31/10/2013 09h37 - Atualizado em
23/09/2015 13h39
Hospital Estadual Central cria Comissão de Cuidados Paliativos

O Hospital Estadual Central (HEC) criou uma Comissão de Cuidados Paliativos para dar assistência aos pacientes que não têm mais possibilidade de cura do ponto de vista médico e passam a vivenciar, junto com suas famílias, a terminalidade da vida.
A comissão foi apresentada nessa quarta-feira (30) aos médicos e demais profissionais da equipe assistencial do hospital – enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fonoaudiólogos e técnicos de enfermagem.
A médica e diretora técnica do HEC, Andréa Saliba, ressaltou que a comissão vem se reunindo há seis meses para discutir e acompanhar casos de pacientes e avaliar se cabe o direcionamento para cuidados paliativos. No início, as reuniões eram mensais, mas nos últimos tempos passaram a ser semanais.
“Há pesquisas que mostram que pacientes em cuidados paliativos vivem mais do que os médicos esperam. E aí pode surgir a pergunta: então o objetivo é fazer com que o paciente viva mais? Na verdade, não queremos que as pessoas vivam mais ou menos. A intenção é permitir que elas vivam bem o tempo que elas têm para viver”, analisa a diretora.
Integrante da comissão, a coordenadora do Serviço de Qualidade do HEC, Ingryd Nascimento, diz que atualmente a comissão está acompanhando dois pacientes em cuidados paliativos, oferecendo, segundo ela, suporte às necessidades físicas, espirituais e emocionais deles e de seus familiares.
A coordenadora enfatiza que há também uma preocupação com os cuidadores, ou seja, os profissionais que lidam com o paciente no dia a dia. “A comissão está próxima desses profissionais para ouvi-los e esclarecer suas dúvidas”, comenta.
Luto
Antes de a Comissão de Cuidados Paliativos ser apresentada, os colaboradores da área assistencial assistiram a uma palestra sobre luto –com o objetivo de sensibilizá-los sobre a importância do assunto –ministrada pela coordenadora do Grupo de Apoio a Perdas Irreparáveis (API) do Espírito Santo, Daniela Reis e Silva.
Ela é psicóloga clínica e hospitalar, diretora científica da Associação de Terapia Familiar do Espírito Santo (Atefes) e possui, entre outros títulos, o de especialista em medicina psicossomática e Fellow in Tanathology pela Association of Death Education and Counseling (Adec).
Falar sobre morte é delicado. O assunto desperta emoções fortes até nos profissionais da saúde, que vira e mexe lidam com a perda. E foi assim durante a palestra. Alguns médicos e enfermeiros se emocionaram ao assistir a trechos de filmes que abordam a temática de forma explícita. Segundo a psicóloga, um comportamento absolutamente normal. “A gente não recebe treinamento para ver as pessoas partirem”, ressaltou.
A psicóloga elogiou a iniciativa do HEC em implantar uma Comissão de Cuidados Paliativos e a abordagem feita aos profissionais da área assistencial. “O Brasil ainda está engatinhando em cuidados paliativos. Falta ainda conhecimento técnico dos profissionais e boa vontade dos administradores”, concluiu.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/ Hospital Estadual Central
Juliana Rodrigues
Cel.: (27) 9227-1031
comunicacao@hec.org.br
A comissão foi apresentada nessa quarta-feira (30) aos médicos e demais profissionais da equipe assistencial do hospital – enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fonoaudiólogos e técnicos de enfermagem.
A médica e diretora técnica do HEC, Andréa Saliba, ressaltou que a comissão vem se reunindo há seis meses para discutir e acompanhar casos de pacientes e avaliar se cabe o direcionamento para cuidados paliativos. No início, as reuniões eram mensais, mas nos últimos tempos passaram a ser semanais.
“Há pesquisas que mostram que pacientes em cuidados paliativos vivem mais do que os médicos esperam. E aí pode surgir a pergunta: então o objetivo é fazer com que o paciente viva mais? Na verdade, não queremos que as pessoas vivam mais ou menos. A intenção é permitir que elas vivam bem o tempo que elas têm para viver”, analisa a diretora.
Integrante da comissão, a coordenadora do Serviço de Qualidade do HEC, Ingryd Nascimento, diz que atualmente a comissão está acompanhando dois pacientes em cuidados paliativos, oferecendo, segundo ela, suporte às necessidades físicas, espirituais e emocionais deles e de seus familiares.
A coordenadora enfatiza que há também uma preocupação com os cuidadores, ou seja, os profissionais que lidam com o paciente no dia a dia. “A comissão está próxima desses profissionais para ouvi-los e esclarecer suas dúvidas”, comenta.
Luto
Antes de a Comissão de Cuidados Paliativos ser apresentada, os colaboradores da área assistencial assistiram a uma palestra sobre luto –com o objetivo de sensibilizá-los sobre a importância do assunto –ministrada pela coordenadora do Grupo de Apoio a Perdas Irreparáveis (API) do Espírito Santo, Daniela Reis e Silva.
Ela é psicóloga clínica e hospitalar, diretora científica da Associação de Terapia Familiar do Espírito Santo (Atefes) e possui, entre outros títulos, o de especialista em medicina psicossomática e Fellow in Tanathology pela Association of Death Education and Counseling (Adec).
Falar sobre morte é delicado. O assunto desperta emoções fortes até nos profissionais da saúde, que vira e mexe lidam com a perda. E foi assim durante a palestra. Alguns médicos e enfermeiros se emocionaram ao assistir a trechos de filmes que abordam a temática de forma explícita. Segundo a psicóloga, um comportamento absolutamente normal. “A gente não recebe treinamento para ver as pessoas partirem”, ressaltou.
A psicóloga elogiou a iniciativa do HEC em implantar uma Comissão de Cuidados Paliativos e a abordagem feita aos profissionais da área assistencial. “O Brasil ainda está engatinhando em cuidados paliativos. Falta ainda conhecimento técnico dos profissionais e boa vontade dos administradores”, concluiu.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/ Hospital Estadual Central
Juliana Rodrigues
Cel.: (27) 9227-1031
comunicacao@hec.org.br