06/12/2013 11h31 - Atualizado em
23/09/2015 13h39
Mutirão para tratar pacientes com doença na retina que pode levar à cegueira

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza, neste sábado (07), a partir das 08 horas, um mutirão no Hospital das Clínicas (Hucam), em Vitória, para atender 100 pacientes que aguardam consulta de avaliação e tratamento de doença degenerativa da retina. Chamada de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), a doença provoca a perda progressiva da visão central e leva à cegueira. O mutirão é exclusivo para pacientes que já aguardavam agendamento de atendimento pela Sesa e que foram previamente avisados.
Além da consulta de avaliação, pacientes que estiverem aptos a iniciar o tratamento já poderão passar pelo procedimento de aplicação da injeção intraocular para secar e ajudar na reabsorção do fluido intrarretiniano (sangramento), diminuindo o tamanho da mancha que prejudica a visão central. Os demais terão o procedimento agendado a critério médico.
Segundo a gerente da Assistência Farmacêutica da Sesa, Maria José Sartório, desde 2009, o Governo do ES disponibiliza o tratamento. Os medicamentos Ranibizumabe e Bevacizumabe, de componente especializado e de alto custo, são adquiridos com recursos próprios, por meio das Farmácias Cidadãs Estaduais. Já a aplicação da injeção intraocular é feita no Hucam, instituição de referência em oftalmologia e local para onde a Sesa encaminha os pacientes.
Atualmente, 199 pessoas estão em tratamento da doença no Estado. De janeiro até esta quinta-feira (05) o Governo já desembolsou R$ 374.781,68 com a aquisição de 144 frascos das duas medicações.
A oftalmologista da Sesa Kelcia Kiefer Harchbart, especialista em retina, ressalta que o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para reduzir os danos que a DMRI provoca. A doença não tem cura e precisa de acompanhamento periódico, a critério médico, de acordo com cada caso. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais rápido o tratamento para desacelerar o avanço da mancha.
Por isso, a importância da consulta anual com o oftalmologista, principalmente para quem já passou dos 50 anos. Quem perceber baixa e tortuosidade na visão deve procurar o especialista.
A médica explica que a DMRI atinge diretamente a mácula, região do centro da retina que permite que a pessoa enxergue detalhes. Segundo ela, estudos comprovam que a doença tem fator hereditário e se manifesta geralmente após os 60 anos, afetando a área central da retina, que se degenerou com a idade. “A doença provoca uma mancha na região central da retina, prejudicando a nitidez das imagens e dificultando atividades como a leitura”, observa.
Kécia explica ainda que há dois tipos de acometimento da doença: a forma denominada DMRI seca, que é a mais comum, e a exsudativa (úmida). A do tipo seco tem uma baixa lenta e progressiva da visão devido à atrofia da retina em longo prazo. Já a do tipo exsudativo causa uma baixa visão mais rápida, porque libera fluido intrarretiniano. São para esses casos que a injeção intraocular é indicada, para reduzir os danos do sangramento.
Prevenção
Além da hereditariedade, fatores como pele clara, exposição excessiva ao sol e tabagismo podem predispor ao aparecimento da doença. A prevenção e o tratamento da DMRI são realizados por meio de vitaminas, antioxidantes e óculos escuros ou claros com proteção contra os raios ultravioleta (UVA e UVB). Uma dieta rica em vegetais de folhas verdes e de cor laranja (couve, brócolis, espinafre, abóbora e cenoura, entre outros) e pobre em gorduras é benéfica e também ajuda a prevenir.
Tratamento
Vitaminas por via oral são indicadas para retardar a progressão da degeneração macular para quem tem a forma seca da DMRI. O acompanhamento médico é essencial. Já para a DMRI úmida, o tratamento inicial é feito com a aplicação de três doses da medicação, por injeção intraocular, com intervalo mensal entre elas. Depois, caso a pessoa tenha redução do fluido, entrará em processo de observação. Nos casos em que a mancha persiste, o tratamento é prolongado até a estabilização do quadro clínico.
Os danos à visão central são irreversíveis, mas a detecção precoce e os cuidados podem ajudar a controlar alguns dos efeitos da doença.
