14/03/2014 14h06 - Atualizado em 23/09/2015 13h40

Hospital Estadual Central inaugura Clínica do Sono

O Hospital Estadual Central (HEC) – vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e administrado pela Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) – passa a oferecer, a partir desta segunda-feira (17), a realização de polissonografia, um exame feito para investigar distúrbios do sono.

O exame será realizado na Clínica do Sono, um ambiente montado dentro do hospital com capacidade para atender dois pacientes por noite. Cada sala de exame tem um banheiro privativo, uma cama hospitalar e ar-condicionado, além de uma câmera e do polissonígrafo (aparelho usado para realizar o exame).

Os exames na Clínica do Sono serão agendados pelos municípios por meio da Central de Regulação Ambulatorial e serão atendidos pacientes com histórico clínico de síndrome de apneia do sono diagnosticada por pneumologista, cardiologista, otorrino ou neurologista.

Segundo a pneumologista e médica do sono Simone Prezotti, responsável pela Clínica do Sono, são poucos os hospitais públicos no Brasil que realizam polissonografia. “Normalmente, os governos estaduais e as prefeituras compram o serviço na rede privada para atender à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). E para os pacientes (pessoa física) que buscam diretamente uma clínica particular, o custo fica em torno de R$ 600,00”, comenta.

O exame

A médica responsável pela Clínica do Sono explica que o paciente será monitorado a todo instante, enquanto dorme, por um técnico de enfermagem treinado para a realização de polissonografia. Ela explica que o paciente fica conectado a 26 eletrodos, que são fixados em diferentes partes do corpo, entre elas abdômen, tórax, pescoço, nariz e pernas.

Mas tantos fios ligados ao corpo não atrapalham o sono? Segundo a médica, o incômodo é real, mas em um exame de polissonografia espera-se que o paciente aproveite 85% da noite dormindo.



“A polissonografia é o que chamamos de padrão ouro para diagnóstico de distúrbios do sono. Isso significa que não há nada melhor do que esse exame para fazer avaliações relacionadas ao sono. Cada eletrodo tem uma função e todas as informações coletadas têm validade”, enfatiza doutora Simone, que tem doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) com foco em estudo de polissonografia e apneia do sono tipo obstrutiva.

A médica salienta que a equipe de técnicos de enfermagem da Clínica do Sono é treinada para transmitir tranquilidade ao paciente e fornecer a ele o maior número de informações possível. “Quanto mais informação sobre o exame o paciente tiver, melhor vai ser o resultado. Ele precisa saber, por exemplo, que ele não pode manipular voluntariamente os eletrodos, mas isso também não deve travá-lo na cama a ponto de ele não dormir preocupado em não mexer o corpo”, explica a especialista.

Diagnóstico e tratamento

Segundo Simone, grande parte dos pacientes que apresenta distúrbios do sono sofre de apneia do sono (quando a pessoa para de respirar enquanto dorme). Num estágio grave de apneia, em que a respiração é interrompida mais de 30 vezes a cada hora de sono, ela diz que a queda de oxigênio pode causar doenças cardiovasculares como crises hipertensivas, infarto e derrame cerebral.

A médica diz que, para esses casos, o Governo do Estado fornece aos pacientes, em regime de comodato, um aparelho chamado CPAP (uma sigla em inglês que significa pressão positiva contínua). “Esse aparelho é usado pelo paciente em casa, para dormir. É composto por um gerador de ar, um tubo de ar e uma máscara. Ele bombeia ar com pressão suficiente para vencer a obstrução das vias respiratórias, evitando a ocorrência de interrupções na respiração”, explica.

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