21/01/2009 06h40 - Atualizado em 23/09/2015 13h23

Hospital São Lucas incorpora técnica cirúrgica inédita em seu rol de procedimentos

Uma cirurgia, até então inédita na rede estadual de saúde pública, realizada no Hospital São Lucas (HSL), ampliou o leque de procedimentos de alta-complexidade ofertados pela instituição. No final de 2008, uma equipe de neurocirurgiões da unidade submeteu um paciente – vítima de forte trauma – a uma operação denominada “reconstrução craniana por meio de prototipagem”.

A cirurgia foi bem-sucedida e o homem de 34 anos, morador de Domingos Martins, Região Serrana do Espírito Santo, se recupera bem em casa.

Neste tipo de procedimento, tecnicamente conhecido como cranioplastia, uma falha óssea no crânio – geralmente aberta pelos médicos para aliviar a pressão interna, decorrente, por exemplo, de traumas graves e acidente vascular cerebral (AVC), é corrigida com a colocação de uma prótese no local atingido.

Molde

Segundo um dos componentes da equipe de neurocirurgiões do São Lucas que realizou a cirurgia, Leandro de Assis Barbosa, a cranioplastia não é nenhuma novidade. O fato a ser ressaltado nesse caso, é o modo a partir do qual a prótese foi fabricada: por meio de um molde computacional, justamente o que caracteriza a prototipagem.

Na técnica tradicional de reconstrução craniana, os moldes das peças são tirados manualmente pelos cirurgiões na mesa de operações. No entanto, as dificuldades e limitações de se emoldurar uma prótese com o formato exato da falha óssea – dada a forma arredondada do crânio, resultam em imperfeições estéticas acentuadas.

Com a prototipagem, o tamanho, a densidade e os contornos das próteses são obtidos com o auxílio de uma tomografia computadorizada em três dimensões e de programas de computação gráfica, que permitem a construção de peças mais adequadas e, consequentemente, confere importante melhora estética. “A grande novidade é fazer uma prótese específica para aquela falha”, diz o médico.

Benefícios

Leandro Barbosa explica que, além do restabelecimento do convívio social, possibilitado pelo ganho estético, a nova técnica também proporciona benefícios como redução no tempo de cirurgia (de três para uma hora, em média), diminuição do risco de infecção hospitalar e melhora na qualidade de vida.

De acordo com o diretor-geral do São Lucas, Danilo Rosestolato, como não se trata de uma cirurgia executada rotineiramente, foi necessário abrir uma licitação para aquisição da peça em acrílico, que custou quase R$ 25 mil e foi fabricada por uma empresa sediada no Estado.

A realização de tal procedimento no maior hospital do Estado referência em trauma significa muito, completa o diretor-geral, pois ilustra a qualidade e a aptidão de seus profissionais em incorporar novas técnicas que tragam benefícios aos usuários do sistema estadual de saúde pública.

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