06/03/2008 14h21 - Atualizado em 23/09/2015 13h19

Secretaria de Estado da Saúde faz alerta sobre sarampo

A equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está em alerta para evitar a importação do vírus do sarampo, por meio de turistas estrangeiros que visitam o Espírito Santo, seja por motivos de passeio ou trabalho. A precaução é motivada devido à visita de uma criança de um ano, da Alemanha, que esteve em Salvador (BA) e depois seguiu para Porto Alegre (RS) em fevereiro, infectada com o vírus.

De acordo com o médico Ronaldo Ewald Martins, referência técnica das Doenças Exantemáticas da Sesa, a recomendação é de que todos os municípios divulguem o alerta e intensifiquem a vigilância das doenças exantemáticas (aquelas que podem ocasionar manchas vermelhas na pele). O alerta deve ser intensificado nos portos, aeroportos, unidades de saúde públicas e privadas, para a detecção precoce dos casos suspeitos.

O alerta foi enviado pelo Ministério da Saúde e está sendo retransmitido pela Sesa para as Regionais de Saúde do Estado, que devem repassá-lo aos municípios. Os Conselhos Regionais de Medicina e de Enfermagem, entre outras instituições, também já foram informados.

Sarampo no Brasil

A doença chegou à América junto com os europeus. Em 1992, o Governo Federal realizou uma campanha de vacinação chamada “Marco Zero”, imunizando cerca de 48 milhões de crianças, de um a 14 anos de idade.

Em 1999, foi implantado um Plano de Erradicação do Sarampo no Brasil, com intensificação em todas as atividades de prevenção, o que resultou na redução da incidência em 2000 e na eliminação da circulação do vírus autóctone no País, no ano de 2001. No Espírito Santo, o último caso confirmado foi em 2000.

“Desde então, os casos que eventualmente surgem no País são importados de outros países, como Estados Unidos e Alemanha”, explica o médico, que ressalta que todos os vírus têm uma ‘cepa’ diferente. “Ou seja, eles têm uma ‘marca’ diferente que permite identificar que o vírus não é brasileiro”.

Vacinação

De acordo com o Calendário de Vacinação, as crianças devem receber uma dose da vacina aos 12 meses de idade e uma dose de reforço na idade pré-escolar. Adolescentes e adultos que não tenham sido vacinados, recomenda-se uma dose da Vacina Tríplice Viral. A vacina anti-sarampo é altamente eficaz, protegendo 97% das pessoas vacinadas.

A doença

O sarampo é uma das chamadas doenças da infância, apesar de infectar pessoas de todas as idades. A doença é facilmente transmissível de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são manchas irregulares avermelhadas na pele, em todas as partes do corpo, febre alta, mal estar intenso, conjuntivite, tosse e coriza. O sarampo pode trazer complicações como otite e pneumonia. A doença pode levar à morte em casos de agravamento, ou em crianças desnutridas ou com o sistema imunológico comprometido.

Pelos sintomas que apresenta, a doença pode ser confundida com dengue e rubéola. O diagnóstico do sarampo pode ser feito através de exame clínico realizado por um médico e confirmado pelo exame de sangue, que detecta a presença do vírus no organismo.

Informações à Imprensa:
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Texto: Rovena Storch
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