01/10/2004 15h46 - Atualizado em 22/09/2015 17h06

Programa de Internação Domiciliar é uma das prioridades da Sesa

A maioria dos pacientes atendidos pelo Programa de Internação Domiciliar do Hospital Dório Silva tem em média 68 anos, são do sexo feminino e a doença mais detectada é a pneumonia. Além disso, a maioria deles é de baixa renda.

As informações foram dadas hoje (1), pela coordenadora do PID do hospital, Alda Lúcia Furtado, durante o I Encontro Estadual de Equipes do Programa de Internação Domiciliar, que aconteceu no auditório do Lacen, na Secretaria de Estado da Saúde. O programa, que também reduz o tempo de hospitalização dos pacientes, é uma das prioridades da Secretaria de Estado da Saúde.

O PID foi iniciado em março deste ano, como projeto piloto, no Hospital Dório Silva. Deste então, a equipe do hospital já atendeu a 47 pacientes e, atualmente, assiste a 15 usuários do Sistema Único de Saúde.

Na manhã desta sexta-feira (1), o secretário estadual de saúde, João Felício Scárdua, participou da abertura do I Encontro Estadual de Equipes do Programa de Internação Domiciliar, e falou da importância da implantação dele nos hospitais públicos.

“A primeira equipe do PID começou a trabalhar em março deste ano e os seus resultados mostram a grande resolutividade do serviço e, por isso, é uma das prioridades da Secretaria”, disse Scárdua.

O evento contou ainda, com a participação da enfermeira Maria Carlota Rezende Coelho, que trabalhou na implantação da primeira equipe do PID no Espírito Santo, em um hospital privado. O tema da palestra dela foi “Uma Perspectiva humanizada de atenção à saúde”. Ela destacou a diferença do atendimento técnico, “muito percebido nos hospitais, para o atendimento humanizado, quando é preservada a individualidade do usuário”, disse.

No período da tarde, a médica e coordenadora do PID do Hospital Dório Silva, Alda Lúcia Furtado, fez uma explanação sobre o levantamento do Programa de Internação Domiciliar na instituição, que é o projeto piloto da Sesa.
Segundo Alda, a maioria dos pacientes tem em média 68 anos, são do sexo feminino e a doença mais detectada é a pneumonia. Outro elemento levantado pela coordenadora é o fato da grande parte dos pacientes estarem desnutridos. “A grande maioria é de baixa renda e, às vezes, eles não têm o que comer em casa”, disse.

“Mesmo enfrentando dificuldades, os métodos e objetivos do programa estão sendo alcançados”, disse Alda. De acordo com a coordenadora, o PID também influi positivamente na diminuição do tempo de hospitalização dos pacientes estáveis. “Com o programa chega no máximo há 31 dias”, observou.

O Programa

O Programa de Internação Domiciliar é um serviço que está sendo implantado nos hospitais da rede estadual, para dar continuidade, no domicílio do paciente, ao tratamento iniciado no hospital.

O objetivo é promover a desospitalização do paciente com garantia de um atendimento mais humanizado, com mais qualidade, estabelecendo novas relações entre a equipe, pacientes e familiares.

O PID foi iniciado em março deste ano, como projeto piloto, no Hospital Dório Silva. Em julho, outra equipe foi implantada. Desta vez, no Hospital São Lucas, que hoje atende a 19 pacientes e já prestou assistência a um total de 33 usuários.

A equipe básica do PID é composta por um médico, um enfermeiro, assistente social, dois técnicos de enfermagem, um auxiliar administrativo e um motorista.

Para inclusão do paciente no PID ele deve estar estável hemodinamicamente e metabolicamente; não poderá necessitar de equipamentos de sustentação à vida e de exames freqüentes de tecnologia complexa.

Além disso, o paciente tem que contar com a ajuda de um cuidador, a pessoa que ficará responsável por ele quando a equipe não estiver presente. A residência do usuário também é levada em consideração e deverá ter condições mínimas sanitárias e de higiene.

O público alvo é formado por pacientes com seqüelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral); com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica); pós-cirúrgicos, traqueostomizados ou que necessitam de cuidados especializados após alta hospitalar.

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