A alimentação inadequada e o sedentarismo têm trazido cada vez mais consequências negativas para a saúde da população. Uma delas é o aumento do colesterol que, entre outros problemas, é responsável pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto. Para evitar esse mal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta para os cuidados que devem ser tomados e os alimentos que precisam ser escolhidos para ajudar a combatê-lo.

O cardiologista da Sesa, Flávio Luiz Ruas Ribeiro, explica que o colesterol é um tipo de gordura animal encontrada no nosso organismo, fundamental para o seu funcionamento normal, e também presente em carnes e produtos de origem animal. Nosso corpo usa o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.

Porém, quando em excesso, o colesterol pode se depositar nas paredes das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos. “Quando há esse acúmulo de gordura nas artérias coronarianas, podem ocorrer problemas cardíacos, como infarto do miocárdio. Se o depósito se concentra nas artérias cerebrais, pode causar um acidente vascular cerebral (AVC)”, explica o médico cardiologista. Um estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que até 40% da população tem colesterol elevado.

Para combater este excesso de gordura, é importante evitar alimentos ricos em gordura animal, como carnes gordas (porco, boi), pele de peixe, frituras, derivados animais (salaminho, presunto), queijos gordurosos e salgadinhos. Deve-se dar preferência a frutas, verduras, vegetais, carnes magras e grelhadas, queijos brancos, produtos light e alimentos ricos em fibras, como aveia e pães integrais, que ajudam a reduzir as taxas de colesterol.

“A principal dica é comer com moderação, evitando alimentos gordurosos no dia a dia. Não é preciso cortar totalmente a picanha ou a feijoada, mas é melhor deixar para o final de semana, comendo esses alimentos uma vez ou outra apenas”, ressalta Flávio. Ele destaca, ainda, a necessidade de praticar exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana, uma hora por dia.

Exame

Para saber o nível do colesterol no organismo, a Sesa recomenda que o exame de sangue seja feito desde a infância na Unidade Saúde da Família. Segundo Flávio, não há uma periodicidade definida, portanto, quanto maior o perfil de risco da pessoa, mais frequente deve ser feita a dosagem.

O exame medirá a dosagem de vários tipos de colesterol, mas principalmente do LDL (considerado ruim) e do HDL (bom). Quanto maior o nível de LDL, maior o depósito de gordura nas paredes das artérias e as chances de um problema de saúde.

Já o HDL funciona como uma “vassoura” que limpa a gordura dos vasos. “O bom colesterol é produzido pelo organismo, sendo estimulado pela atividade física”, ensina o cardiologista. O nível ideal de colesterol varia de pessoa para pessoa e só pode ser avaliado por um médico.

Como se proteger do colesterol ruim
- Coma mais frutas e vegetais;
- Inclua peixe grelhado ou assado e menos carnes fritas em suas refeições;
- Pratique exercícios físicos;
- Deixe de fumar
- Priorize alimentos ricos em fibras, como aveia, pães integrais e maçãs. As fibras ajudam a reduzir as taxas de colesterol;
- Limite a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite;
- Limite os alimentos ricos em colesterol, como gema de ovo e fígado;
- Utilize derivados de leite pobres em gordura, leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light;
- Evite frituras;
- Evite lanches rápidos como cachorro-quente e sanduíches gordurosos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

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