27/01/2006 09h39 - Atualizado em
23/09/2015 09h35
Primeiro hospital pediátrico de Vitória foi construído com recursos do café capixaba
O Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória tem sua origem vinculada à iniciativa de Moacyr Ubirajara e Mary Hosannah Ubirajara. O médico e a enfermeira vieram do Rio de Janeiro e, em 1932, começam a atender as crianças em uma área dentro do Colégio do Carmo, em Vitória.
O espaço foi cedido pela então diretora do Colégio e irmã de Moacyr, Mary Ubirajara. O local era utilizado para internar as crianças atendidas no ambulatório de pediatria do Departamento de Saúde Pública de Vitória. Para manutenção do espaço, também naquele ano, foi criada a Liga Espírito-santense de Assistência e Proteção à Infância.
O interventor do Estado no período, João Punaro Bley, foi convencido por Moacyr Ubirajara a estocar o café que seria erradicado em função da crise de 1929, que provocou a queda da produção industrial. Após sua valorização pelo Instituto Brasileiro do Café, o produto foi comercializado e com a venda foi possível financiar a construção da sede para o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória.
O primeiro hospital pediátrico do Estado foi inaugurado em 15 de agosto de 1935, no morro de Itapenambi, bairro de Praia Comprida, hoje Santa Lúcia. O nome é uma homenagem à Virgem Maria, cujo dia coincide com a data de sua inauguração.
Inicialmente, a instituição possuía 70 leitos, uma sala de atendimento clínico, cinco enfermarias e um centro cirúrgico. Além de fundador, o doutor Moacyr permaneceu por 20 anos como diretor e médico do Hospital Infantil.
Em 1954, após a morte da sua esposa, Moacyr Ubirajara retornou ao Rio de Janeiro, onde permaneceu até a morte. Com sua saída, assumiu a direção do hospital o médico Jolindo Martins.
Infantil chega a atender cerca de 400 usuários diariamente
Hoje, o Hospital Infantil de Vitória, como é conhecido, oferece serviços de clínica pediátrica, clínica cirúrgica, neurologia, neurocirurgia, anestesia, endoscopia, ortopedia, tratamento de doenças infecto-contagiosas, oncologia, além dos serviços de urgência e emergência. Atende a todo o Estado e a alguns municípios do sul da Bahia e do leste de Minas Gerais.
O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital é referência no Estado, não tendo registrado nenhum óbito há sete anos. Além disso, o Infantil também se destaca no tratamento de doenças como a osteogenesis imperfecta e a porfiria.
O Infantil de Vitória possui 162 leitos e atende a cerca de 400 usuários diariamente. No site da instituição (www.hinsg.org.br), além da sua história, podem ser acessadas informações sobre a rotina de trabalho, corpo clínico e dados hospitalares dos anos de 2004 e 2005.
Nossa Senhora da Glória
A proclamação do dogma da Assunção não é tão antiga. A Assunção é a subida do corpo de Maria ao céu, onde se reuniu à sua alma de acordo com o dogma definido pelo papa Pio XII em 1º de novembro de 1959. No entanto, desde os tempos apostólicos essa verdade já era aceita pelos cristãos. Em Portugal, no século XIV, um grande acontecimento aumentou a devoção popular a Nossa Senhora.
Em 1385, um pouco antes da festa da Assunção, os castelhanos invadiram Portugal, dispostos a tomar o poder. O objetivo era o de não permitir que o Mestre de Avis, o futuro D. João I, sucedesse ao rei Dom Fernando, que morrera prematuramente sem deixar herdeiro masculino direto.
A fronteira já havia sido atravessada quando D. João I, apoiado pelos lusitanos, recorreu às orações e invocou a proteção da Virgem Maria, prometendo construir um grande templo caso fossem vitoriosos.
Portugal venceu e D. João I, além de cumprir a promessa mandando construir o Convento de Batalha, ordenou que todas as catedrais fossem consagradas à Senhora de Assunção.
Embora sejam representadas de maneiras diferentes, as festas litúrgicas em que a igreja celebra a glorificação de Maria, coroada como Rainha da Glória, são as mesmas. Sua imagem é representada com uma coroa na cabeça, um cetro na mão e o Menino Jesus nos braços.
