22/09/2009 10h56 - Atualizado em 23/09/2015 13h25

Recadastramento realizado pela Sesa constata aumento do número de hemofílicos no Estado

O Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), está recadastrando capixabas com doenças que atingem a coagulação sanguínea, entre eles, os hemofílicos, a maior parte deste público. Esta ação é parte do Programa de Coagulopatias do Ministério da Saúde (MS), lançado este ano, e que prevê a mudança no sistema de cadastramento, do manual para o on-line. Como resultado, até o momento, o Hemoes identificou 30 novos pacientes.

A atualização dos dados está em fase final no Espírito Santo e inclui, além da hemofilia (a representante mais comum e mais conhecida das coagulopatias), o cadastramento de outras enfermidades relacionadas à coagulação do sangue, pouco conhecidas, mas que podem ser graves, como a Doença de Von Willebrand, e problemas de deficiência de fator V e fator VII.

Antes de colocar em prática o Programa, com início em janeiro de 2009, o Hemocentro de Vitória apontava a existência de 378 coagulopatas – a grande maioria composta por hemofílicos – no Espírito Santo, todos tratados nos Hemonúcleos do Estado. Até o último levantamento parcial, este número havia passado para 400, o que representou um crescimento superior a 10%.

De acordo com a médica hematologista da Secretaria da Saúde e também responsável pelo Programa de Coagulopatias no Estado, Alessandra Prezotti, como a atualização do sistema ainda está em andamento, a tendência é que o cadastro de pessoas que sofrem com essas enfermidades ainda cresça mais.

O recadastramento

Os pacientes têm os dados atualizados todas as vezes que procuram atendimento nos Hemocentros da Sesa – Vitória, Linhares, Colatina e São Mateus – e em Cachoeiro de Itapemirim, por meio de uma parceria com o Hospital Evangélico. Os profissionais também fazem busca ativa via telefone e por meio de visitas aos municípios que abrigam os Hemonúcleos.

“O objetivo do Programa é conhecer o perfil dos pacientes no Brasil para melhor adequar o tratamento e também para planejar ações futuras”, afirma Alessandra Prezotti. Uma delas se refere à aquisição de Fator de Coagulação, medicamento de alto custo usado no tratamento da hemofilia, de acordo com a demanda. Os profissionais também aproveitam o recadastramento para realizar exames de outras doenças e conhecer melhor os pacientes.

O compartilhamento de todas essas informações on-line permitirá, por exemplo, a cada um dos hemofílicos capixabas receber tratamento segundo suas necessidades em qualquer lugar do País. “Tudo que é on-line é mais fácil para pesquisas. Os dados ficam à mão e são compartilhados com o Brasil inteiro. Se o paciente é daqui, mas está em São Paulo, lá os profissionais terão acesso à ficha dele”, detalha a médica.

Hemofilia

A hemofilia é uma doença que compromete a coagulação do sangue. Por isso, pacientes têm a chance de apresentar sangramentos espontâneos, o que exige a aplicação de um medicamento de alto custo, fornecido pelo Ministério da Saúde (MS), chamado de Fator de Coagulação.

Cada ampola do remédio tem um custo médio de R$ 500,00 e uma dose pode chegar a R$ 1 mil. Como o medicamento não é coberto pelos planos de saúde particulares, todos os hemofílicos do Estado são tratados por meio dos Hemocentros da Sesa onde, além do remédio, recebem orientação e consultas especializadas.

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