Devido ao rápido envelhecimento populacional ocorrido no Brasil nas últimas décadas, as quedas e as situações de violência são dois dos principais desafios enfrentados pela área da saúde do idoso atualmente. Com cerca de 11% da população com 60 anos ou mais, o Espírito Santo já vem se preparando para lidar com esses temas. Por isso, nesta quarta-feira (07), profissionais de todos os municípios capixabas se reunirão, em Vitória, para participar de uma oficina com foco na melhoria da qualidade de vida desse público-alvo.

A iniciativa faz parte da Política Estadual de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, lançada em junho deste ano. “Um dos eixos estratégicos dessa Política é o de Formação e Educação Permanente, que tem o objetivo de alertar e orientar os profissionais da saúde como um todo quanto às situações de queda e violência contra a pessoa idosa, explica a geriatra da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Regina Mesquita.

De 2008 até o primeiro semestre de 2012, mais de 4,5 mil pessoas com 60 anos ou mais foram internadas em decorrência de quedas. Os protocolos clínicos e o tratamento da osteoporose, doença que causa perda da massa óssea deixando os ossos suscetíveis a fraturas, também serão abordada na oficina.

Violência

A violência sofrida pelas pessoas idosas será debatida durante o evento. Só neste ano, houve 54 notificações desta natureza no Estado. “Muitas das vezes as agressões e maus tratos contra os idosos são praticados pelos próprios familiares e ainda há muita negligência na sociedade. Os profissionais da saúde muitas vezes identificam esses sinais e devem estar preparados para fazer a abordagem. Além disso, precisamos trabalhar preventivamente os fatores de risco como forma de melhorar a qualidade de vida”, destaca a geriatra.

A Oficina de Prevenção de Quedas e Violência contra a Pessoa Idosa será realizada no Hotel Golden Tulip, das 08 horas às 17 horas e será voltada para profissionais da atenção primária à saúde e referências técnicas da Saúde do Idoso dos municípios. As palestras serão realizadas por representantes da Sesa e do Ministério da Saúde (MS), bem como de demais órgãos afins.

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