20/02/2006 10h36 - Atualizado em 23/09/2015 09h35

Programa de Saúde Bucal da Sesa é destaque de evento na USP

O Programa de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi destaque de palestra – que fez parte de curso de verão sobre o tema – realizada, no último dia 15, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

A palestra “Gestão do Programa de Saúde da Família (PSF) na Esfera Estadual - A Experiência do Espírito Santo” foi ministrada pelo coordenador Estadual de Saúde Bucal, Moysés Francisco Vieira Neto. O capixaba foi escolhido para representar os estados brasileiros no evento.

“Fomos escolhidos devido à qualidade do programa no Estado. Entendemos que esse trabalho está alcançando repercussão nacional porque poucos estados têm um trabalho de capacitação de saúde bucal para professores e material didático como os nossos”, afirmou Neto.

Participaram da palestra cerca de 120 pessoas, de estudantes de medicina a doutorandos na área. Outro fato que chamou a atenção foi a aprovação pela comissão científica do evento de cinco trabalhos sobre saúde bucal desenvolvidos aqui no Estado.

Cuba

Os trabalhos serão apresentados no “9º Congresso Mundial de Atenção Primária de Cuba", que será realizado entre os dias 6 e 9 de março deste ano. O país é referência mundial em promoção de saúde.

“É bom lembrar que o relatório final da 3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal, realizada em Brasília, em 2004, aponta que o estado dos dentes é, sem dúvida, um dos mais significativos sinais de exclusão social”, ressaltou o coordenador do programa.

Isso, de acordo com Neto, tanto em relação aos problemas de saúde da boca quanto à imensa dificuldade encontrada pela população excluída para ter acesso a serviços assistenciais.

“Dentes e gengivas registram o impacto das precárias condições de vida de milhões de pessoas em todo País. A escolaridade deficiente, a baixa renda, a falta de trabalho e a má qualidade de vida causam efeitos devastadores sobre gengivas e dentes, além de outras estragos na boca”, completou.

O coordenador do programa destacou ainda um levantamento do “Saúde Bucal 2003” apontando que, aos 18 anos, o adolescente brasileiro já perdeu cerca de 50% dos seus dentes. As mesmas estatísticas mostram que 45% da amostra também não têm acesso regular à pasta e escova.

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