No Brasil, a primeira igreja dedicada à Senhora de Assunção, foi construída no ano de 1503, pelos portugueses. A elevação gloriosa de Maria ao céu é celebrada pela igreja católica no dia 15 de agosto.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório / Clarissa Scárdua / Franciane Barbosa
Texto: Cynthia Silva
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
asscom@saude.es.gov.br
O espaço foi cedido pela então diretora do Colégio e irmã de Moacyr, Mary Ubirajara. O local era utilizado para internar as crianças atendidas no ambulatório de pediatria do Departamento de Saúde Pública de Vitória. Para manutenção do espaço, também naquele ano, foi criada a Liga Espírito-santense de Assistência e Proteção à Infância.
O interventor do Estado no período, João Punaro Bley, foi convencido por Moacyr Ubirajara a estocar o café que seria erradicado em função da crise de 1929, que provocou a queda da produção industrial. Após sua valorização pelo Instituto Brasileiro do Café, o produto foi comercializado e com a venda foi possível financiar a construção da sede para o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória.
O primeiro hospital pediátrico do Estado foi inaugurado em 15 de agosto de 1935, no morro de Itapenambi, bairro de Praia Comprida, hoje Santa Lúcia. O nome é uma homenagem à Virgem Maria, cujo dia coincide com a data de sua inauguração.
Inicialmente, a instituição possuía 70 leitos, uma sala de atendimento clínico, cinco enfermarias e um centro cirúrgico. Além de fundador, o doutor Moacyr permaneceu por 20 anos como diretor e médico do Hospital Infantil.
Em 1954, após a morte da sua esposa, Moacyr Ubirajara retornou ao Rio de Janeiro, onde permaneceu até a morte. Com sua saída, assumiu a direção do hospital o médico Jolindo Martins.
Hoje, o Hospital Infantil de Vitória, como é conhecido, oferece serviços de clínica pediátrica, clínica cirúrgica, neurologia, neurocirurgia, anestesia, endoscopia, ortopedia, tratamento de doenças infecto-contagiosas, oncologia, além dos serviços de urgência e emergência. Atende a todo o Estado e a alguns municípios do sul da Bahia e do leste de Minas Gerais.
O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital é referência no Estado, não tendo registrado nenhum óbito há sete anos. Além disso, o Infantil também se destaca no tratamento de doenças como a osteogenesis imperfecta e a porfiria.
O Infantil de Vitória possui 162 leitos e atende a cerca de 400 usuários diariamente. No site da instituição (www.hinsg.org.br), além da sua história, podem ser acessadas informações sobre a rotina de trabalho, corpo clínico e dados hospitalares dos anos de 2004 e 2005.
A proclamação do dogma da Assunção não é tão antiga. A Assunção é a subida do corpo de Maria ao céu, onde se reuniu à sua alma de acordo com o dogma definido pelo papa Pio XII em 1º de novembro de 1959. No entanto, desde os tempos apostólicos essa verdade já era aceita pelos cristãos. Em Portugal, no século XIV, um grande acontecimento aumentou a devoção popular a Nossa Senhora.
Em 1385, um pouco antes da festa da Assunção, os castelhanos invadiram Portugal, dispostos a tomar o poder. O objetivo era o de não permitir que o Mestre de Avis, o futuro D. João I, sucedesse ao rei Dom Fernando, que morrera prematuramente sem deixar herdeiro masculino direto.
A fronteira já havia sido atravessada quando D. João I, apoiado pelos lusitanos, recorreu às orações e invocou a proteção da Virgem Maria, prometendo construir um grande templo caso fossem vitoriosos.
Portugal venceu e D. João I, além de cumprir a promessa mandando construir o Convento de Batalha, ordenou que todas as catedrais fossem consagradas à Senhora de Assunção.
Embora sejam representadas de maneiras diferentes, as festas litúrgicas em que a igreja celebra a glorificação de Maria, coroada como Rainha da Glória, são as mesmas. Sua imagem é representada com uma coroa na cabeça, um cetro na mão e o Menino Jesus nos braços.
No Brasil, a primeira igreja dedicada à Senhora de Assunção, foi construída no ano de 1503, pelos portugueses. A elevação gloriosa de Maria ao céu é celebrada pela igreja católica no dia 15 de agosto.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório / Clarissa Scárdua / Franciane Barbosa
Texto: Cynthia Silva
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
asscom@saude.es.gov.br