Medicamentos
Ranibizumabe
Valor unitário: R$ 3.100,87
Quantidade de frascos liberadas (01/01/2013 até 05/12/13): 104
Valor total: R$ 322.490,48
Bevacizumabe
Valor unitário: R$ 1.307,28
Quantidade de frascos liberada (01/11/2013 até 05/12/2013): 40
Valor total: R$ 52.291,20
Gasto total: R$ 374.781,68
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8137/3345-8074/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Além da consulta de avaliação, pacientes que estiverem aptos a iniciar o tratamento já poderão passar pelo procedimento de aplicação da injeção intraocular para secar e ajudar na reabsorção do fluido intrarretiniano (sangramento), diminuindo o tamanho da mancha que prejudica a visão central. Os demais terão o procedimento agendado a critério médico.
Segundo a gerente da Assistência Farmacêutica da Sesa, Maria José Sartório, desde 2009, o Governo do ES disponibiliza o tratamento. Os medicamentos Ranibizumabe e Bevacizumabe, de componente especializado e de alto custo, são adquiridos com recursos próprios, por meio das Farmácias Cidadãs Estaduais. Já a aplicação da injeção intraocular é feita no Hucam, instituição de referência em oftalmologia e local para onde a Sesa encaminha os pacientes.
Atualmente, 199 pessoas estão em tratamento da doença no Estado. De janeiro até esta quinta-feira (05) o Governo já desembolsou R$ 374.781,68 com a aquisição de 144 frascos das duas medicações.
A oftalmologista da Sesa Kelcia Kiefer Harchbart, especialista em retina, ressalta que o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para reduzir os danos que a DMRI provoca. A doença não tem cura e precisa de acompanhamento periódico, a critério médico, de acordo com cada caso. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais rápido o tratamento para desacelerar o avanço da mancha.
Por isso, a importância da consulta anual com o oftalmologista, principalmente para quem já passou dos 50 anos. Quem perceber baixa e tortuosidade na visão deve procurar o especialista.
A médica explica que a DMRI atinge diretamente a mácula, região do centro da retina que permite que a pessoa enxergue detalhes. Segundo ela, estudos comprovam que a doença tem fator hereditário e se manifesta geralmente após os 60 anos, afetando a área central da retina, que se degenerou com a idade. “A doença provoca uma mancha na região central da retina, prejudicando a nitidez das imagens e dificultando atividades como a leitura”, observa.
Kécia explica ainda que há dois tipos de acometimento da doença: a forma denominada DMRI seca, que é a mais comum, e a exsudativa (úmida). A do tipo seco tem uma baixa lenta e progressiva da visão devido à atrofia da retina em longo prazo. Já a do tipo exsudativo causa uma baixa visão mais rápida, porque libera fluido intrarretiniano. São para esses casos que a injeção intraocular é indicada, para reduzir os danos do sangramento.
Prevenção
Além da hereditariedade, fatores como pele clara, exposição excessiva ao sol e tabagismo podem predispor ao aparecimento da doença. A prevenção e o tratamento da DMRI são realizados por meio de vitaminas, antioxidantes e óculos escuros ou claros com proteção contra os raios ultravioleta (UVA e UVB). Uma dieta rica em vegetais de folhas verdes e de cor laranja (couve, brócolis, espinafre, abóbora e cenoura, entre outros) e pobre em gorduras é benéfica e também ajuda a prevenir.
Tratamento
Vitaminas por via oral são indicadas para retardar a progressão da degeneração macular para quem tem a forma seca da DMRI. O acompanhamento médico é essencial. Já para a DMRI úmida, o tratamento inicial é feito com a aplicação de três doses da medicação, por injeção intraocular, com intervalo mensal entre elas. Depois, caso a pessoa tenha redução do fluido, entrará em processo de observação. Nos casos em que a mancha persiste, o tratamento é prolongado até a estabilização do quadro clínico.
Os danos à visão central são irreversíveis, mas a detecção precoce e os cuidados podem ajudar a controlar alguns dos efeitos da doença.
Medicamentos
Ranibizumabe
Valor unitário: R$ 3.100,87
Quantidade de frascos liberadas (01/01/2013 até 05/12/13): 104
Valor total: R$ 322.490,48
Bevacizumabe
Valor unitário: R$ 1.307,28
Quantidade de frascos liberada (01/11/2013 até 05/12/2013): 40
Valor total: R$ 52.291,20
Gasto total: R$ 374.781,68
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8137/3345-8074/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br