23/11/2007 14h50 - Atualizado em 23/09/2015 13h18

Programa de Rastreamento do Câncer de Pele visita Santa Maria de Jetibá

O Programa de Rastreamento do Câncer de Pele nos Lavradores Pomeranos estará atendendo a população de Santa Maria de Jetibá neste sábado (24) e domingo (25). Nos dias 15 e 16 de dezembro será a vez da comunidade de Parajú, em Domingos Martins, receber a equipe médica.

O objetivo é detectar o tumor precocemente e já começar o tratamento contra a lesão do câncer de pele. Além dos cuidados médicos, a equipe do programa orienta a população sobre como se prevenir contra a doença.

O Programa de Rastreamento do Câncer de Pele nos Lavradores Pomeranos já atendeu 2.908 pessoas e identificou 410 lesões de câncer ou pré-cancerígenas em 2007. O trabalho é desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com a ajuda de secretarias municipais de Saúde e da Igreja Luterana.



Em 2005 a equipe médica atendeu 4.080 pessoas da comunidade pomerana e identificou 441 lesões cancerígenas. Já em 2006 foram atendidas 3.346 pessoas e diagnosticados 386 casos de câncer de pele. O programa atende a 11 municípios: Vila Pavão, Vila Valério, Itarana, Itaguaçu, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Baixo Guandu, Afonso Cláudio, Laranja da Terra, Pancas e São Roque do Canaã.

O programa

O projeto de rastreamento do câncer de pele na população pomerana do Estado completa 20 anos em 2007. A idéia do trabalho surgiu quando o médico dermatologista Carlos Cley Coelho, do Hospital das Clínicas, percebeu o grande número de descendentes de pomeranos com lesões cancerígenas. O câncer de pele corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no Brasil e, quando detectado no início, tem grandes chances de cura.

A coordenadora de Dermatologia Sanitária da Sesa, Rita de Cássia Cunha Rocha, participa do projeto desde 1989. Para ela, o programa está fazendo a diferença nessas comunidades. “Quando comecei, vi cânceres imensos, invadindo estruturas vitais, como o olho. Hoje conseguimos detectar lesões menores, no início”, salienta.





De acordo com a médica, uma média de 10% da população que procura a equipe médica do projeto tem lesões pré-cancerígenas ou câncer de pele. “Eles têm a pele sensível por hereditariedade e tomam muito sol trabalhando nas lavouras”, disse. Parte do trabalho feito pela equipe é de educação, ensinando a população a se proteger com bonés e calça na hora do trabalho.

Segundo Rita de Cássia Cunha Rocha, hoje o trabalho se tornou um programa, com uma estrutura maior e muitos profissionais participando. Ao todo são dois cirurgiões plásticos, quatro dermatologistas e dois enfermeiros, além dos motoristas que transportam o grupo e os equipamentos. “Nós temos ainda 30 alunos de medicina e três de enfermagem da Ufes que trabalham com a gente”.

Profissionais da Igreja Luterana e das secretarias municipais de Saúde também participam do programa. “Com essa equipe, que é grande, atendemos aproximadamente 400 pessoas em dois dias de trabalho”, falou a dermatologista.

Para identificar a lesão primeiramente é feito um exame clínico. Quando o diagnóstico é positivo, o médico abre uma ficha com o estilo de vida da pessoa, o procedimento e o resultado. A retirada do tumor é feita na hora, pelos cirurgiões plásticos. Quando é diagnosticado o melanoma cutâneo, que pode levar a morte, o paciente é encaminhado para o Hospital Santa Rita, referência no tratamento do câncer.



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