26/01/2015 08h38 - Atualizado em
23/09/2015 13h42
Inflamações no ouvido também podem ocorrer no verão

As inflamações no ouvido (otites), muito comuns no inverno, podem ocorrer também no verão, geralmente devido ao maior contato com a água do mar e de piscinas ou em decorrência de infecções das vias aéreas superiores desencadeadas pelo uso do ar-condicionado.
O tipo mais comum nesta época do ano é a otite externa, caracterizada pela inflamação do canal que liga a orelha ao tímpano. Ela pode atingir tanto adultos quanto crianças, e a melhor forma de preveni-la é protegendo o ouvido durante o banho, seja no mar, na piscina ou no chuveiro de casa, e também não introduzindo nenhum objeto para limpar ou coçar o ouvido, como caneta, grampo ou cotonete.
Conforme explica o otorrinolaringologista da Secretaria de Estado da Saúde Wander Lopes Amorim, o contato frequente com a água pode infectar a pele do ouvido, que é muito sensível. Em crianças, as bactérias também podem alcançar o ouvido quando os pequenos tocam uma porção de areia contaminada e colocam a mão na orelha.
“A otite externa ocorre principalmente em quem cutuca o ouvido ou tem muito contato com água, por isso também é chamada de otite de nadador. Depois do banho, é importante secar bem o ouvido, mas sempre com cuidado para não machucá-lo”, comenta o otorrino.
Otite média
Menos comum nos dias quentes, a otite média está relacionada à secreção do nariz e às doenças que afetam as vias aéreas superiores, como gripes, resfriados e quadros alérgicos. Este tipo de inflamação pode se manifestar no verão principalmente em decorrência de variações climáticas, de ingestão de líquidos gelados e constantes choques térmicos que o corpo sofre quando a pessoa deixa um ambiente refrigerado.
“A secreção que se acumula no nariz migra pela tuba auditiva e atinge a orelha média, causando a inflamação”, explica o otorrinolaringologista Wander Lopes Amorim.
Na pequena infância, esse tipo de otite pode ter complicações graves, segundo o médico, evoluindo até para meningite. Para evitar o aparecimento do problema, o otorrino orienta que os pais busquem tratamento antialérgico para o filho, se esse for o caso, e higienizem corretamente as narinas da criança para evitar a obstrução. As mesmas recomendações valem para os adultos.
Amorim também orienta que a criança seja amamentada adequadamente, por mais de 6 meses até pelo menos 1 ano, a fim de melhorar a imunidade e evitar infecções. Outra dica é manter a cabeça da criança um pouco elevada quando ela estiver tomando mamadeira à noite, pois isso evita o acúmulo de leite no ouvido.
“Os adultos também estão sujeitos às otites médias, mas o que ocorre com as crianças é que elas têm a tuba auditiva mais horizontal e mais curta, então, a secreção do nariz ou o leite, no caso dos pequenos, migra com mais facilidade para o ouvido”.
Sintomas e tratamento
De acordo com Amorim, a dor é o sintoma mais típico das otites. Nas crianças, principalmente os que ainda não sabem falar, os pais e responsáveis devem observar se ela fica abatida, quieta, irritada ou se leva a mão ao ouvido frequentemente.
O tratamento pode ser feito com medicamentos tópicos ou orais, como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios. Remédios caseiros não são indicados, pois podem piorar a infecção. “A conduta terapêutica vai depender da avaliação do médico, que vai verificar a gravidade da inflamação. Quanto menos a pessoa mexer no ouvido, melhor”, orienta o otorrino.
