10/12/2014 14h32 - Atualizado em
23/09/2015 13h42
Organização adequada da casa pode prevenir queda de idosos

Mudanças simples dentro de casa podem melhorar a qualidade de vida e a segurança daqueles que chegaram à terceira idade. É que, de cada dez acidentes com idosos, oito acontecem no ambiente doméstico. O principal é a queda da própria altura, que ocorre em sete de cada dez acidentes com pessoas dessa faixa etária.
A referência técnica do Programa Estadual de Saúde do Idoso, a médica geriatra Janaina Alvarenga, informa que os idosos foram as vítimas em aproximadamente 25% das internações por queda registradas nos hospitais públicos do Espírito Santo no ano passado.
Segundo ela, esse tipo de acidente torna-se comum com o passar da idade porque aumentam os fatores de risco, como fraqueza muscular, uso de medicamentos que podem causar tontura, como ansiolíticos e remédios que auxiliam no sono, enfraquecimento dos ossos pela osteoporose e redução do equilíbrio.
Cair, no entanto, não é inerente ao processo de envelhecimento e pode ser evitado, afirma Janaína, reduzindo-se as situações de perigo. A geriatra alerta que cômodos mal iluminados, piso molhado e objetos mal posicionados na casa ou espalhados pelo caminho são situações que favorecem as quedas.
Ela explica que o idoso pode cair ao enrolar o pé no tapete, por exemplo, escorregar no chão do banheiro ou esbarrar em algum móvel. Situações assim acontecem com frequência e podem, segundo a médica, trazer consequências físicas lastimáveis, que vão desde escoriações e contusões a fraturas.
As quedas, de acordo com Janaina, também podem gerar sérias repercussões emocionais. “Muitas pessoas sofrem quedas de repetição, podendo levar a uma perda da autoconfiança, baixa da autoestima, insegurança ao andar e tendência a imobilidade, o que pode interferir na realização das atividades diárias”, explica.
Por que se preocupar
De acordo com o ortopedista João Carlos Teixeira, do Hospital Estadual Central, em Vitória, a fratura do punho é o trauma mais comum entre os idosos que sofrem quedas, já que, ao cair, a tendência é que a pessoa se apóie com as mãos, elevando assim o peso sobre a região.
As fraturas do punho e do ombro são, porém, menos complicadas de tratar, pois segundo o médico nem sempre têm indicação cirúrgica e não afetam a mobilidade do corpo.
O mais preocupante, segundo o especialista, é quando ocorre fratura do fêmur, pois a cirurgia é complexa e o paciente pode ter complicações no pós-operatório, dependendo de suas condições prévias de saúde.
“A fratura de fêmur é um complicador para os pacientes que já possuem diabetes, problemas cardíacos, Mal de Parkinson, Alzheimer e outras doenças. Quanto mais idosa a pessoa for e quanto mais debilitada estiver sua saúde, maiores são os riscos e a dificuldade de recuperação”, detalha.
Saiba como arrumar a casa para evitar quedas
- Melhore a iluminação dos ambientes e instale interruptores de luz na entrada das dependências para que não haja necessidade de andar no escuro;
- Abra os espaços: a disposição da mobília de forma inadequada atrapalha a locomoção e, quando instáveis, os móveis não servem como apoio;
- Certifique-se de que a cama em que você dorme tem uma altura segura, de forma que você consiga subir e descer facilmente;
- Mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito;
- Tenha sempre em casa uma escada estável, do tamanho adequado e em bom estado para ser usada quando você precisar acessar armários altos;
- Evite mesas de centro muito baixas.
