30/03/2005 12h48 - Atualizado em
23/09/2015 09h32
Mulheres mastectomizadas recebem próteses mamárias do Crefes
O Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) concede, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), próteses mamárias de silicone para mulheres que realizaram mastectomia (retirada total da mama). Quase 200 próteses já foram entregues e pouca gente conhece esse serviço. A demanda vem, em sua maioria, do Hospital Santa Rita e nenhuma paciente fica sem atendimento.
A paciente mastectomizada sofre um grande trauma após a cirurgia e a prótese devolve à mulher um pouco da auto-estima perdida com o procedimento. É o caso de Vitória Maria Torezani, 51 anos, que no último dia 18, foi até o Crefes receber sua prótese.
“Você não pode imaginar o tamanho da minha alegria”, diz Vitória. “Quando recebi o telefonema dizendo que minha prótese estava pronta fiquei surpresa com a rapidez. Achei que fosse esperar muito”, conta empolgada.
Vitória mora em São Roque do Canaã, distrito de Santa Teresa, e descobriu o câncer de mama quando fez uma mamografia a pedido de seu ginecologista para realizar uma plástica de redução das mamas.
Ela lamenta o fato de mesmo possuindo o hábito de fazer o auto-exame não ter percebido, apenas com o toque, a presença de um caroço. “Fiz exames oito meses antes e não tinha nada. Quando o médico disse que precisava fazer uma cirurgia para retirar minha mama direita não acreditei”, diz.
A paciente fez a cirurgia em novembro de 2004 e ficou sabendo da possibilidade de conseguir, gratuitamente, a prótese de silicone no Hospital Santa Rita. Antes desta tentou usar a prótese de alpiste, porém teve alergia com o material e não pôde continuar a utilizá-la. “Além da alergia houve o desconforto. A prótese de alpiste é muito pesada” relata.
Vitória conta que o maior impacto foi quando se olhou no espelho após a cirurgia. “É muito estranho se olhar e se tocar depois de uma violência dessas. Tenho sempre a impressão de que quando as pessoas me olham estão observando o meu defeito. Com a prótese vou poder voltar a usar as roupas que gosto”, conclui a paciente.
Orientações
Com a prótese de silicone a paciente pode tomar banhos de piscina e ir à praia normalmente. A assistente social, Silvia Mara Costa Silva passa orientações simples, mas necessárias, para seu uso correto e conservação.
A peça tem de ser lavada com sabão neutro e para secá-la a usuária deve tocá-la suavemente com a toalha sem esfregar. Quando a paciente não tiver utilizando a prótese deve guardá-la na embalagem original.
A prótese mamária deve ser trocada de dois em dois anos. Quando completar 18 meses de uso a paciente deve marcar consulta no Crefes para que a nova peça seja providenciada, antes que o prazo máximo de utilização da anterior finalize.
Procedimento
Após ser encaminhada ao Crefes, a paciente mastectomizada realiza uma consulta, quando é verificado o tamanho do sutiã para compra da prótese. A paciente recebe sua prótese em até três meses, mas o Crefes pretende diminuir, ainda mais, esse prazo.
Silvia, que trabalha nesse procedimento desde a implantação em 2002, conta que, algumas vezes, a paciente muda de endereço ou telefone e não deixa os novos contatos. “Isso dificulta ou atrasa a entrega da prótese. Todas as demandas são atendidas, exceto quando ocorre algum destes imprevistos”, enfatiza.
Silvia diz que o resultado é muito gratificante. “Além do acompanhamento psicológico que essas mulheres precisam ter, a prótese contribui muito para elevar a auto-estima, bastante comprometida com a cirurgia. Apesar do nosso trabalho se restringir à concessão da prótese e à orientação para a utilização correta, a felicidade das pacientes nos contagia”, relata.
Para ser atendido no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo o paciente precisa ser encaminhado por profissionais dos hospitais do Sistema Único de Saúde.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório/ Clarissa Scárdua/Deyvison Longui
Texto: Cynthia Silva
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
asscom@saude.es.gov.br
Esta e outras matérias estão disponíveis no site www.es.gov.br
A paciente mastectomizada sofre um grande trauma após a cirurgia e a prótese devolve à mulher um pouco da auto-estima perdida com o procedimento. É o caso de Vitória Maria Torezani, 51 anos, que no último dia 18, foi até o Crefes receber sua prótese.
“Você não pode imaginar o tamanho da minha alegria”, diz Vitória. “Quando recebi o telefonema dizendo que minha prótese estava pronta fiquei surpresa com a rapidez. Achei que fosse esperar muito”, conta empolgada.
Vitória mora em São Roque do Canaã, distrito de Santa Teresa, e descobriu o câncer de mama quando fez uma mamografia a pedido de seu ginecologista para realizar uma plástica de redução das mamas.
Ela lamenta o fato de mesmo possuindo o hábito de fazer o auto-exame não ter percebido, apenas com o toque, a presença de um caroço. “Fiz exames oito meses antes e não tinha nada. Quando o médico disse que precisava fazer uma cirurgia para retirar minha mama direita não acreditei”, diz.
A paciente fez a cirurgia em novembro de 2004 e ficou sabendo da possibilidade de conseguir, gratuitamente, a prótese de silicone no Hospital Santa Rita. Antes desta tentou usar a prótese de alpiste, porém teve alergia com o material e não pôde continuar a utilizá-la. “Além da alergia houve o desconforto. A prótese de alpiste é muito pesada” relata.
Vitória conta que o maior impacto foi quando se olhou no espelho após a cirurgia. “É muito estranho se olhar e se tocar depois de uma violência dessas. Tenho sempre a impressão de que quando as pessoas me olham estão observando o meu defeito. Com a prótese vou poder voltar a usar as roupas que gosto”, conclui a paciente.
Orientações
Com a prótese de silicone a paciente pode tomar banhos de piscina e ir à praia normalmente. A assistente social, Silvia Mara Costa Silva passa orientações simples, mas necessárias, para seu uso correto e conservação.
A peça tem de ser lavada com sabão neutro e para secá-la a usuária deve tocá-la suavemente com a toalha sem esfregar. Quando a paciente não tiver utilizando a prótese deve guardá-la na embalagem original.
A prótese mamária deve ser trocada de dois em dois anos. Quando completar 18 meses de uso a paciente deve marcar consulta no Crefes para que a nova peça seja providenciada, antes que o prazo máximo de utilização da anterior finalize.
Procedimento
Após ser encaminhada ao Crefes, a paciente mastectomizada realiza uma consulta, quando é verificado o tamanho do sutiã para compra da prótese. A paciente recebe sua prótese em até três meses, mas o Crefes pretende diminuir, ainda mais, esse prazo.
Silvia, que trabalha nesse procedimento desde a implantação em 2002, conta que, algumas vezes, a paciente muda de endereço ou telefone e não deixa os novos contatos. “Isso dificulta ou atrasa a entrega da prótese. Todas as demandas são atendidas, exceto quando ocorre algum destes imprevistos”, enfatiza.
Silvia diz que o resultado é muito gratificante. “Além do acompanhamento psicológico que essas mulheres precisam ter, a prótese contribui muito para elevar a auto-estima, bastante comprometida com a cirurgia. Apesar do nosso trabalho se restringir à concessão da prótese e à orientação para a utilização correta, a felicidade das pacientes nos contagia”, relata.
Para ser atendido no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo o paciente precisa ser encaminhado por profissionais dos hospitais do Sistema Único de Saúde.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório/ Clarissa Scárdua/Deyvison Longui
Texto: Cynthia Silva
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
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