20/04/2011 06h37 - Atualizado em
23/09/2015 13h30
Prevenção é a chave para gestação saudável

Elevação da pressão arterial é o problema de saúde mais comum durante a gravidez. Das 1.977 internações de gestantes ocorridas na rede pública estadual em 2010, 60% apresentavam quadro de pressão elevada. Em segundo lugar, aparece a infecção do trato urinário que motivou 18% das internações, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). As outras enfermidades que levaram a internação foram vômitos excessivos da gravidez, diabetes, complicações do aparelho circulatório e cardiopatia (doenças do coração).
Para ajudar a prevenir essas complicações, a médica obstetra da Sesa, Monica Morelo, dá algumas orientações fáceis e práticas. O aumento brusco de peso (além do normal que é um 1,3 kg por mês) é um dos sinais que levam a predisposição para elevação da pressão arterial. “Muita gente acredita que mulher grávida deve comer por dois, mas isso não é necessário porque os hormônios da gravidez melhoram a absorção dos alimentos. É preciso estar atenta para não ganhar peso em excesso já que, durante a gravidez, a sensação de saciedade diminui muito”, esclarece.
Algumas recomendações são manter uma dieta balanceada, rica em proteína, incluindo sempre dois tipos de vegetais crus e legumes, como a cenoura que é fonte de vitamina A, evitar excessos de sal e doces. Alguns suplementos nutricionais são essenciais, como o ácido fólico e o sulfato ferroso, ambos distribuídos nos Postos de Saúde.
Para a sensação de enjoo, a médica sugere medidas que devem ser observadas principalmente durante o início da gravidez. “É preciso alimentar-se a cada três horas, optar por alimentos secos e ingerir líquido no intervalo das refeições, porque quanto mais tempo o estômago fica vazio, maior é a sensação de enjoo”, explica.
Para diminuir a incidência de infecção no trato urinário, a recomendação é beber bastante líquido e fazer uma boa higiene, tudo associado ao pré-natal adequado. As complicações venosas podem ser atenuadas com atividades físicas leves, como caminhadas, hidroginástica, ioga e pilates.
Já as mulheres portadoras de doenças crônicas como: cardiopatia, diabetes, nefropatias, alterações hepáticas, deformidades ósseas, entre outras, devem buscar orientações com o especialista, antes mesmo de engravidar, para saber sobre os riscos que uma gravidez pode levar à sua doença de base.
Pré-natal
A médica ressalta ainda que o acompanhamento pré-natal adequado é essencial para a saúde da mãe e do bebê. Seis consultas de pré-natal e uma no puerpério (fase pós parto) é o que recomenda o Ministério da Saúde. A primeira delas deve ser realizada no primeiro trimestre da gravidez, outras duas precisam ser feitas nos três meses seguintes e as três últimas consultas no terceiro trimestre. Na rede SUS, a assistência pré-natal é realizada nas Unidades Básicas de Saúde.
Os exames básicos determinados pelo Ministério são: hemograma (detecta anemias ou infecções), tipo sanguíneo (avalia se há incompatibilidade entre fatores RH da mãe e do bebê), Glicemia (detecta a diabetes gestacional), urina (revela infecções urinárias), exames para diagnosticar sífilis, toxoplasmose, hepatite B e HIV. “Todos eles devem ser realizados no princípio da gravidez e alguns serão repetidos e acrescentados no terceiro trimestre”, lembra Monica.
O Ministério da Saúde não preconiza a realização do ultrassom. Se a mulher apresentar qualquer sinal que aponte para risco na gravidez, ela será encaminhada pela Unidade Básica de Saúde para o pré-natal de alto risco na unidade de referência mais próxima. Nesse caso, o acompanhamento pré-natal incluirá cinco consultas extras.
Medicação
Alguns medicamentos não são recomendados durante a gravidez. Um exemplo clássico é Talidomida (indicado no tratamento contra hanseníase e lúpus) que pode provocar má formação do feto quando consumido durante a gestação.
A médica da Sesa faz outro alerta importante: se por um lado alguns medicamentos devem ser evitados, por outro, grávidas que já faziam uso regular de remédio não devem suspender o tratamento sem orientação médica. “Ao descobrir a gravidez, o ideal é checar com o médico se aquele medicamento é adequado ou se deve ser substituído”, enfatiza.
Teste de gravidez
Quanto mais precoce for o início do pré-natal, melhor para saúde da mãe e do bebê. Por isso, ao perceber o atraso no ciclo menstrual, a mulher deve realizar imediatamente o teste de gravidez, disponibilizado também nas Unidades Básicas de Saúde. “Quando se inicia o pré-natal precocemente, maior é a possibilidade de alguma doença ser diagnosticada, aumentando as chances de tratar a tempo, antes de atingir o feto. Um exemplo é a sífilis, se tratada no início da gravidez, dificilmente o bebê nascerá sequelado”, explica a médica.
