30/09/2014 10h43 - Atualizado em 23/09/2015 13h42

Profissionais discutem ações para prevenir exposição ao benzeno em postos de combustíveis

A exposição em longo prazo de frentistas ao benzeno, substância química encontrada sobretudo na gasolina, pode levar ao desenvolvimento de diversas doenças graves, como o câncer. Por isso, profissionais que fazem a vigilância dos ambientes de trabalho começam a ser capacitados, nesta terça-feira (30), com o objetivo de discutir medidas para eliminar e minimizar esses e outros riscos existentes nos postos de combustível.

Até quinta-feira (02), trabalhadores do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), agentes dos núcleos de vigilância ambiental e sanitária, auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, entre outros, receberão essas orientações para que, em um segundo momento, possam aplicar na prática esse conhecimento.

Os participantes serão capacitados para conhecer os riscos e os processos de trabalho nos postos de combustível e propor medidas preventivas com foco no benzeno. “Vamos fazer esse trabalho para que esses ambientes possam se adequar às condições de trabalho seguras para os frentistas, para outros trabalhadores de postos e para a própria sociedade”, destaca a coordenadora o Cerest, Liliane Graça Santana.

De acordo com ela, durante a capacitação será apresentado e discutido um roteiro de inspeção para que todos os órgãos participantes possam realizar abordagens. “Nosso objetivo é inspecionar todos os postos do Estado, orientando os donos desses estabelecimentos a eliminar e minimizar os riscos trazidos pelo benzeno”, explica a coordenadora.

Riscos

Os frentistas, profissionais que trabalham nos postos de combustível, têm grande exposição ao benzeno, já que essa substância é encontrada, principalmente, na gasolina, além de óleos lubrificantes, querosene e diversos tipos de solventes. “O benzeno traz risco à saúde na medida em é inalado durante o abastecimento”, relata Liliane.

O contato direto com a pele também é prejudicial. “O paninho que o frentista usa ou o uniforme podem estar molhados com gasolina, o que também representa risco”, lembra a coordenadora. Mas ela ressalta que o perigo é observado quando a exposição à substância acontece de modo contínuo e ao logo do tempo, isentando a população em geral de maiores riscos.

Problemas

Além de sintomas mais brandos como tonturas, mal-estar, dor de cabeça, enjoo e fraqueza, a exposição contínua e direta com o benzeno pode causar doenças mais graves como depressão, câncer e condições que interferem na alteração das células do sangue, diminuição do sistema de defesa do organismo, bem como aborto e má-formação de fetos.

Recomendações aos frentistas

- Não usar paninho, estopas e flanelas;
- Sempre utilizar o abastecimento automático;
- Não comer na pista;
- Lavar as mãos antes de comer e ir ao banheiro;
- Retirar o combustível do tanque do carro somente com bomba adequada para este procedimento;
- Não cheirar a tampa do tanque ou aproximar a orelha do tanque do carro;
- Trocar imediatamente a roupa de trabalho quando molhar com gasolina;
- Não lavar a roupa de trabalho junto com outras roupas, e;
- Usar máscara para vapores orgânicos na coleta de amostra, na medição do tanque e no desabastecimento do caminhão.

Diretos dos frentistas

- Realizar exames médicos periódicos, custeados pelo empregador, para avaliação da exposição ao benzeno, e;
- Receber equipamentos de proteção individual, de acordo com o risco existente no ambiente de trabalho.

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