28/02/2012 13h41 - Atualizado em 23/09/2015 13h32

Programa de Internação Domiciliar do Dório Silva completa oito anos de funcionamento

O Programa de Internação Domiciliar (PID) do Hospital Estadual Dório Silva completa, neste mês, oito anos de funcionamento. Neste período, 480 pacientes crônicos já foram beneficiados com o serviço, que ajuda a aumentar a rotatividade de leitos hospitalares.

Para marcar os oito anos de funcionamento do PID do Dório Silva, a coordenação do programa está convidando todas as pessoas que já passaram por ele, entre pacientes hoje plenamente recuperados, familiares, cuidadores e profissionais de saúde, para um encontro no próximo dia 15 de março no auditório da unidade.

“O objetivo é compartilhar experiências entre todos os participantes. Convidamos pacientes que antes eram cadeirantes e hoje estão andando, pacientes que depois de recuperados viraram cuidadores e familiares que atualmente estão com alguém na internação domiciliar”, explica a coordenadora do PID do Dório Silva e clínica geral, Vívian Marli Siqueira.

Vivian explica que o público-alvo do PID são doentes crônicos, entre eles pacientes com sequelas de derrame cerebral, Alzheimer, Doença de Parkinson, osteomelite (infecção óssea), diabetes, vítimas de violência urbana e idosos com fraturas – que momentaneamente sofrem com uma situação pontual em decorrência de seus problemas e precisam ser internadas.

Em geral, esses pacientes passaram um período no hospital, estão clinicamente estáveis, mas ainda precisam de assistência que pode, no entanto, ser feita de forma humanizada em sua própria residência.



Critérios

Segundo a assistente social do PID do Dório Silva, Fabíula da Silva Cavati Bertolani, para serem integrados ao programa, os pacientes precisam seguir alguns critérios. Primeiramente, é feita uma avaliação social de seu domicílio para verificar se dispõe de condições mínimas de estrutura, higiene e saneamento. Além disso, a família deve designar uma pessoa para ser o cuidador responsável, que receberá todas as orientações relacionadas à internação domiciliar.

É preciso ainda um parecer médico, que avalia as medicações que o paciente recebe e se todas elas podem ser controladas pelo cuidador. “Se esse paciente precisar, por exemplo, de uma medicação venosa com frequência noturna, ele não pode entrar no programa, já que será necessário um profissional para aplicá-la”, ressalta Vívian Marli, coordenadora do programa.

Durante todo o período de internação no PID, o paciente receberá visitas da equipe – composta de médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, auxiliar de enfermagem e condutor, além de ter acesso a todos os exames e especialidades do hospital como se estivessem internados na unidade, medicamentos e equipamentos necessários.

O período de internação em casa varia em média de 30 a 60 dias, podendo ser prorrogado. Se durante este período, o paciente apresentar alguma alteração em seu quadro clínico ele é reencaminhado para internação hospitalar.

Atualmente, 16 pacientes estão internados em suas residências sob acompanhamento do PID, sendo que a capacidade do programa é de 20 pessoas.

As orientações da equipe em relação a medicamentos, curativos, mudanças de posição na cama, entre outros cuidados, devem ser seguidas rigorosamente e são avaliadas durante a visita de rotina. Vivian ressalta que, além de desafogar os leitos hospitalares, o cuidado em casa ajuda na recuperação do paciente, graças ao carinho e acolhimento familiar.

Além do Dório Silva, primeiro hospital da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a implantar o programa no Espírito Santo, o PID também funciona atualmente nos hospitais Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus.

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