01/11/2007 06h21 - Atualizado em 23/09/2015 13h18

Práticas integrativas agradam pacientes do Centro de Referência em Homeopatia

A prática da medicina integrativa está sendo discutida no I Fórum Estadual de Práticas Naturais e Integrativas: Homeopatia, Acupuntura e Fitoterapia do Estado do Espírito Santo, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Esse tipo de medicina é praticado no Centro de Referência em Homeopatia, em Cariacica, e mais da metade dos pacientes atendidos estão satisfeitos com a especialidade. O evento, que começou nesta quarta (31) e termina nesta quinta-feira (01), está sendo realizado no auditório do CCJE, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A abertura do evento, nesta quarta-feira (31), contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Anselmo Tose, do presidente da Câmara de Vereadores de Vitória, Alexandre Passos, do representante do Ministério Público Estadual, Adalberto Duzzi, e da representante do Ministério da Saúde, Tânia Walzberg, dentre outras autoridades.

O secretário Anselmo Tose ressaltou o apoio da Sesa para a prática da medicina integrativa. “Tenho certeza de que estamos no rumo certo. Nós vamos persistir”, disse. A palestra de abertura teve como tema “A perspectiva das práticas integrativas no Estado do Espírito Santo: implantação e ampliação” e gerou um debate sobre como está a introdução da homeopatia, da fitoterapia, da acupuntura e da antroposofia na Grande Vitória e no interior do Estado.

Foram convidados para falar sobre o assunto a coordenadora de Planejamento da Sesa, Luiza Alvarenga, o coordenador de Assistência Farmacêutica do Estado, Silvio César Machado dos Santos, a coordenadora do Centro de Referência em Homeopatia, Ana Rita Novaes e a coordenadora da Gerência Estadual de Regulação em Assistência, Jaqueline Mofatt.

Segundo Ana Rita Novaes, 69% dos pacientes atendidos no Centro relataram melhoras com o tratamento homeopático. “Esse é um número expressivo e mostra que a prática deve ser levada em consideração”, disse.

Os passos para a inserção das práticas integrativas na saúde pública também foram debatidos no Fórum. De acordo com Ana Rita Novaes, a implantação e manutenção dessas especialidades são de baixo custo. “Para tratar uma inflamação simples é preciso de cerca de 30 agulhas de acupuntura. Cada uma custa apenas R$ 0,20”, informou.

Para Jaqueline Mofatt, é preciso capacitar profissionais e descentralizar os serviços oferecidos pelo Estado. O consultório para atendimento dessas práticas pode ser colocado dentro de unidades de atendimento básico, no Programa de Saúde da Família ou até mesmo dentro de hospitais. “O nosso problema é que muita gente não conhece esse tipo de tratamento. Precisamos apresentá-los e torná-lo mais disponível”.

A rede estadual de saúde conta com 21 profissionais de homeopatia, oito acupunturistas e 21 fitoterapeutas. “Isso representa uma média de 150.mil habitantes do Estado para cada médico. Precisamos ampliar esses números”, disse Novaes.

As práticas

Para a homeopatia cada pessoa é única e deve ser vista por inteira, e seu corpo não pode ser dividido em partes. O paciente é tratado pelo modo como se sente e pela maneira a como reage aos acontecimentos, e não só por meio de suas queixas físicas. A prática pode ser utilizada por adultos e crianças. Os medicamentos homeopáticos podem ser manipulados a partir de vegetais, minerais ou animais, transformados em remédio por um farmacêutico homeopatas.

Já a acupuntura é uma técnica de tratamento que consiste no estímulo de pontos determinados da superfície da pele, utilizando neste processo agulhas, ventosas, massagens, e até o calor da queima da moxa preparada a partir da erva artemísia, numa espécie de acupuntura térmica.

A fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de enfermidades. Mas o uso de plantas medicinais não é isento de risco.

Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas ou uma grande quantidade de substâncias diferentes que podem causar uma reação alérgica. Além disso, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação com outras medicações, o que pode trazer a danos à saúde, por isso é necessário o acompanhamento profissional.

O Fórum faz parte do VI Encontro Sudeste de Homeopatia, que está sendo promovido pela Associação Médica Homeopática do Espírito Santo, e tem como tema “A Cura em Homeopatia: da Teoria à Prática”. A inscrição para o fórum é gratuita e pode ser feita no local ou na Associação Médica do Espírito Santo (Ames).

Confira a programação desta quinta-feira (01):

- 8 às 8h20 – Fitoterapia
-8h20 às 8h40 – Acupuntura
-8h40 às 9 horas – Homeopatia
-9 horas às 9h20 – Farmácia
-9h20 às 10 horas – Café
-10 horas às 10h30 – E a PNPIC?
-10h30 às 11h45 – Controle social nas práticas integrativas: uma questão cidadã
-11h45 às 12h30 – Debate

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