30/10/2009 12h12 - Atualizado em
23/09/2015 13h26
Leptospirose: Incidência de chuva aumenta risco da doença
O período de chuvas chegou e com ele também surge a ameaça de uma doença que pode ser transmitida por meio do contato com água suja de enchentes: a leptospirose. O alerta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vale, sobretudo, para capixabas que vivem em áreas onde há acumulo de água e baixo acesso ao saneamento básico. Estas pessoas devem redobrar os cuidados para evitar esta enfermidade, que pode até matar.
Segundo a referência técnica da área na Sesa, Maxwell Marchito Freitas, é justamente no final do ano que os casos de leptospirose têm maior incidência porque as pessoas estão mais expostas à água contaminada. “É importante que residentes em locais mais atingidos pela chuva adotem cuidados, como usar calçados ao caminhar em áreas alagadas, evitar qualquer tipo de contato com roedores (os principais transmissores) e lavar bem os alimentos”, explica.
“As pessoas devem evitar situações de risco, mas, se for inevitável ter contato com a água, que protejam bem os pés. Nesse caso, elas podem usar até mesmo um saco plástico”, detalha Marchito. Além disso, deve-se evitar acumular entulhos em terrenos baldios e é preciso tomar cuidado com a água que está sendo ingerida. Essas recomendações valem tanto para as áreas urbanas quanto para áreas rurais.
Mas, se a pessoa tiver contato com alagamento, a orientação é observar os sintomas e procurar um médico. “A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o décimo quarto dia. Quem teve contato com água suja e apresentar febre, dor de cabeça e corpo (principalmente nas panturrilhas), enjoo, vômito, desânimo, pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde”, explica o técnico.
A doença
A leptospirose é transmitida por meio do contato com a urina de animais, não só de rato, mas também de cachorro, cavalo, capivara, cabra, boi e porco. A contaminação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas as chances de contágio são maiores quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria, conhecida como Leptospira, penetra com mais facilidade no organismo humano.
O microorganismo pode sobreviver semanas ou meses nesses meios, dependendo das condições do ambiente, como temperatura e umidade. Entretanto, elas são sensíveis aos desinfetantes comuns. Caso algum estabelecimento – residencial ou comercial - tenha sido invadido por água de chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio, presente na água sanitária. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.
O tratamento desta zoonose (doença transmitida por animais) pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde dos municípios e deve ser iniciado até o quinto dia após a apresentação dos primeiros sintomas. É importante contar ao médico se o paciente entrou em contato com animais, água, lama e inundações. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar a enfermidade.
Casos
2008 – 145 / 09 óbitos
2009 (até outubro) – 92 / 01 óbito
Como se prevenir:
Controlar a população de ratos é a principal forma de evitar o risco de leptospirose. Para isso, é preciso que o ambiente seja mantido limpo:
- O lixo doméstico deve ser ensacado e posto fora de casa, no alto, pouco antes de o lixeiro passar;
- Devem ser fechados buracos entre telhas, paredes e rodapés;
- É importante manter limpos quintais, terrenos baldios, ruas e córregos, evitando entulhos e objetos inúteis;
- À noite, objetos de animais domésticos devem ser lavados e guardados. Os alimentos devem ser bem armazenados;
- Terrenos baldios devem ser limpos, murados e sem lixo;
- Mantenha a caixa d’água limpa e bem tampada, evitando a invasão de ratos.
- Não entre em ambientes de lama ou em locais de criação de animais sem proteção adequada, como luvas e bota.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Segundo a referência técnica da área na Sesa, Maxwell Marchito Freitas, é justamente no final do ano que os casos de leptospirose têm maior incidência porque as pessoas estão mais expostas à água contaminada. “É importante que residentes em locais mais atingidos pela chuva adotem cuidados, como usar calçados ao caminhar em áreas alagadas, evitar qualquer tipo de contato com roedores (os principais transmissores) e lavar bem os alimentos”, explica.
“As pessoas devem evitar situações de risco, mas, se for inevitável ter contato com a água, que protejam bem os pés. Nesse caso, elas podem usar até mesmo um saco plástico”, detalha Marchito. Além disso, deve-se evitar acumular entulhos em terrenos baldios e é preciso tomar cuidado com a água que está sendo ingerida. Essas recomendações valem tanto para as áreas urbanas quanto para áreas rurais.
Mas, se a pessoa tiver contato com alagamento, a orientação é observar os sintomas e procurar um médico. “A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o décimo quarto dia. Quem teve contato com água suja e apresentar febre, dor de cabeça e corpo (principalmente nas panturrilhas), enjoo, vômito, desânimo, pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde”, explica o técnico.
A doença
A leptospirose é transmitida por meio do contato com a urina de animais, não só de rato, mas também de cachorro, cavalo, capivara, cabra, boi e porco. A contaminação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas as chances de contágio são maiores quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria, conhecida como Leptospira, penetra com mais facilidade no organismo humano.
O microorganismo pode sobreviver semanas ou meses nesses meios, dependendo das condições do ambiente, como temperatura e umidade. Entretanto, elas são sensíveis aos desinfetantes comuns. Caso algum estabelecimento – residencial ou comercial - tenha sido invadido por água de chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio, presente na água sanitária. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.
O tratamento desta zoonose (doença transmitida por animais) pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde dos municípios e deve ser iniciado até o quinto dia após a apresentação dos primeiros sintomas. É importante contar ao médico se o paciente entrou em contato com animais, água, lama e inundações. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar a enfermidade.
Casos
2008 – 145 / 09 óbitos
2009 (até outubro) – 92 / 01 óbito
Como se prevenir:
Controlar a população de ratos é a principal forma de evitar o risco de leptospirose. Para isso, é preciso que o ambiente seja mantido limpo:
- O lixo doméstico deve ser ensacado e posto fora de casa, no alto, pouco antes de o lixeiro passar;
- Devem ser fechados buracos entre telhas, paredes e rodapés;
- É importante manter limpos quintais, terrenos baldios, ruas e córregos, evitando entulhos e objetos inúteis;
- À noite, objetos de animais domésticos devem ser lavados e guardados. Os alimentos devem ser bem armazenados;
- Terrenos baldios devem ser limpos, murados e sem lixo;
- Mantenha a caixa d’água limpa e bem tampada, evitando a invasão de ratos.
- Não entre em ambientes de lama ou em locais de criação de animais sem proteção adequada, como luvas e bota.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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