15/04/2009 13h37 - Atualizado em
23/09/2015 13h23
Pacientes e funcionários do CAPS Cidade participam de lançamento de livro

Nesta quinta-feira (16), às 11 horas, os usuários e funcionários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Cidade), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), participam do relançamento do livro ‘A Volta da Ternura’, do ator, poeta e oficineiro da instituição, Eliezer de Almeida. Os pacientes vão recitar poesias e fazer interpretação teatral do livro.
Haverá ainda lanche e confraternização na sede do CAPS Cidade, localizada no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano Juliano Almeida do Valle, em Jardim América, Cariacica.
O livro, que já foi lançado em Vitória, em Brasília e no Rio de Janeiro, traz o dia a dia do escritor durante sua recuperação de um acidente, em 1994, no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, que o deixou dependente de cadeira de rodas e muletas por três anos. Com 70 páginas, o diário terapêutico, conforme o próprio escritor, pode ser de grande ajuda aos pacientes do CAPS. “É um livro que estimula as pessoas a viver, provocando nelas a elevação da autoestima”, diz o autor. Eliezer trabalha como voluntário em instituições que lidam com pessoas com algum tipo de deficiência há 20 anos.
Oficinas
Com 15 anos de funcionamento, o CAPS é um serviço gratuito oferecido pela Sesa para o atendimento a portadores de sofrimentos psíquicos graves. Segundo a coordenadora, Ana Maria Domingues Carvalho, o Centro veio substituir o modelo antigo de hospital psiquiátrico, quando o tratamento era isolado e a internação poderia durar uma vida inteira. “O nosso objetivo é trabalhar com esses pacientes buscando a integração social e a geração de renda”, conta Ana Maria.
Para isso, são desenvolvidas, diariamente na instituição, diversas atividades envolvendo os usuários. São as chamadas oficinas terapêuticas, que incluem teatro, música, vídeo, arte-terapia, tapeçaria, artesanato, literatura, bijuteria, ensino pedagógico, lãs e linhas (bordado, fuxico, dentre outros) e atividades livres.
Essas oficinas envolvem todos os 220 pacientes do CAPS Cidade, que recebem ainda orientações, por meio de palestras, para transformar o aprendizado em trabalho e renda. Ana Maria informa que todas as peças criadas pelos usuários são vendidas em um bazar, que fica aberto às segundas, terças e quintas.
O dinheiro é revertido aos pacientes e também para a compra de material para as oficinas. O CAPS Cidade também aceita doações de roupas usadas. As melhores peças são vendidas no bazar. Além disso, são realizadas exposições e venda de quadros pintados durante as oficinas de arte.
Encaminhamento
Os pacientes são, na maioria, provenientes do município de Cariacica. Para receber atendimento na instituição, a pessoa deve, primeiro, procurar a unidade de saúde básica mais próxima de sua casa. Havendo necessidade de um tratamento de maior complexidade, a própria unidade faz o encaminhamento ao CAPS.
Entretanto, a coordenadora acrescenta que muitos chegam espontaneamente ou encaminhados pela equipe de Saúde da Família ou de hospitais e prontos-socorros. “Todos os casos passam por uma avaliação pela equipe multiprofissional. Caso o paciente se encaixe no perfil do CAPS, ele é integrado à instituição”, explicou.
De acordo com Ana Maria, o perfil do usuário do CAPS é o paciente psicótico grave que tem os laços sociais comprometidos e sofrem de isolamento. Há três categorias de pacientes: o intensivo, que frequenta o local todos os dias; o semi-intensivo, que participa das atividades de uma a duas vezes por semana; e o não-intensivo, que recebe acompanhamento a cada 15 ou 30 dias.
Consultas
Além das oficinas, os pacientes passam por psicoterapia individual ou em grupo, consultas psiquiátricas e fazem as três refeições do dia no local. Para que tudo isso aconteça, trabalham ao todo 20 pessoas no CAPS Cidade, entre psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos e oficineiros.
