21/07/2011 07h40 - Atualizado em
23/09/2015 13h30
Hospital Dório Silva realiza neurocirurgia inédita. Paciente já teve alta

O Hospital Estadual Dório Silva, em Serra, realizou um procedimento cirúrgico inédito na rede de saúde pública do Espírito Santo para a retirada de um tumor cerebral. O paciente de 30 anos, com uma lesão na parte frontal esquerda da cabeça, foi submetido à operação na última sexta-feira (15) e já teve alta nesta quinta-feira (21).
A neuronavegação, como é conhecida, é uma técnica cirúrgica extremamente sofisticada, utilizada inclusive em hospitais do exterior, onde surgiu. Segundo o neurocirurgião da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Alonso Luis de Sousa, entre as diversas vantagens, está a possibilidade de alcançar um resultado mais preciso.
“O tempo de cirurgia diminui em até 50%, bem como o tempo de internação no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e, consequentemente, o tempo de internação hospitalar. Mas o mais importante é que preserva as estruturas do cérebro que poderiam ser danificadas em outros tipos de cirurgia”, ressalta o médico.
Foi o que aconteceu neste caso. Após a operação da última sexta (15), embora o tumor (benigno) estivesse em uma região do cérebro responsável por atividades importantes do corpo humano, os profissionais já puderam constatar que não houve déficit neurológico e nem distúrbio da fala.
Diferencial
O que diferencia este procedimento dos demais é o uso de um equipamento, o neuronavegador. Este aparelho auxilia os cirurgiões na localização da lesão no cérebro. A leitura é feita com uma câmera a laser, determinando os pontos de referência na cabeça do paciente. Os médicos são orientados por monitor.
Por meio do neuronavegador é possível ter mais precisão do local onde será feita a incisão, além da dimensão, profundidade e lateralidade do tumor, com margem de erro que varia de 3 mm a 4 mm, muito pouco se comparado a técnicas anteriores quando utilizavam-se cálculos, tornando tudo mais trabalhoso e menos preciso.
“É uma cirurgia aberta, mas em que se usa a neuronavegação para localizar melhor a lesão, mostrando os limites com precisão. Neste caso foi feita com o paciente acordado para protegê-lo devido à localização do tumor próximo à região da fala e dos movimentos”, explica o médico. Sob anestesia e, portanto, sem sentir nada, durante a operação a fala e o movimento foram testados para evitar e minimizar sequelas. “A anestesia é especial, o paciente fica acordado e conversa com a gente”, detalha o neurocirurgião.
Dada a sua precisão, a neuronavegação é mais indicada para pessoas que apresentam lesões tumorais (benignas ou malignas) em áreas do cérebro que podem causar sequelas significativas. Na rede pública de saúde do Estado, o serviço é alugado por meio de licitação. “O Hospital não tem medido esforços para proporcionar o melhor para os pacientes”, conclui o médico.
Informações à Imprensa:
Jucilene Borges|Raquel d’Ávila|Alessandra Fornazier|Marcos Bonn
(27) 3137-2307|3137-2378|9969-8271|9943-2776|9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
A neuronavegação, como é conhecida, é uma técnica cirúrgica extremamente sofisticada, utilizada inclusive em hospitais do exterior, onde surgiu. Segundo o neurocirurgião da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Alonso Luis de Sousa, entre as diversas vantagens, está a possibilidade de alcançar um resultado mais preciso.
“O tempo de cirurgia diminui em até 50%, bem como o tempo de internação no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e, consequentemente, o tempo de internação hospitalar. Mas o mais importante é que preserva as estruturas do cérebro que poderiam ser danificadas em outros tipos de cirurgia”, ressalta o médico.
Foi o que aconteceu neste caso. Após a operação da última sexta (15), embora o tumor (benigno) estivesse em uma região do cérebro responsável por atividades importantes do corpo humano, os profissionais já puderam constatar que não houve déficit neurológico e nem distúrbio da fala.
Diferencial
O que diferencia este procedimento dos demais é o uso de um equipamento, o neuronavegador. Este aparelho auxilia os cirurgiões na localização da lesão no cérebro. A leitura é feita com uma câmera a laser, determinando os pontos de referência na cabeça do paciente. Os médicos são orientados por monitor.
Por meio do neuronavegador é possível ter mais precisão do local onde será feita a incisão, além da dimensão, profundidade e lateralidade do tumor, com margem de erro que varia de 3 mm a 4 mm, muito pouco se comparado a técnicas anteriores quando utilizavam-se cálculos, tornando tudo mais trabalhoso e menos preciso.
“É uma cirurgia aberta, mas em que se usa a neuronavegação para localizar melhor a lesão, mostrando os limites com precisão. Neste caso foi feita com o paciente acordado para protegê-lo devido à localização do tumor próximo à região da fala e dos movimentos”, explica o médico. Sob anestesia e, portanto, sem sentir nada, durante a operação a fala e o movimento foram testados para evitar e minimizar sequelas. “A anestesia é especial, o paciente fica acordado e conversa com a gente”, detalha o neurocirurgião.
Dada a sua precisão, a neuronavegação é mais indicada para pessoas que apresentam lesões tumorais (benignas ou malignas) em áreas do cérebro que podem causar sequelas significativas. Na rede pública de saúde do Estado, o serviço é alugado por meio de licitação. “O Hospital não tem medido esforços para proporcionar o melhor para os pacientes”, conclui o médico.
Informações à Imprensa:
Jucilene Borges|Raquel d’Ávila|Alessandra Fornazier|Marcos Bonn
(27) 3137-2307|3137-2378|9969-8271|9943-2776|9983-3246
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Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br