04/06/2015 10h07 - Atualizado em
23/09/2015 13h44
Mistura de álcool e direção também deixa sequelas psicológicas graves
Culpa, arrependimento, tristeza. Esses são alguns sentimentos que quem causa um acidente de trânsito por ter ingerido bebida alcoólica tem que enfrentar. Por isso, profissionais que lidam todos os dias com histórias trágicas envolvendo acidentes de trânsito aconselham: antes de pegar o volante alcoolizado, avalie os riscos dessa atitude.
Para a coordenadora geral do Serviço Móvel de Urgência (Samu) 192, Tatiana Perin, quem tem intenção de beber deve deixar o carro ou a moto em casa, pois a pessoa não terá condições de avaliar os riscos de dirigir depois de ter bebido.
“Por favor, pensou em sair para beber, esqueça o veículo em casa. E se levou o carro e decidiu beber, deixe que um amigo que não bebeu conduza o veículo ou chame um táxi. Nós vemos de tudo nos atendimentos, desde pessoas que estão sozinhas no veículo e batem num poste em linha reta e morrem ou ficam gravemente feridas até acidentes de grandes proporções, que envolvem outras vítimas e deixam sequelas físicas graves”, argumenta Tatiana Perin.
O sentimento de culpa, muito comum em quem provoca acidente de trânsito por embriaguez, é um dos mais difíceis de superar. A psicóloga Graziely de Almeida, do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, em Serra, já atendeu a vários casos assim, e relata que, em decorrência da culpa, o paciente tende a apresentar tristeza profunda e pode inclusive iniciar um quadro de depressão.
“Sentimento de culpa é difícil de superar porque é a consciência cobrando a pessoa. Quando o indivíduo se percebe numa situação dessas, vem aquele sentimento forte de que tudo poderia ter sido evitado, mas ele não pode voltar no tempo”, esclarece.
A psicóloga afirma que tudo muda na vida de pessoas que causaram acidente de trânsito porque estavam alcoolizadas, principalmente se deixar sequelas físicas na própria pessoa ou em outras, e se houver morte. E quem sofre não é só o causador do acidente. Graziely de Almeida ressalta que situações assim desarranjam a vida de toda a família.
“Atendi uma família em que o pai bebeu muito, sofreu um acidente e ficou em estado gravíssimo. Ele tinha uma filha pequena e eles eram de outra cidade, então a esposa teve que vir para a Serra ficar com ele no hospital. Acompanhei também um casal que tinha bebido e sofrido um acidente de moto. Os dois vieram para o hospital. Quando a esposa acordou, estava sem a perna e não havia o que fazer para mudar aquele quadro. Quando soube, o marido entrou em desespero. Essas histórias são reais, e são daquelas que as pessoas acreditam que nunca vão acontecer com elas”, conclui a psicóloga.
Os efeitos do álcool na direção
Segundo a coordenadora geral do Samu 192, Tatiana Perin, depois de beber um único copo de cerveja, o aconselhável é esperar pelo menos cinco horas antes de pegar o volante. A mesma orientação vale para a ingestão de outras bebidas alcoólicas. Isso porque o álcool desidrata o organismo e faz com que o corpo produza substâncias que influenciam nossos sentidos.
O álcool no organismo pode causar perda de concentração, redução da capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, perda da coordenação motora, atraso no tempo de reação e, consequentemente, no tempo de resposta diante de situações de emergência, entre outros efeitos que prejudicam a condução de um veículo com segurança.
De acordo com Tatiana Perin, pessoas mais magras sofrem influência do álcool com mais rapidez, ao passo que os obesos, apesar de resistirem por um pouco mais de tempo aos efeitos da bebida alcoólica, permanecem embriagados por um período maior, pois o álcool se acumula no tecido adiposo.