Apesar de o CAPS ser um serviço municipal, há três desses centros que ainda pertencem ao Estado. Além do CAPS Cidade, o de Moxuara, ambos em Cariacica e o de Cachoeiro de Itapemirim. Todos têm o mesmo objetivo: proporcionar atendimento aos portadores de transtornos mentais dentro de suas áreas de abrangência, sem que o paciente precise ficar internado.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br
Haverá ainda lanche e confraternização na sede do CAPS Cidade, localizada no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano Juliano Almeida do Valle, em Jardim América, Cariacica.
O livro, que já foi lançado em Vitória, em Brasília e no Rio de Janeiro, traz o dia a dia do escritor durante sua recuperação de um acidente, em 1994, no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, que o deixou dependente de cadeira de rodas e muletas por três anos. Com 70 páginas, o diário terapêutico, conforme o próprio escritor, pode ser de grande ajuda aos pacientes do CAPS. “É um livro que estimula as pessoas a viver, provocando nelas a elevação da autoestima”, diz o autor. Eliezer trabalha como voluntário em instituições que lidam com pessoas com algum tipo de deficiência há 20 anos.
Oficinas
Com 15 anos de funcionamento, o CAPS é um serviço gratuito oferecido pela Sesa para o atendimento a portadores de sofrimentos psíquicos graves. Segundo a coordenadora, Ana Maria Domingues Carvalho, o Centro veio substituir o modelo antigo de hospital psiquiátrico, quando o tratamento era isolado e a internação poderia durar uma vida inteira. “O nosso objetivo é trabalhar com esses pacientes buscando a integração social e a geração de renda”, conta Ana Maria.
Para isso, são desenvolvidas, diariamente na instituição, diversas atividades envolvendo os usuários. São as chamadas oficinas terapêuticas, que incluem teatro, música, vídeo, arte-terapia, tapeçaria, artesanato, literatura, bijuteria, ensino pedagógico, lãs e linhas (bordado, fuxico, dentre outros) e atividades livres.
Essas oficinas envolvem todos os 220 pacientes do CAPS Cidade, que recebem ainda orientações, por meio de palestras, para transformar o aprendizado em trabalho e renda. Ana Maria informa que todas as peças criadas pelos usuários são vendidas em um bazar, que fica aberto às segundas, terças e quintas.
O dinheiro é revertido aos pacientes e também para a compra de material para as oficinas. O CAPS Cidade também aceita doações de roupas usadas. As melhores peças são vendidas no bazar. Além disso, são realizadas exposições e venda de quadros pintados durante as oficinas de arte.
Encaminhamento
Os pacientes são, na maioria, provenientes do município de Cariacica. Para receber atendimento na instituição, a pessoa deve, primeiro, procurar a unidade de saúde básica mais próxima de sua casa. Havendo necessidade de um tratamento de maior complexidade, a própria unidade faz o encaminhamento ao CAPS.
Entretanto, a coordenadora acrescenta que muitos chegam espontaneamente ou encaminhados pela equipe de Saúde da Família ou de hospitais e prontos-socorros. “Todos os casos passam por uma avaliação pela equipe multiprofissional. Caso o paciente se encaixe no perfil do CAPS, ele é integrado à instituição”, explicou.
De acordo com Ana Maria, o perfil do usuário do CAPS é o paciente psicótico grave que tem os laços sociais comprometidos e sofrem de isolamento. Há três categorias de pacientes: o intensivo, que frequenta o local todos os dias; o semi-intensivo, que participa das atividades de uma a duas vezes por semana; e o não-intensivo, que recebe acompanhamento a cada 15 ou 30 dias.
Consultas
Além das oficinas, os pacientes passam por psicoterapia individual ou em grupo, consultas psiquiátricas e fazem as três refeições do dia no local. Para que tudo isso aconteça, trabalham ao todo 20 pessoas no CAPS Cidade, entre psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos e oficineiros.
Apesar de o CAPS ser um serviço municipal, há três desses centros que ainda pertencem ao Estado. Além do CAPS Cidade, o de Moxuara, ambos em Cariacica e o de Cachoeiro de Itapemirim. Todos têm o mesmo objetivo: proporcionar atendimento aos portadores de transtornos mentais dentro de suas áreas de abrangência, sem que o paciente precise ficar internado.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br