15/07/2008 11h08 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Secretaria da Saúde prepara campanha de vacinação contra rubéola

O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), vai realizar, no período de 9 de agosto a 12 de setembro, a campanha de vacinação contra a rubéola, integrada à campanha nacional contra a doença.

Neste ano, a meta, após as duas etapadas da campanha, é vacinar 100% da população do Estado na faixa etária de 20 a 39 anos com a vacina Dupla Viral (sarampo e rubéola). A estimativa é que no Estado sejam imunizadas 1.201.301 pessoas, conforme informou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações (PEI) da Sesa, Marta Casagrande. Em nível nacional, a meta do Ministério da Saúde é vacinar 70 milhões de pessoas.

A campanha de vacinação contra a rubéola terá no dia 30 de agosto o seu ‘Dia D’, sendo que na primeira fase o trabalho de imunização terá a duração de cinco semanas e na segunda fase, que acontece de 13 a 27 de setembro, vai vacinar aquelas pessoas que não conseguiram ser imunizadas na fase anterior.

De acordo com Marta Casagrande, a campanha de vacinação vai desenvolver o trabalho de imunização em todo o Estado e mesmo aquelas pessoas que já tomaram a vacina devem receber a dose.

Nosso desafio é alcançar essa faixa etária da população, que é acometida por mais surtos da doença. Estamos trabalhando com os municípios para que eles utilizem todas as estratégias possíveis para alcançar essa população, como postos volantes em faculdades, por exemplo. Essa ação é necessária já que adultos não têm o hábito de frequentar postos de saúde”, falou a coordenadora.

Paralisia infantil

A campanha de vacinação contra a rubéola ocorrerá junto com a segunda etapa de vacinação contra a paralisia infantil. Na primeira etapa, 269.647 crianças foram imunizadas. Nessa segunda, a meta da cobertura vacinal das crianças de até 05 anos é de 95%. A vacina estará disponível em todos os municípios e será aplicada nos postos de saúde, das 08 às 17 horas, e também em postos volantes, como veículos, igrejas e supermercados. É importante que os pais levem o Cartão da Criança.

Realizar as campanhas da rubéola e poliomielite em conjunto é uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) tendo em vista que a população na faixa de 20 a 39 anos, em sua maioria, têm filhos, o que facilita no acesso ao cidadão.

Estratégias da campanha

No dia 2 de julho aconteceu no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), em Vitória, a reunião estratégica do Programa Estadual de Imunizações, como preparação para definição de estratégias de alcance da campanha de 2008.

O objetivo do encontro foi angariar o apoio de todos os segmentos envolvidos nas três esferas do Governo, das entidades públicas, privadas e sociedades científicas na divulgação, mobilização e operacionalização da campanha, que será a maior já organizada no mundo.

A doença

A rubéola é uma doença causada pelo vírus Togavírus e transmitida por via respiratória. É uma doença geralmente benigna, mas que pode causar má formação no embrião em mulheres grávidas.

A rubéola é um dos cinco exanemas (doenças com marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roseola. A transmissão é por contacto direto, secreções ou pelo ar. O vírus se multiplica na faringe e nos órgãos linfáticos e depois se dissemina pelo sangue para a pele. O período de incubação é de duas a três semanas.

A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica. As manifestações mais comuns são febre baixa (até 38ºC), aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, manchas (máculas) cor-de-rosa cutâneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de cinco dias.

Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos (sem perigo), dor muscular das articulações, de cabeça e dos testículos, pele seca e congestão nasal com espirros.

O vírus da rubéola só é realmente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação. Nestas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e mal-formações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez.

O surto de rubéola iniciou nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro em 2006. Espalhou-se em 2007 para mais 18 estados, totalizando 8.156 casos. Como conseqüência, houve aumento da incidência da síndrome no Brasil, com 12 casos confirmados.

No Espírito Santo, o número chegou a 73 casos confirmados e um caso de transmissão fetal, sem má formação detectada até o momento, e um caso de óbito neonatal com diagnóstico clínico.

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