26/09/2013 07h54 - Atualizado em 23/09/2015 13h38

Novo sistema de regulação de consultas e exames da Sesa prioriza casos graves

Uma nova ferramenta de gestão para ordenar e organizar os fluxos de atendimento a consultas e exames especializados já está em operação na Central de Regulação Ambulatorial da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Trata-se de um programa informatizado de regulação do Ministério da Saúde, o Sisreg III, que possibilita realizar o processo regulatório de forma a garantir que os casos de maior risco sejam priorizados.

Segundo a coordenadora da Central, Resy Neves Rebello Alves, a principal mudança é que o agendamento deixa de ser por ordem cronológica para passar por um processo regulatório, baseado nos protocolos assistenciais, de forma que o usuário tenha sua necessidade atendida no local melhor indicado, no momento certo, com qualidade e quantidade adequadas a seu caso e de forma humanizada. O novo sistema entrou em operação no último dia 17.

“Uma solicitação bem feita e com dados clínicos reais descritos de forma correta e completa terá sempre prioridade em relação àquela que encaminha o usuário apenas a um determinado especialista sem maiores detalhes quanto à sua situação clínica. No caso de ortopedista, por exemplo, fica impossível saber se é para ortopedista de mão, de pé ou joelho, se o encaminhamento estiver indicando apenas ‘ao ortopedista’, visto que há subdivisões dentro das próprias especialidades”, observa Resy Alves.

Segundo ela, os médicos das unidades básicas de saúde – que são a porta de entrada do SUS – deverão, na sua solicitação de consulta ou exame especializado, classificar o risco e emitir uma justificativa que faça o médico regulador compreender a real necessidade do paciente, para que o atendimento seja priorizado conforme a necessidade do caso.

É indispensável, por exemplo, incluir na solicitação de agendamento de consultas e exames o Código Internacional de Doença (CID) do paciente – que cataloga e padroniza as doenças relacionadas à saúde. Todos os 78 municípios capixabas e as 26 Unidades prestadoras de serviços especializados para a Sesa –entre próprias, contratualizadas e privadas – foram capacitadas para oper ação do sistema informatizado.

Os municípios continuarão tendo acesso às consultas e exames especializados por meio de cotas, conforme programação pactuada. Os atendimentos são referenciados para os prestadores de serviço de saúde do SUS estadual, sejam unidades da rede própria ou da rede complementar, localizados na Serra, Vila Velha, Vitória e Cariacica. Gradativamente, esse sistema de regulação ambulatorial será levado para as demais Regiões de Saúde do Estado.

Também é projeto do Governo do ES implantar um complexo regulador que agregará em um único local as centrais hoje existentes: Central de Regulação de Internação, Central de Regulação de Consultas e Exames Ambulatoriais Especializados, Central Estadual de Alta Complexidade, Central de Tratamento Fora de Domicilio (TFD), a Central de Captação de Órgãos e a Central de Atendimento Pré-Hospitalar (Samu 192).

Fique por dentro

SISREG – É um sistema do Ministério da Saúde (MS) em uso em diversos estados do País e que se mantém em contínua atualização acompanhando as mudanças no sistema de saúde brasileiro, que são definidas por um pacto entre os gestores municipais, estaduais e federal.

O sistema trabalha associado ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde (CNES) e ao Cartão SUS, permitindo a identificação de procedência dos usuários, evidenciando os fluxos de acesso e caracterizando sempre a atenção primária como porta preferencial de entrada do usuário no Sistema de Saúde.

Como é o fluxo – Toda a responsabilidade de solicitações por meio do Sisreg continua sendo das Centrais de Regulação Municipais, que foram devidamente capacitadas para operação do novo sistema.

O usuário deve sempre dar entrada em suas solicitações para consultas e exames especializados na unidade de saúde próxima da sua residência, à qual ele é vinculado, que será responsável por providenciar junto à Central de Regulação Municipal o atendimento necessário, bem como de entregar ao usuário o comprovante de agendamento da especialidade solicitada e explicar toda a questão referente a preparo para a realização de exames quando necessários.

Demanda – A organização e gerenciamento da demanda de espera para toda e qualquer especialidade de consulta ou exames é feita pelo município. É importante que o usuário se responsabilize por comparecer às consultas e exames agendados para ele, ou comunicar a sua Unidade de referência se não tiver mais interesse no atendimento com no mínimo três dias de antecedência. Esse cuidado permite que outro usuário à espera de agendamento possa ser beneficiado. Atualmente, é alto o índice de absenteísmo –faltas aos agendamentos nos prestadores de serviços, o que dificulta a redução da demanda de espera.

No ano passado, do total de 593.025 consultas e exames especializados ofertados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aos 78 municípios capixabas, 348.373 (58%) foram desperdiçados porque o paciente não compareceu ou porque o agendamento não foi feito pelas centrais de agendamento municipais. Além de prejuízos financeiros para a rede pública municipal e estadual, essa situação também acaba gerando custos sociais para outros usuários que precisam efetivamente de atendimento, e que vão ter demora em seu atendimento.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard