03/07/2014 06h55 - Atualizado em 23/09/2015 13h41

Ministério da Saúde inclui a vacina contra a hepatite A no calendário infantil

A partir deste mês de julho, crianças de um a menores de dois anos de idade (um ano, onze meses e 29 dias) passarão a receber uma dose da vacina contra hepatite A. O Ministério da Saúde incluiu a vacina no calendário infantil. Para o Espírito Santo foram enviadas 16.500 doses para a implantação da vacina, que estão sendo distribuídas aos 78 municípios. A expectativa é de que a partir de 14 de julho as unidades de saúde já estejam aptas a começar a imunização.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Danielle Grillo, no Estado, a estimativa é de que neste primeiro ano sejam vacinadas 24.211 crianças nesta faixa etária. Como a vacinação passa a ser de rotina na rede pública, o Estado receberá novas cotas mensais ao longo do ano.

A vacina injetável, intramuscular na coxa, será aplicada, a princípio, em dose única. “Estudos demonstram que mais de 90% das crianças apresentam anticorpos protetores após uma única dose da vacina, mas o Programa Nacional de Imunização irá monitorar a situação epidemiológica da hepatite A para avaliar a inclusão ou não, posteriormente, de uma segunda dose”, explicou Danielle.

A coordenadora destacou que a inclusão da vacina contra a hepatite A no calendário de imunização infantil faz parte de um plano mais abrangente do Ministério da Saúde para prevenção e controle das hepatites virais.

Ela lembra que o Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece vacina contra a hepatite B. Já para a hepatite A, atualmente, as doses são disponibilizadas em clínicas particulares ou nos centros de referência para imunobiológicos especiais – no ES funciona no Hospital Infantil de Vitória. A vacina é destinada a grupos específicos que tenham indicação (pessoas com doenças do fígado, crianças com HIV/aids, transplantados, portadores de doença no sangue, entre outros).

Prevenção

Danielle Grillo disse que a inclusão da vacina no calendário é uma decisão importante do Ministério, uma vez que a prevenção é o melhor controle da doença.

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que todos os anos 1,4 milhão de casos ocorrem no mundo todo. O Brasil é considerado área de risco para a doença porque pesquisas mostram que mais de 90% da população maior de 20 anos teve algum tipo de exposição ao vírus. No Espírito Santo, 42 pessoas foram notificadas com a doença no ano passado.

“A hepatite A é uma doença benigna na infância e a incidência mais frequente é em populações que vivem em más condições de saneamento básico. A gravidade da doença é dependente da idade. Em crianças menores de cinco anos a hepatite A é assintomática (80 a 95% permanecem assintomáticas), a infecção se resolve naturalmente. Já nos adultos, 70% a 95% das infecções resultam em doença clínica. Por isso é importante criar grupos de crianças vacinadas na infância para proteção delas na idade adulta”, destaca a coordenadora.


Saiba mais

– A hepatite A é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite A,
que produz inflamação e necrose do fígado.

– A forma de contágio da hepatite A é fecal-oral, por contato de pessoa a pessoa, ou por meio de água e alimentos contaminados.

– A hepatite A não tem tratamento específico. A recuperação dos sintomas, após a infecção, pode demorar várias semanas ou meses. A higiene das mãos ou na manipulação dos alimentos é a principal forma de prevenção.

Pode-se contrair hepatite A se:

– Comer ou beber água contaminada por fezes que contenham o vírus da hepatite A (frutas, verduras, frutos do mar, gelo e água são fontes comuns do vírus da hepatite A)
– Mantiver contato com as fezes ou o sangue de uma pessoa que tenha hepatite A
– Uma pessoa contaminada não lavar as mãos adequadamente após ir ao banheiro e tocar outros objetos ou alimentos
– Participar de práticas sexuais que envolvam contato oral-anal

Informações à Imprensa:
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Texto: Maria Angela Siqueira
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