpo. Procurei o Posto de Saúde de Colatina e disseram que eu tinha lepra. Dali mesmo vim para a Colônia. Nunca mais vi minha família, tinha filhos e esposa. Cheguei aqui em perfeito estado, só com algumas reações, mas comecei a trabalhar na roça, a fazer carvão e, assim, fui piorando, minha visão foi enfraquecendo até que fiquei cego”. (Depoimento de um dos internos do HPF que está lá desde 1942).
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Alda Vieira disse que a idéia de escrever um livro sobre o ex-internato de leprosos surgiu enquanto ela fazia a sua tese de conclusão de curso, ocasião em que enfrentou dificuldades para achar referências bibliográficas relativas ao hospital. “A única coisa que achei foi uma publicação de 1942 que falava sobre a inauguração do Pedro Fontes”, explica.
Após a monografia, ela prosseguiu com as pesquisas, consultando moradores da instituição e portarias ministeriais para tentar contar um pouco mais do que aconteceu daquela época até agora. O resultado do trabalho é o livro “Hospital Pedro Fontes, Um pouco de sua História”, lançado no mês de maio em uma sessão solene na Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Foram impressos 800 exemplares, que custaram R$ 1.800,00, dinheiro que veio da Netherlands Leprosy Relief (NLR), uma instituição sediada na Holanda que financia trabalhos contra a hanseníase em países endêmicos.
O livro, que é recheado de fotos históricas e tem 28 páginas, está sendo destinado, gratuitamente, para bibliotecas de escolas e do Estado. Grande parte da publicação foi distribuída na solenidade de lançamento.
Trechos do livro
“A inauguração definitiva foi em 11 de abril de 1937, com a presença de autoridades e do governador da época, Major João Púnaro Bley. A obra custou em torno de 2.600 contos de réis, sendo que 1.600 saíram dos cofres do Estado e 1.000 do Governo Federal. A capacidade inicial de internação era para 380 doentes. Mais tarde esta área totalizou 1.200 hectares e, no ano de 1942, já contava com 450”. (Relato sobre a inauguração).
“Eu morava em Águia Branca, município de Colatina, trabalhava na roça, quando apareceram umas manchas no meu corpo. Procurei o Posto de Saúde de Colatina e disseram que eu tinha lepra. Dali mesmo vim para a Colônia. Nunca mais vi minha família, tinha filhos e esposa. Cheguei aqui em perfeito estado, só com algumas reações, mas comecei a trabalhar na roça, a fazer carvão e, assim, fui piorando, minha visão foi enfraquecendo até que fiquei cego”. (Depoimento de um dos internos do HPF que está lá desde 1942).
Informações à Imprensa:
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