11/01/2011 08h37 - Atualizado em 23/09/2015 13h29

Samu 192 orienta banhistas sobre afogamentos, mais comuns em janeiro

Devido às férias de verão e praias lotadas, o mês de janeiro é o que geralmente concentra o maior número de afogamentos na Grande Vitória. As informações são do Samu 192 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que, apenas em 2010, registrou 70 casos, sendo a maioria, 18, no referido mês, ou seja, uma média de um afogamento a cada dois dias.

Somente em janeiro de 2011, houve quatro afogamentos registrados e em dezembro último, foram nove. Ainda segundo dados do serviço, Guarapari liderou o ranking de afogamentos ano passado, com 25 casos - a maioria deles na Praia do Morro.

O médico do Samu 192, Marcos Quina, elenca algumas medidas de segurança que podem evitar em até 85% os casos de afogamentos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As precauções devem ser adotadas tanto para freqüentadores de praias quanto de piscinas, rios e lagos.

Precauções

De acordo com o especialista, os banhistas devem escolher locais com posto de salvamento, além de buscar informações sobre as possíveis situações de perigo nas praias, obedecendo à sinalização. Outra orientação importante é não entrar na água após ingestão de álcool ou alimentos pesados e evitar nadar sozinho. “Não superestime sua capacidade de nadar porque 50% das vítimas de afogamento sabiam nadar bem”, afirma.

Crianças merecem cuidado especial. Para isso, Quina recomenda que elas estejam sempre em companhia de um responsável, principalmente no período de almoço, quando os adultos se distraem mais. Nas piscinas, adultos devem estar atentos, sobretudo com brincadeiras na borda, que podem causar algum trauma.

Outro detalhe importante é não confiar nas boias plásticas: “boia de braço não é equipamento de segurança e geralmente quando as crianças estão de boia, os responsáveis tendem a se preocupar menos”, diz.

Socorrista leigo

Quando há caso de afogamento a primeira medida a ser tomada é chamar um salva-vidas, se houver, e os serviços como o Corpo de Bombeiros e o Samu 192. Este último realiza salvamento fora da água, enquanto que os salva-vidas e os bombeiros entram no mar para fazer o resgate.



Entretanto, caso não haja nenhum socorro por perto, Marcos Quina dá algumas orientações que podem ser colocadas em prática, com cuidado, por cidadãos comuns. “Neste caso, a pessoa deve entrar na água com uma boia, prancha, ou qualquer outro material que flutue para que a vítima possa se apoiar. “O importante é nunca entrar em contato direto com a vítima em pânico”, ressalta o médico.

Os casos de afogamento são classificados entre os graus 1 a 6. No primeiro grau, a pessoa engole água e apresenta apenas tosse. No grau 6, o mais grave, a vítima está inconsciente e com parada cardiorrespiratória. “Se a vítima não respira e está sem pulso carotídeo (no pescoço), o socorrista leigo pode prestar socorro iniciando a reanimação cardiopulmonar básica”, explica.

Para aplicar a reanimação, é necessário alternar 15 compressões cardíacas com duas respirações boca a boca. “Assim que o paciente voltar a respirar, vire-o de lado, limpe a boca, e mantenha-o virado para o lado direito até a chegada da equipe de socorro”, completa.


Dicas para evitar afogamentos:

- Buscar local apropriado para banho e se informar sobre situações de perigo nos balneários.

- Procurar locais onde haja postos de salvamento.

- Não cair na água após ingerir álcool ou comida pesada.

- Crianças devem estar sempre acompanhadas de adultos (mais de 80% dos afogamentos envolvendo crianças ocorrem por distração do adulto).

- Não confiar em boias plásticas infantis.

- Quando houver caso de afogamento, chamar um salva-vidas e serviços de resgate.

- Para tirar a vítima de afogamento da água, a pessoa deve saber nadar e levar uma boia ou prancha para a vítima se apoiar.

- Não ficar próximo de locais com pedras, principalmente nas arrebentações.

- Ao caminhar ou pescar em pedras, procurar ficar longe do alcance das ondas e não nadar próximo a pedras.

- A prevenção é o melhor modo de evitar o afogamento.

Afogamentos em 2010:

- Guarapari: 25 casos
- Vila Velha: 15 casos
- Serra: 12 casos
- Vitória: 10 casos
- Cariacica: 04 casos
- Fundão: 03 casos
- Anchieta: 01 caso

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Valesca de Monteiro
Texto: Valesca de Monteiro
valescamonteiro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776 asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard