A baixa umidade e o vento frio do inverno associados aos banhos mais quentes comuns neste período costumam “castigar” a nossa pele e deixá-la mais ressecada, provocando até mesmo irritações e descamações. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta às pessoas que, neste período, apostem numa boa hidratação.

Segundo a dermatologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Telma Lúcia Macedo, os que mais sofrem os efeitos do frio na pele são os idosos, que possuem menos reserva de água no corpo e crianças, que têm a pele mais sensível.

A ação do vento e clima seco evapora a água do corpo e, para repor, é preciso usar hidratante no rosto e corpo diariamente, preferencialmente após o banho. Também é importante mantermos a hidratação oral pois nesta época a sede diminui e há uma tendência a ingerirmos menos líquido.

Neste período, também podem surgir doenças na pele, como dermatite seborréica (também conhecida como caspa e eczema), quando a pele fica seca, avermelhada e soltando escamas, ou herpes simples. “Nestes casos, é fundamental procurar um dermatologista”, afirma Telma.

As partes do corpo que mais sofrem com o ressecamento são as áreas expostas, como o rosto, pescoço, colo, braços, mãos e pés. Por isso, a atenção deve ser redobrada nessas áreas. Além dessas, os lábios também precisam receber proteção especial para evitar ressecamento.

Outra dica é evitar os banhos muito quentes e prolongados e o uso constante de buchas e esponjas, pois removem a camada gordurosa que protege a pele e que ajuda a mantê-la hidratada. Ao usar a bucha, Telma recomenda a opção pelas mais suaves, que não devem ser “esfregadas” na pele com muita força.

O rosto deve ter cuidado especial em todas idades, recebendo sempre limpeza antes de dormir para retirar as impurezas acumuladas durante o dia e desobstruir os poros, preparando a pele para a aplicação do hidratante, quando necessário.

Mesmo com dias mais nublados, a dermatologista orienta ainda que o protetor solar é essencial, até porque a incidência de raios solares só é reduzida em 20% nestes dias. “O risco de danos causados pela exposição continua durante o inverno”, informa Telma.

Além de usar o protetor solar meia hora antes de sair de casa, é necessária sua reposição a cada duas ou três horas para evitar danos causados pelo sol, como o fotoenvelhecimento (manchas e rugas) e o surgimento do câncer de pele.

Na hora de escolher o filtro, o ideal é que o fator de proteção solar (FPS) seja de no mínimo 30. O produto deve conter proteção contra os raios ultravioletas UVB e UVA, sendo a proporção desta proteção de três UVB para um UVA. “Por exemplo, um filtro com fator de proteção UVB 30, deve ter fator 10 pra UVA, que também pode ser simbolizado por três cruzes ( +++)”, explica Telma. O UVA tem intensidade durante todo o dia e é o principal responsável pelo envelhecimento precoce da pele.

A radiação UVB incide no horário das 10 às 16 horas, é o mais cancerígeno e é potencializado pela radiação UVA. A importância dos filtros com FPS maiores que 30 é que, a medida que são expostas ao sol, as substâncias fotoprotetoras são degradadas e o FPS é reduzido.

Telma recomenda ainda que não haja exposição abusiva ao sol pois o suor, a quantidade de filtro aplicada e a degradação sofrida pela exposição vão diminuindo gradativamente a capacidade de proteção, por isso a necessidade de ser aplicado a cada duas ou três horas.

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