01/08/2007 13h31 - Atualizado em 23/09/2015 09h54

Municípios participam da Avaliação do Programa de Controle da Dengue

A II Reunião de Avaliação do Programa Estadual de Controle da Dengue, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta terça-feira (31), em Vitória, contou com a presença de Giovanini Evelin Coelho, coordenador nacional do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) e de representantes de todos os municípios capixabas.

O evento aconteceu durante todo o dia no auditório do Hospital da Policia Militar (HPM) e teve a parceria da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde. Cerca de 120 pessoas, entre técnicos e gestores municipais, participaram da reunião de avaliação.

Para o coordenador nacional do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), é fundamental a rotina de se fazer reunião para que a prioridade das ações no controle da dengue não saia da agenda dos gestores.

De acordo com Giovanini Evelin Coelho, a Secretaria de Saúde do Estado tem o papel fundamental de harmonizar as ações desenvolvidas pelos municípios. Em se tratando da dengue isso é fundamental, pois a doença é de áreas urbanas e há necessidade de ter uma sincronia entre as medidas de controle. “Isso é um aspecto fundamental no controle da dengue. Logo, é parte desta atividade reuniões dos municípios para avaliação dos processos e trabalhos. Nossa expectativa é que essas reuniões aconteçam, pelo menos, duas vezes por ano. No caso deste encontro, ele tem uma importância adicional porque ocorre exatamente no momento que antecede a época de verão, que é o período de maior transmissão da doença. Então, não existe momento mais adequado para se trabalhar as ações, do que agora”, disse ele.

Durante o evento aconteceram palestras e debates sobre o estágio atual da situação da dengue no Estado e as propostas de intensificação das atividades preventivas, de controle e combate.

Joaquim Batista Ferreira Filho, farmacêutico bioquímico do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), da Sesa, falou sobre os vários métodos utilizados para diagnóstico da dengue. “No Lacen nós investigamos os anticorpos. No caso da pesquisa do vírus, as investigações são feitas nos laboratórios da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Essa palestra é importante para que os participantes saibam dos diferentes métodos que podem ser aplicados em laboratórios e em que fase da doença as amostras devem ser coletadas para que nosso objetivo final seja atingido, que é conseguir detectar o anticorpo ou o vírus”.

Entre as profissionais atentas ao evento estavam Denise Carramanhas e Cristiana Sily, da Vigilância Epidemiológica de Cariacica, que destacaram a importância do encontro. “Esta reunião serve para uma troca de experiências e uma integração dos setores das diversas secretarias. É importante conhecer experiências desenvolvidas em outros municípios”, disse Denise.

“Poderemos aproveitar a experiência que deu certo em outras localidades para trazermos e aplicarmos em nosso município”, completou Cristiane.

Estado

O Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD), desenvolvido pelo Núcleo de Vigilância Ambiental da Sesa registrou 8.074 casos da doença entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período, em 2006, foram registrados 13.441 casos, significando uma redução de 38% em relação ao ano passado.

Os cinco municípios com mais registros são: Serra, com 1.683 casos; Nova Venécia, com 990; Guarapari, com 675; Piúma, com 665 e Bom Jesus do Norte, com 618 casos.

Dos 78 municípios capixabas, apenas 14 não registraram a presença da dengue: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Brejetuba, Divino São Lourenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Ibitirama, Irupi, Laranja da Terra, Marilândia, Muniz Freire, São Roque do Canaã e Vila Pavão.

No caso de Febre Hemorrágica por Dengue (FHD) foram notificados neste ano 25 casos suspeitos. Desse total, houve a confirmação de cinco. Em relação aos óbitos, nove pessoas morreram e apenas um caso foi confirmado como sendo por dengue hemorrágica. Outros seis casos suspeitos estão sendo investigados e aguardando confirmação laboratorial, e dois casos já foram descartados. Em 2006 a dengue hemorrágica chegou a 11 registros e três óbitos.

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