Ela diz ainda que, dependendo do teor alcoólico, não adianta tomar banho frio, beber café ou tentar qualquer outra tática para eliminar os efeitos do álcool. “Algumas medidas são válidas para melhorar a hidratação e descansar o corpo, mas seguro mesmo é esperar o tempo necessário para passar os efeitos do álcool antes de assumir a direção de um veículo”, conclui.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776
Para a coordenadora geral do Serviço Móvel de Urgência (Samu) 192, Tatiana Perin, quem tem intenção de beber deve deixar o carro ou a moto em casa, pois a pessoa não terá condições de avaliar os riscos de dirigir depois de ter bebido.
“Por favor, pensou em sair para beber, esqueça o veículo em casa. E se levou o carro e decidiu beber, deixe que um amigo que não bebeu conduza o veículo ou chame um táxi. Nós vemos de tudo nos atendimentos, desde pessoas que estão sozinhas no veículo e batem num poste em linha reta e morrem ou ficam gravemente feridas até acidentes de grandes proporções, que envolvem outras vítimas e deixam sequelas físicas graves”, argumenta Tatiana Perin.
O sentimento de culpa, muito comum em quem provoca acidente de trânsito por embriaguez, é um dos mais difíceis de superar. A psicóloga Graziely de Almeida, do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, em Serra, já atendeu a vários casos assim, e relata que, em decorrência da culpa, o paciente tende a apresentar tristeza profunda e pode inclusive iniciar um quadro de depressão.
“Sentimento de culpa é difícil de superar porque é a consciência cobrando a pessoa. Quando o indivíduo se percebe numa situação dessas, vem aquele sentimento forte de que tudo poderia ter sido evitado, mas ele não pode voltar no tempo”, esclarece.
A psicóloga afirma que tudo muda na vida de pessoas que causaram acidente de trânsito porque estavam alcoolizadas, principalmente se deixar sequelas físicas na própria pessoa ou em outras, e se houver morte. E quem sofre não é só o causador do acidente. Graziely de Almeida ressalta que situações assim desarranjam a vida de toda a família.
“Atendi uma família em que o pai bebeu muito, sofreu um acidente e ficou em estado gravíssimo. Ele tinha uma filha pequena e eles eram de outra cidade, então a esposa teve que vir para a Serra ficar com ele no hospital. Acompanhei também um casal que tinha bebido e sofrido um acidente de moto. Os dois vieram para o hospital. Quando a esposa acordou, estava sem a perna e não havia o que fazer para mudar aquele quadro. Quando soube, o marido entrou em desespero. Essas histórias são reais, e são daquelas que as pessoas acreditam que nunca vão acontecer com elas”, conclui a psicóloga.
Os efeitos do álcool na direção
Segundo a coordenadora geral do Samu 192, Tatiana Perin, depois de beber um único copo de cerveja, o aconselhável é esperar pelo menos cinco horas antes de pegar o volante. A mesma orientação vale para a ingestão de outras bebidas alcoólicas. Isso porque o álcool desidrata o organismo e faz com que o corpo produza substâncias que influenciam nossos sentidos.
O álcool no organismo pode causar perda de concentração, redução da capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, perda da coordenação motora, atraso no tempo de reação e, consequentemente, no tempo de resposta diante de situações de emergência, entre outros efeitos que prejudicam a condução de um veículo com segurança.
De acordo com Tatiana Perin, pessoas mais magras sofrem influência do álcool com mais rapidez, ao passo que os obesos, apesar de resistirem por um pouco mais de tempo aos efeitos da bebida alcoólica, permanecem embriagados por um período maior, pois o álcool se acumula no tecido adiposo.
Ela diz ainda que, dependendo do teor alcoólico, não adianta tomar banho frio, beber café ou tentar qualquer outra tática para eliminar os efeitos do álcool. “Algumas medidas são válidas para melhorar a hidratação e descansar o corpo, mas seguro mesmo é esperar o tempo necessário para passar os efeitos do álcool antes de assumir a direção de um veículo”, conclui.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776