11/09/2013 11h12 - Atualizado em 23/09/2015 13h38

Ministério da Saúde reconhece trabalho de contenção de surto de malária no Estado

O trabalho de contenção de surto de malária ocorrido na Região Noroeste do Espírito Santo em 2012 coordenado por autoridades sanitárias do Estado foi selecionado pelo Ministério da Saúde (MS) para concorrer a uma mostra de experiências bem-sucedidas na área em evento nacional que será realizado em Brasília no mês que vem.

A apresentação será feita a participantes e jurados da 13ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi) pela autora do material, Kesia Margotto Caliari, que também é coordenadora do Núcleo de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Colatina.

De acordo com a coordenadora, o que credenciou a iniciativa a ser selecionada foi a forma como as ações foram desencadeadas, envolvendo um grande número de pessoas expostas à malária em uma área territorial que se tornou abrangente com o passar do tempo. Foram exigidos 45 dias de trabalhos ininterruptos de técnicos estaduais e municipais.

A identificação

Tudo teve início em março de 2012 quando um morador de Colatina foi diagnosticado com malária. Ele havia passado alguns dias na casa de parentes em Córrego Brejão, na divisa de Nova Venécia com São Gabriel da Palha. Na investigação feita na comunidade, outros quatro casos positivos foram descobertos. Mas o detalhe é que a doença não é endêmica naquela região, o que intrigou as autoridades sanitárias estaduais.

Um dos desafios da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi identificar, primeiramente, a origem dos casos, já considerados como surto. “A investigação identificou que o introdutor da doença era um homem proveniente de Rondônia – área endêmica de malária na Região Amazônica – que passou vinte dias em Córrego Brejão doente”, esclarece Kesia.

As ações

A partir daí, os técnicos da Saúde estadual desencadearam uma série de ações para evitar a disseminação. Com a ajuda dos municípios, foi possível colher e analisar laboratorialmente o sangue de todas as pessoas expostas à doença, tanto na zona rural quanto na cidade.

“Quando o surto de Nova Venécia já estava contido, identificamos que uma pessoa infectada havia passado a noite em São Gabriel da Palha e contaminado outras, o que resultou na extensão do surto para aquele município, aumentando a área a ser coberta”, afirma Kesia.

Como se trata de uma área urbana, a equipe teve que examinar 1.400 moradores da cidade, sem contar os outros 500 que viviam em Córrego Brejão, em Nova Venécia. Além disso, houve ainda trabalho de orientação sobre a malária, atendimento médico e borrifação com inseticida para eliminação do mosquito transmissor - que é do gênero Anopheles. Os hemocentros do Estado também receberam alerta sanitário.

Mas o saldo final foi positivo, avalia a coordenadora. “Um total de 15 pessoas foram identificadas com malária e foram tratadas. O principal é que não houve nenhuma morte”.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard