30/11/2009 09h21 - Atualizado em
23/09/2015 13h26
Medicamentos fornecidos pela Sesa são a única opção para a maioria dos que sofrem com doenças de tratamento caro
Todo ano, em média, 46 mil capixabas procuram as Farmácias Cidadãs da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) onde fazem a retirada gratuita de medicamentos excepcionais. Diferentemente dos fornecidos pelos municípios, estes remédios são usados contra doenças crônicas, que exigem tratamento prolongado e, portanto, caro. Mal de Alzheimer, insuficiência renal, glaucoma, hipertensão pulmonar são exemplos de problemas que, se não receberem a terapia adequada, podem causar danos irreversíveis e até mesmo levar a óbito.
Além de excepcionais, estes itens fornecidos pelo Governo do Espírito Santo também são chamados de medicamentos de alto custo, os números mostram por que: a Octreotida, fármaco usado contra acromegalia ou gigantismo, que gera crescimento desproporcional de partes do corpo humano devido a uma alteração hormonal, custa R$ 7.942,85 a unidade. Quem sofre com esse problema tem que usar, no mínimo, uma ampola por mês durante três meses, totalizando um gasto que ultrapassa os R$ 22,8 mil.
Outro exemplo são pacientes com artrite reumatóide. Esta enfermidade, que acomete as articulações (ombros, joelhos, dedos), limitando os movimentos com o passar do tempo, não tem cura. Aqui no Espírito Santo, pessoas diagnosticadas com esse problema recebem da Secretaria de Estado da Saúde, entre outros, um remédio chamado Infliximabe, que será usado durante a vida inteira como meio de controle da doença. Cada dose é aplicada bimestralmente e tem o valor de R$ 1.622,00.
Doenças x gastos
O Infliximabe, inclusive, é um dos cinco itens mais fornecidos pela Sesa (veja a tabela abaixo). Além de artrite reumatóide, as enfermidades com tratamento mais elevado são: esquizofrenia refratária (problema psiquiátrico), Doença de Gaucher (atinge o aparelho digestivo) e esclerose múltipla (acomete o sistema nervoso). Pacientes com estes problemas retiram, por ano, mais de 1,1 milhão de itens nas Farmácias Cidadãs do Estado, o que dá um total aproximado de R$ 24,2 milhões em custos.
Segundo a gerente de Assistência Farmacêutica da Sesa, Geruza Tavares, o fornecimento de medicamentos de alto custo pelo Estado é a única opção para a maioria das pessoas que sofrem com doenças crônicas. “Apenas uma parcela muito pequena da população teria condições de pagar por este tipo de tratamento se o Estado não fornecesse assistência”. Ela completa: “além disso, garantimos a oferta atendendo ao princípio da universalidade. Cerca de 45% dos nossos usuários são provenientes da rede privada”, esclarece.
Para se ter ideia do impacto econômico gerado por esses problemas, a Secretaria de Estado da Saúde gasta, anualmente, R$ 95 milhões somente na distribuição de remédios excepcionais, ou algo em torno de 1/13 do orçamento da pasta previsto para 2010, estimado em R$ 1,248 bilhão. A média de investimento por paciente - dada pela divisão do valor de fornecimento dos produtos por ano (R$ 95 milhões) pelo número estimado de pacientes (46 mil) – é maior que R$ 2 mil.
De acordo com Geruza Tavares, como muitas pessoas dependem dos remédios, é preciso ter atenção também com o estoque. Por isso, o das Farmácias Cidadãs é considerado de excelência, com cobertura farmacêutica acima dos 95%, chegando a 100% em alguns momentos. “Quando falta um ou outro item é por algum problema no distribuidor ou não aparece vendedor (pregão fracassado). Mesmo assim, nessas situações, vamos em busca de empréstimo em outros estados para não deixar o usuário desassistido”, conta a gerente.
Acesso
Mais de 300 mil atendimentos são feitos por ano pelas Farmácias Estaduais, localizadas em Cariacica, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Colatina, Linhares e São Mateus (veja o endereço completo abaixo). Para ter acesso aos itens, é necessário apresentar cópias dos seguintes documentos: carteira de identidade, CPF, comprovante de residência, Cartão Nacional de Saúde.
Mas, antes, é preciso que o paciente passe por atendimento médico (na rede pública ou particular) e tenha em mãos a receita médica, o Laudo para Solicitação/Autorização de Medicamentos (que deve ser preenchido pelo médico), o Termo de Consentimento Informado e exames comprobatórios da doença. A retirada do medicamento pode ser feita por meio de procuração.
Quem tiver dúvida, pode acessar o site www.saude.es.gov.br e clicar no link Farmácia Cidadã para obter mais detalhes. Neste endereço eletrônico também estão disponíveis para download os documentos solicitados.
Medicamentos que mais geram gastos
Além de excepcionais, estes itens fornecidos pelo Governo do Espírito Santo também são chamados de medicamentos de alto custo, os números mostram por que: a Octreotida, fármaco usado contra acromegalia ou gigantismo, que gera crescimento desproporcional de partes do corpo humano devido a uma alteração hormonal, custa R$ 7.942,85 a unidade. Quem sofre com esse problema tem que usar, no mínimo, uma ampola por mês durante três meses, totalizando um gasto que ultrapassa os R$ 22,8 mil.
