01/07/2013 06h51 - Atualizado em 23/09/2015 13h37

Neuropsicologia ajuda na reabilitação de pacientes do Crefes

Pessoas com determinados tipos de sequelas neurológicas podem ter acesso, no Centro de Reabilitação Física da Secretaria de Estado da Saúde (Crefes), em Vila Velha, ao serviço de neuropsicologia, ainda recente e pouco conhecido no Brasil. Uma das vantagens da especialidade é que ela conta com mais ferramentas para ajudar na recuperação e readaptação do paciente a sua nova realidade.

O tratamento é indicado para quem sofre com sequelas que afetam a função cognitiva, comportamental e emocional, geralmente pacientes de Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumatismo craniano ou doenças neurológicas, como Mal de Parkinson. Essas pessoas passam a conviver com barreiras que comprometem a memória, o pensamento e a atenção, além de limitações físicas.

“O serviço de reabilitação neuropsicológica visa à compreensão da relação entre o funcionamento do cérebro e o comportamento humano. Podemos dizer que faz uma correlação entre a área cerebral atingida pelo agravo, que pode ser um AVC, por exemplo, e a cognição” explica a neuropsicóloga do Crefes, Katia Wanke Cazelli, uma das poucas profissionais no Estado com o título – exclusivo para psicólogos que passaram por curso específico.

Atendimento

Durante o atendimento, similar a uma consulta, o profissional identifica as necessidades do paciente e estabelece um plano para ajudar na reabilitação que possa ser executado no dia a dia. O plano reabilitacional varia de caso para caso. O trabalho é feito com o objetivo de compensar dificuldades ou implementar novas tarefas adaptadas às suas novas condições no âmbito emocional, comportamental ou cognitivo.

Como esses pacientes são geralmente dependentes, o tratamento é feito com a participação familiar. “Se uma pessoa sofre uma lesão no lobo frontal do cérebro (região da testa), pode ser que apresente quadros de comportamento desinibido, confuso, desorientado e até mesmo agressivo. Direcionamos as orientações terapêuticas nesse sentido com a participação da família”, conta a especialista.

Os resultados são consideráveis, mas dependem de um trabalho em equipe. “O trabalho é feito junto com profissionais de outras áreas, como fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta. Nós dividimos todos os ônus e todos os louros. Mas podemos dizer que os resultados são notórios e visíveis e muitas vezes mais percebidos pelos familiares do que pelos pacientes”, lembra Katia.

Fluxo

Para ter acesso ao serviço, é preciso primeiramente ter um encaminhamento - médico ou de outros profissionais da saúde - para reabilitação. Uma vez no Crefes, o paciente passará por uma triagem que o direcionará para a unidade de tratamento responsável pelo seu caso, onde será avaliado pelo médico. Este fará uma avaliação e decidirá em quanto tempo terá início o acompanhamento.

O serviço de neuropsicologia é ofertado pela Unidade de Reabilitação Neurológica do Crefes e a frequência de sessões varia de acordo com a complexidade de cada caso, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal.

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