Recomendações
- Não limpe ou coce o ouvido com objetos que possam ferir a pele;
- Enxugue a orelha com cuidado. Use uma toalha macia enrolada na ponta do dedo;
- Evite o uso de cotonete, pois eles podem retirar a cera que protege o ouvido ou empurrá-la para dentro do canal auditivo;
- Utilize protetores auriculares para evitar a entrada de água no ouvido quando você estiver no mar ou na piscina;
- Busque um médico sempre que apresentar dor ou coceira nos ouvidos ou sentir que está perdendo a audição.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Dannielly Valory/Juliana Rodrigues/Kárita Iana/Marcos Bonn
Texto: Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8074/3345-8137/9969-8271/9983-3246/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O tipo mais comum nesta época do ano é a otite externa, caracterizada pela inflamação do canal que liga a orelha ao tímpano. Ela pode atingir tanto adultos quanto crianças, e a melhor forma de preveni-la é protegendo o ouvido durante o banho, seja no mar, na piscina ou no chuveiro de casa, e também não introduzindo nenhum objeto para limpar ou coçar o ouvido, como caneta, grampo ou cotonete.
Conforme explica o otorrinolaringologista da Secretaria de Estado da Saúde Wander Lopes Amorim, o contato frequente com a água pode infectar a pele do ouvido, que é muito sensível. Em crianças, as bactérias também podem alcançar o ouvido quando os pequenos tocam uma porção de areia contaminada e colocam a mão na orelha.
“A otite externa ocorre principalmente em quem cutuca o ouvido ou tem muito contato com água, por isso também é chamada de otite de nadador. Depois do banho, é importante secar bem o ouvido, mas sempre com cuidado para não machucá-lo”, comenta o otorrino.
Otite média
Menos comum nos dias quentes, a otite média está relacionada à secreção do nariz e às doenças que afetam as vias aéreas superiores, como gripes, resfriados e quadros alérgicos. Este tipo de inflamação pode se manifestar no verão principalmente em decorrência de variações climáticas, de ingestão de líquidos gelados e constantes choques térmicos que o corpo sofre quando a pessoa deixa um ambiente refrigerado.
“A secreção que se acumula no nariz migra pela tuba auditiva e atinge a orelha média, causando a inflamação”, explica o otorrinolaringologista Wander Lopes Amorim.
Na pequena infância, esse tipo de otite pode ter complicações graves, segundo o médico, evoluindo até para meningite. Para evitar o aparecimento do problema, o otorrino orienta que os pais busquem tratamento antialérgico para o filho, se esse for o caso, e higienizem corretamente as narinas da criança para evitar a obstrução. As mesmas recomendações valem para os adultos.
Amorim também orienta que a criança seja amamentada adequadamente, por mais de 6 meses até pelo menos 1 ano, a fim de melhorar a imunidade e evitar infecções. Outra dica é manter a cabeça da criança um pouco elevada quando ela estiver tomando mamadeira à noite, pois isso evita o acúmulo de leite no ouvido.
“Os adultos também estão sujeitos às otites médias, mas o que ocorre com as crianças é que elas têm a tuba auditiva mais horizontal e mais curta, então, a secreção do nariz ou o leite, no caso dos pequenos, migra com mais facilidade para o ouvido”.
Sintomas e tratamento
De acordo com Amorim, a dor é o sintoma mais típico das otites. Nas crianças, principalmente os que ainda não sabem falar, os pais e responsáveis devem observar se ela fica abatida, quieta, irritada ou se leva a mão ao ouvido frequentemente.
O tratamento pode ser feito com medicamentos tópicos ou orais, como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios. Remédios caseiros não são indicados, pois podem piorar a infecção. “A conduta terapêutica vai depender da avaliação do médico, que vai verificar a gravidade da inflamação. Quanto menos a pessoa mexer no ouvido, melhor”, orienta o otorrino.
Recomendações
- Não limpe ou coce o ouvido com objetos que possam ferir a pele;
- Enxugue a orelha com cuidado. Use uma toalha macia enrolada na ponta do dedo;
- Evite o uso de cotonete, pois eles podem retirar a cera que protege o ouvido ou empurrá-la para dentro do canal auditivo;
- Utilize protetores auriculares para evitar a entrada de água no ouvido quando você estiver no mar ou na piscina;
- Busque um médico sempre que apresentar dor ou coceira nos ouvidos ou sentir que está perdendo a audição.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Dannielly Valory/Juliana Rodrigues/Kárita Iana/Marcos Bonn
Texto: Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8074/3345-8137/9969-8271/9983-3246/9943-2776
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