13/02/2015 07h53 - Atualizado em 23/09/2015 13h43

Saúde alerta foliões sobre risco de infarto e derrame

No Carnaval, é comum os foliões dormirem pouco, passarem horas debaixo de sol na praia ou atrás do bloco de rua, ingerir bebida alcoólica e ainda misturar com energéticos. O problema é que tudo isso gera desgaste corporal que pode desencadear problemas sérios, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo o coordenador médico do Serviço Móvel de Urgência (Samu) 192, Robert Stephen Alexsander, por si só, misturas como álcool e energético, por exemplo, não causam nem infarto nem AVC. Ele explica que as pessoas geralmente usam essas associações para conseguir ficar mais tempo ‘pulando’ carnaval, e é esse desgaste corpóreo o fator mais preocupante. “O exercício extenuante, sem uma alimentação adequada, sem hidratação suficiente e sem descanso é que pode levar ao infarto ou ao AVC”, detalha.

E o médico alerta que o risco aumenta se o folião for fumante, diabético, hipertenso, cardiopata, sedentário ou tiver o hábito de beber frequentemente. Nesses casos, os cuidados devem ser ainda maiores. Vale, inclusive, aproveitar que o clima é propício para fantasias e adereços e levar para folia uma pequena bolsa térmica com alimentos saudáveis, como frutas, biscoito água e sal e barrinhas de cereais.

Sintomas

Entre os sintomas do infarto está uma dor prolongada no peito. De acordo com o coordenador médico do Samu 192, a pessoa sente uma pressão no esterno, que é o osso localizado no meio do tórax, e essa dor pode irradiar para as costas, subir para o pescoço e para o ombro, geralmente o esquerdo.

“A dor do infarto é prolongada e geralmente se associa com vontade de vomitar, a pessoa fica pálida, suando frio. Às vezes, aumenta a ansiedade e a dor também pode vir acompanhada de falta de ar”, detalha o médico, explicando que nem todos esses sintomas precisam se manifestar para que o infarto esteja ocorrendo, por isso é importante ter atenção ao comportamento do corpo.

No caso do acidente vascular cerebral, tudo pode começar como uma dor de cabeça insistente, que não passa nem com analgésicos. Outros sinais importantes são alteração na visão, dificuldade de falar e perda de força motora. “Quem estiver junto com a pessoa pode pedir para ela levantar os braços, assobiar ou repetir uma frase. Se a boca estiver torta ou se ela apresentar dificuldade para fazer o que foi pedido é um forte indício de que está ocorrendo um AVC”, orienta o médico.

Socorro

Se você estiver diante de uma situação como essas, a recomendação é entrar em contato imediatamente com o Samu 192. A ligação é gratuita. Um telefonista faz a triagem e repassa a chamada para um médico avaliar a gravidade do caso, passar as orientações necessárias e verificar se há necessidade de enviar uma ambulância. Nesse momento, é muito importante informar para o médico com detalhes o estado do paciente.

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Texto: Juliana Rodrigues
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