- Instale corrimãos com altura adequada por toda a extensão da escada e em ambos os lados, e não deixe malas, caixas ou qualquer tipo de bagunça nos degraus;
- No banheiro, coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box e, quando necessário, instale barras de apoio nas paredes;
- Não use tapetes pequenos e capachos em superfícies lisas;
- Repare carpetes soltos, pois a pessoa pode tropeçar, e tenha cuidado com dobras e bordas de tapetes.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Juliana Rodrigues/Kárita Iana/Marcos Bonn
Texto: Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8074/3345-8137/9969-8271/9983-3246/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
A referência técnica do Programa Estadual de Saúde do Idoso, a médica geriatra Janaina Alvarenga, informa que os idosos foram as vítimas em aproximadamente 25% das internações por queda registradas nos hospitais públicos do Espírito Santo no ano passado.
Segundo ela, esse tipo de acidente torna-se comum com o passar da idade porque aumentam os fatores de risco, como fraqueza muscular, uso de medicamentos que podem causar tontura, como ansiolíticos e remédios que auxiliam no sono, enfraquecimento dos ossos pela osteoporose e redução do equilíbrio.
Cair, no entanto, não é inerente ao processo de envelhecimento e pode ser evitado, afirma Janaína, reduzindo-se as situações de perigo. A geriatra alerta que cômodos mal iluminados, piso molhado e objetos mal posicionados na casa ou espalhados pelo caminho são situações que favorecem as quedas.
Ela explica que o idoso pode cair ao enrolar o pé no tapete, por exemplo, escorregar no chão do banheiro ou esbarrar em algum móvel. Situações assim acontecem com frequência e podem, segundo a médica, trazer consequências físicas lastimáveis, que vão desde escoriações e contusões a fraturas.
As quedas, de acordo com Janaina, também podem gerar sérias repercussões emocionais. “Muitas pessoas sofrem quedas de repetição, podendo levar a uma perda da autoconfiança, baixa da autoestima, insegurança ao andar e tendência a imobilidade, o que pode interferir na realização das atividades diárias”, explica.
Por que se preocupar
De acordo com o ortopedista João Carlos Teixeira, do Hospital Estadual Central, em Vitória, a fratura do punho é o trauma mais comum entre os idosos que sofrem quedas, já que, ao cair, a tendência é que a pessoa se apóie com as mãos, elevando assim o peso sobre a região.
As fraturas do punho e do ombro são, porém, menos complicadas de tratar, pois segundo o médico nem sempre têm indicação cirúrgica e não afetam a mobilidade do corpo.
O mais preocupante, segundo o especialista, é quando ocorre fratura do fêmur, pois a cirurgia é complexa e o paciente pode ter complicações no pós-operatório, dependendo de suas condições prévias de saúde.
“A fratura de fêmur é um complicador para os pacientes que já possuem diabetes, problemas cardíacos, Mal de Parkinson, Alzheimer e outras doenças. Quanto mais idosa a pessoa for e quanto mais debilitada estiver sua saúde, maiores são os riscos e a dificuldade de recuperação”, detalha.
Saiba como arrumar a casa para evitar quedas
- Melhore a iluminação dos ambientes e instale interruptores de luz na entrada das dependências para que não haja necessidade de andar no escuro;
- Abra os espaços: a disposição da mobília de forma inadequada atrapalha a locomoção e, quando instáveis, os móveis não servem como apoio;
- Certifique-se de que a cama em que você dorme tem uma altura segura, de forma que você consiga subir e descer facilmente;
- Mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito;
- Tenha sempre em casa uma escada estável, do tamanho adequado e em bom estado para ser usada quando você precisar acessar armários altos;
- Evite mesas de centro muito baixas.
- Instale corrimãos com altura adequada por toda a extensão da escada e em ambos os lados, e não deixe malas, caixas ou qualquer tipo de bagunça nos degraus;
- No banheiro, coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box e, quando necessário, instale barras de apoio nas paredes;
- Não use tapetes pequenos e capachos em superfícies lisas;
- Repare carpetes soltos, pois a pessoa pode tropeçar, e tenha cuidado com dobras e bordas de tapetes.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Juliana Rodrigues/Kárita Iana/Marcos Bonn
Texto: Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8074/3345-8137/9969-8271/9983-3246/9943-2776
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