Dados
Internações 2010
Elevação de pressão: 1.192
Infecção do trato urinário: 352
Vômito excessivo: 311
Diabetes: 87
Complicações venosas: 27
Cardiopatia: 8
Total: 1977
Internações 2009
Elevação de pressão: 1.481
Infecção do trato urinário: 366
Vômito excessivo: 312
Complicações venosas: 111
Diabetes: 90
Cardiopatia: 5
Total: 2.365
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Valesca de Monteiro
Texto: Valesca de Monteiro
valescamonteiro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Para ajudar a prevenir essas complicações, a médica obstetra da Sesa, Monica Morelo, dá algumas orientações fáceis e práticas. O aumento brusco de peso (além do normal que é um 1,3 kg por mês) é um dos sinais que levam a predisposição para elevação da pressão arterial. “Muita gente acredita que mulher grávida deve comer por dois, mas isso não é necessário porque os hormônios da gravidez melhoram a absorção dos alimentos. É preciso estar atenta para não ganhar peso em excesso já que, durante a gravidez, a sensação de saciedade diminui muito”, esclarece.
Algumas recomendações são manter uma dieta balanceada, rica em proteína, incluindo sempre dois tipos de vegetais crus e legumes, como a cenoura que é fonte de vitamina A, evitar excessos de sal e doces. Alguns suplementos nutricionais são essenciais, como o ácido fólico e o sulfato ferroso, ambos distribuídos nos Postos de Saúde.
Para a sensação de enjoo, a médica sugere medidas que devem ser observadas principalmente durante o início da gravidez. “É preciso alimentar-se a cada três horas, optar por alimentos secos e ingerir líquido no intervalo das refeições, porque quanto mais tempo o estômago fica vazio, maior é a sensação de enjoo”, explica.
Para diminuir a incidência de infecção no trato urinário, a recomendação é beber bastante líquido e fazer uma boa higiene, tudo associado ao pré-natal adequado. As complicações venosas podem ser atenuadas com atividades físicas leves, como caminhadas, hidroginástica, ioga e pilates.
Já as mulheres portadoras de doenças crônicas como: cardiopatia, diabetes, nefropatias, alterações hepáticas, deformidades ósseas, entre outras, devem buscar orientações com o especialista, antes mesmo de engravidar, para saber sobre os riscos que uma gravidez pode levar à sua doença de base.
Pré-natal
A médica ressalta ainda que o acompanhamento pré-natal adequado é essencial para a saúde da mãe e do bebê. Seis consultas de pré-natal e uma no puerpério (fase pós parto) é o que recomenda o Ministério da Saúde. A primeira delas deve ser realizada no primeiro trimestre da gravidez, outras duas precisam ser feitas nos três meses seguintes e as três últimas consultas no terceiro trimestre. Na rede SUS, a assistência pré-natal é realizada nas Unidades Básicas de Saúde.
Os exames básicos determinados pelo Ministério são: hemograma (detecta anemias ou infecções), tipo sanguíneo (avalia se há incompatibilidade entre fatores RH da mãe e do bebê), Glicemia (detecta a diabetes gestacional), urina (revela infecções urinárias), exames para diagnosticar sífilis, toxoplasmose, hepatite B e HIV. “Todos eles devem ser realizados no princípio da gravidez e alguns serão repetidos e acrescentados no terceiro trimestre”, lembra Monica.
O Ministério da Saúde não preconiza a realização do ultrassom. Se a mulher apresentar qualquer sinal que aponte para risco na gravidez, ela será encaminhada pela Unidade Básica de Saúde para o pré-natal de alto risco na unidade de referência mais próxima. Nesse caso, o acompanhamento pré-natal incluirá cinco consultas extras.
Medicação
Alguns medicamentos não são recomendados durante a gravidez. Um exemplo clássico é Talidomida (indicado no tratamento contra hanseníase e lúpus) que pode provocar má formação do feto quando consumido durante a gestação.
A médica da Sesa faz outro alerta importante: se por um lado alguns medicamentos devem ser evitados, por outro, grávidas que já faziam uso regular de remédio não devem suspender o tratamento sem orientação médica. “Ao descobrir a gravidez, o ideal é checar com o médico se aquele medicamento é adequado ou se deve ser substituído”, enfatiza.
Teste de gravidez
Quanto mais precoce for o início do pré-natal, melhor para saúde da mãe e do bebê. Por isso, ao perceber o atraso no ciclo menstrual, a mulher deve realizar imediatamente o teste de gravidez, disponibilizado também nas Unidades Básicas de Saúde. “Quando se inicia o pré-natal precocemente, maior é a possibilidade de alguma doença ser diagnosticada, aumentando as chances de tratar a tempo, antes de atingir o feto. Um exemplo é a sífilis, se tratada no início da gravidez, dificilmente o bebê nascerá sequelado”, explica a médica.
Dados
Internações 2010
Elevação de pressão: 1.192
Infecção do trato urinário: 352
Vômito excessivo: 311
Diabetes: 87
Complicações venosas: 27
Cardiopatia: 8
Total: 1977
Internações 2009
Elevação de pressão: 1.481
Infecção do trato urinário: 366
Vômito excessivo: 312
Complicações venosas: 111
Diabetes: 90
Cardiopatia: 5
Total: 2.365
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Valesca de Monteiro
Texto: Valesca de Monteiro
valescamonteiro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br