Outro exemplo são pacientes com artrite reumatóide. Esta enfermidade, que acomete as articulações (ombros, joelhos, dedos), limitando os movimentos com o passar do tempo, não tem cura. Aqui no Espírito Santo, pessoas diagnosticadas com esse problema recebem da Secretaria de Estado da Saúde, entre outros, um remédio chamado Infliximabe, que será usado durante a vida inteira como meio de controle da doença. Cada dose é aplicada bimestralmente e tem o valor de R$ 1.622,00.
Doenças x gastos
O Infliximabe, inclusive, é um dos cinco itens mais fornecidos pela Sesa (veja a tabela abaixo). Além de artrite reumatóide, as enfermidades com tratamento mais elevado são: esquizofrenia refratária (problema psiquiátrico), Doença de Gaucher (atinge o aparelho digestivo) e esclerose múltipla (acomete o sistema nervoso). Pacientes com estes problemas retiram, por ano, mais de 1,1 milhão de itens nas Farmácias Cidadãs do Estado, o que dá um total aproximado de R$ 24,2 milhões em custos.
Segundo a gerente de Assistência Farmacêutica da Sesa, Geruza Tavares, o fornecimento de medicamentos de alto custo pelo Estado é a única opção para a maioria das pessoas que sofrem com doenças crônicas. “Apenas uma parcela muito pequena da população teria condições de pagar por este tipo de tratamento se o Estado não fornecesse assistência”. Ela completa: “além disso, garantimos a oferta atendendo ao princípio da universalidade. Cerca de 45% dos nossos usuários são provenientes da rede privada”, esclarece.
Para se ter ideia do impacto econômico gerado por esses problemas, a Secretaria de Estado da Saúde gasta, anualmente, R$ 95 milhões somente na distribuição de remédios excepcionais, ou algo em torno de 1/13 do orçamento da pasta previsto para 2010, estimado em R$ 1,248 bilhão. A média de investimento por paciente - dada pela divisão do valor de fornecimento dos produtos por ano (R$ 95 milhões) pelo número estimado de pacientes (46 mil) – é maior que R$ 2 mil.
De acordo com Geruza Tavares, como muitas pessoas dependem dos remédios, é preciso ter atenção também com o estoque. Por isso, o das Farmácias Cidadãs é considerado de excelência, com cobertura farmacêutica acima dos 95%, chegando a 100% em alguns momentos. “Quando falta um ou outro item é por algum problema no distribuidor ou não aparece vendedor (pregão fracassado). Mesmo assim, nessas situações, vamos em busca de empréstimo em outros estados para não deixar o usuário desassistido”, conta a gerente.
Acesso
Mais de 300 mil atendimentos são feitos por ano pelas Farmácias Estaduais, localizadas em Cariacica, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Colatina, Linhares e São Mateus (veja o endereço completo abaixo). Para ter acesso aos itens, é necessário apresentar cópias dos seguintes documentos: carteira de identidade, CPF, comprovante de residência, Cartão Nacional de Saúde.
Mas, antes, é preciso que o paciente passe por atendimento médico (na rede pública ou particular) e tenha em mãos a receita médica, o Laudo para Solicitação/Autorização de Medicamentos (que deve ser preenchido pelo médico), o Termo de Consentimento Informado e exames comprobatórios da doença. A retirada do medicamento pode ser feita por meio de procuração.
Quem tiver dúvida, pode acessar o site www.saude.es.gov.br e clicar no link Farmácia Cidadã para obter mais detalhes. Neste endereço eletrônico também estão disponíveis para download os documentos solicitados.
Medicamentos que mais geram gastos
Endereço das farmácias da Secretaria de Estado da Saúde
Cariacica
Endereço: BR 262, Km 0, Jardim América (CRE Metropolitano - ao lado da Estação Ferroviária Pedro Nolasco)
Telefone: (27) 3388-1948 / 3388-1946 / 3388-1973
Horário de Atendimento: 7h às 17h
Vila Velha
Endereço: Av. Ministro Salgado Filho, 918, Soteco
Telefone: (27) 3139-9909
Horário de Atendimento: 7h às 17h
Cachoeiro de Itapemirim
Endereço: Rua Cariri S/N, Aquidaban
Telefone: (28) 3155-5876
Horário de Atendimento: 7h às 17h (fornecimento) 7h às 14h (abertura de processos)
Colatina
Endereço: Rua Aroldo Antoline S/N, Vila Nova (Prédio do INSS)
Telefone: (27) 3177-7917
Horário de Atendimento: 7h às 15h
São Mateus
Endereço: Rua Manoel Peçanha, 360, Boa Vista
Telefone: (27) 3767-4158
Horário de Atendimento: 7h às 11h e 13h às 16h
Linhares
Endereço: Rua João Francisco Calmon, 1.850, Centro
Telefone: (27) 3372-1913
Horário de Atendimento: 7h às 16h
Venda Nova do Imigrante
Endereço: Rua Bouganville, 55, Vila Betanea
Telefone: (28) 3546-2286
Horário de Atendimento: 7h às 16h
Algumas doenças com tratamento de alto custo
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
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