24/04/2009 11h17 - Atualizado em 23/09/2015 13h23

Lei Pietro deverá contribuir para o aumento do número de cadastros de medula no Estado

Agora é lei. Entre os dias 14 e 21 de dezembro será promovida, anualmente, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Trata-se de uma iniciativa que visa a estimular a captação de doadores e a doação de medula óssea como forma de salvar vidas de pacientes com leucemia que necessitam de transplante. Para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo (Hemoes), a medida é um estímulo aos trabalhos que já são realizados pela unidade.

A lei federal 11.930 entrou em vigor nesta quinta-feira (23), quando foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Batizada como Lei Pietro, ganhou o nome do filho do deputado autor do projeto. O rapaz, de 19 anos, morreu vítima de leucemia em fevereiro passado.

Para a coordenadora da Captação Externa do Hemoes, Sâmia Secchim, a nova legislação ajudará a divulgar e esclarecer melhor o que é, para que serve e como é feito o cadastramento de medula óssea. “A lei significa uma união das ações em todo o Brasil no sentido da doação e vai tornar as pessoas mais sensíveis ao assunto, pois a maioria delas desconhece o que é medula óssea”, conta.

Segundo a coordenadora, responsável pelas visitas externas da Unidade Móvel do Hemocentro – ocasião em que é realizado cadastramento de medula óssea e também doação de sangue – a nova legislação deve contribuir para o aumento do número de pessoas cadastradas no Estado e, consequentemente, para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), onde estão armazenados os dados dos voluntários que fizeram o cadastramento.

Quase um milhão de pessoas já faz parte do Redome. No Espírito Santo, a equipe do Hemoes conseguiu contribuir com aproximadamente 49 mil voluntários, desde 2001, quando começaram os trabalhos por aqui. Mas, como a estimativa de surgimento de casos de leucemia no Estado é de 190 por ano, Sâmia Secchim destaca que o número ideal de cadastros deveria ser de 20 mil anualmente. Para isso, portanto, é necessário mais participação.

Cadastramento

A medula óssea é um tecido líquido considerado a matriz do sangue. Algumas pessoas sofrem de doenças que a atingem diretamente. Uma das mais graves é a leucemia, um tipo de câncer que afeta o sangue. A cura pode estar no transplante de medula óssea. Neste caso, há duas formas de se proceder: a primeira é procurar uma medula compatível entre os familiares. Caso não dê resultado, a segunda opção é recorrer ao Redome.

Para abastecer o Redome com dados, os voluntários devem fazer o cadastramento de medula óssea, um procedimento no qual são coletados apenas 5ml de sangue. A amostra passa por um exame de histocompatibilidade (HLA) e, em seguida, é enviada para o banco nacional, onde fica à disposição para que sejam feitos cruzamentos de informações entre pacientes que sejam possíveis doadores.

Para realizarem o cadastramento no Espírito Santo, as pessoas podem procurar o Hemoes, a Unidade de Coleta à Distância de Serra, e nos Hemocentros de São Mateus, Colatina e Linhares (veja os endereços abaixo), ou ainda participarem das ações de coleta externa.


Onde cadastrar medula óssea:

- Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes) - (27) 3137-2458 e 3137-2444 - Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe, Vitória.

- Unidade de Coleta à Distância de Serra - Tel. (27) 3338-7880 - Avenida Eudes Scherrer Souza, s/n (Anexo ao Hospital Dório Silva)

- Hemocentro de Linhares - (27) 3171-4361/4363/4362 - Avenida João Felipe Calmon, 1.305, Centro (ao Lado do Hospital Rio Doce)

- Hemocentro Regional de Colatina - (27) 3177-7930 - Rua Cassiano Castelo, s/n, Centro

- Hemocentro Regional de São Mateus - (27) 3767-4135 - Rodovia Otovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington

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