31/08/2010 06h53 - Atualizado em 23/09/2015 13h28

Programa da Sesa permite que pacientes com insuficiência respiratória sejam tratados em casa

Pessoas que sofrem com insuficiência respiratória crônica e, por conta disso, são obrigadas a fazer uso de oxigênio em cilindros, contam com um serviço especializado oferecido pela Secretara de Estado da Saúde (Sesa). Trata-se do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar que, atualmente, atende a 125 pacientes da Grande Vitória e interior do Espírito Santo.

O Programa foi criado em 2002, com o objetivo de proporcionar mais qualidade de vida a pessoas cujo teor de oxigênio do sangue está abaixo da média (hipoxemia). Segundo a médica pneumologista da Sesa, Maria Cristina de Paiva, em vez de serem tratados nos hospitais, os pacientes podem receber a terapia adequada em suas próprias residências, ao lado dos familiares.

“Essas pessoas geralmente são doentes crônicos e não dá para ficarem no hospital só por causa disso, já que podem ter o suporte necessário em casa”, conta ela. Em contrapartida, o serviço também representa mais benefícios para o sistema de saúde pública, já que desonera leitos hospitalares, diminui o tempo de internação e gera mais economia.

Indicação

Pacientes com problemas neurológicos, cardiológicos e, principalmente, pulmonares, que comprometem a taxa de oxigênio no sangue, precisam compensar a presença do gás no organismo por meio da oxigenoterapia. “Por isso, fazem uso de oxigênio em cilindro, que enriquece a concentração de oxigênio do ar respirado”, detalha a médica.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), também conhecida como enfisema pulmonar e bronquite crônica, é a que mais acomete os inscritos no Programa, mas há outras, como fibrose pulmonar, fibrose cística e problemas cardiológicos congênitos. Além destas, pessoas com deformidade no tórax, com doença de circulação pulmonar e com sequelas de tuberculose também podem utilizar o oxigênio no cilindro.

De acordo com a pneumologista, a maioria dos pacientes capixabas acaba utilizando a oxigenoterapia domiciliar pelo resto da vida, mas há casos em que o uso é temporário. Por isso, os médicos do Programa fazem a reavaliação dos inscritos. O primeiro retorno é realizado em 90 dias, a partir daí, a reavaliação é marcada a cada três ou seis meses, dependendo da doença.

Acesso

Para ter acesso, o paciente deve ser encaminhado por médico ao Programa, que fica no CRE Metropolitano, em Cariacica, e dispor de laudo médico, exame de gasometria arterial (que comprove a hipoxemia), cartão do SUS e cópias do documento de identidade ou CPF (do paciente e responsável) e do comprovante de residência. Assim que o processo é aberto, é analisado pelos médicos.

Se o usuário for diagnosticado com hipoxemia, receberá do Programa o kit de oxigenoterapia, composto por cilindro de oxigênio com 10 metros cúbicos (m³), válvula reguladora, medidor de pressão (manômetro) e de fluxo do ar (fluxômetro), umidificador (para evitar ressecamento das mucosas respiratórias), e cateter nasal.

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