07/02/2008 09h20 - Atualizado em 23/09/2015 13h19

Secretaria de Saúde alerta para cuidados com animais peçonhentos

Época de férias, o verão é a estação mais esperada pelas crianças. Brincadeiras ao ar livre são boas opções para a saúde dos pequenos. Mas é nessa época também que animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, se reproduzem e saem de suas tocas para tomar sol. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta e orienta a população sobre alguns cuidados básicos que podem reduzir o número de acidentes com esses animais.

A chegada das chuvas na maior parte do País também aumenta o risco de contato das pessoas com animais peçonhentos, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Nesse período, escorpiões, aranhas ou cobras se tornam mais ativos e aumentam a busca de comida e de locais para reprodução. Além disso, procuram abrigo, que não são difíceis de encontrar nas proximidades de casas, jardins ou parques.

Em 2006, o Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen-ES) registrou no Estado 2.738 acidentes causados por animais peçonhentos em humanos. O principal agressor foram as cobras, com 1.134 ataques.

Em segundo lugar, vêm os escorpiões, que foram responsáveis por 847 acidentes, seguido das aranhas com 218. Outros animais peçonhentos, como abelhas, vespas e lacraias, cometeram 539 ataques.

Além disso, ocorreram seis óbitos causados por esses animais, sendo dois por ataques de escorpiões, três por abelhas e um de acidente com cobra.

Prevenção e cuidados

Para prevenir esse tipo de acidente, é aconselhável evitar o acúmulo de lixo, entulho e resto de material de construção em terrenos e quintais. Os animais escondem-se por baixo deles e podem picar alguém quando são perturbados. O combate à proliferação de insetos, como baratas e cupins, também é importante, pois eles são alimentos para aranhas e escorpiões.



Trepadeiras e bananeiras abrigam animais venenosos, portanto devem ser removidas. Ralos, frestas e buracos nas paredes ou no chão devem ser vedados. A porta deve ser mantida fechada, ou protegida por telas (assim como as janelas), e seu vão inferior deve ser obstruído com sacos de areia. Os predadores naturais, como patos, marrecos, sapos, lagartixas e galinhas, também devem ser preservados.

É importante realizar a limpeza constante atrás de quadros, cortinas, móveis e em cantos. As roupas devem ser mantidas dentro do armário. Antes de vestir calçados, roupas e utilizar lençóis e toalhas, eles devem ser batidos. E lembre-se: não se deve colocar a mão dentro de sapatos para verificar a presença de algum animal peçonhento. Além disso, não andar descalço evita 80% dos acidentes.

Muitos desses bichos estão camuflados no ambiente, por isso é importante andar sempre calçado e atento ao caminhar em jardins, pomares e matas. Se estiver de carro, mantenha a porta sempre fechada. À noite, ou mesmo em regiões escuras, a probabilidade de acidentes é muito grande, portanto não é aconselhável freqüentar as áreas mencionadas, principalmente nesse horário.

Luvas

Durante atividades rurais ou de jardinagem, deve-se sempre usar luvas e evitar tocar em buracos no chão, em árvores, ou de tocas de outros animais. Procure também utilizar um pedaço de madeira para afastar a vegetação. Não se deve acampar ou fazer piqueniques perto de lagos, rios alta vegetação, pastos ou plantações. Na pesca, evite encostar-se a barrancos.

Essas medidas devem ser tomadas durante todo o ano, e não somente no verão. Em todos os casos de envenenamento é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima para a orientação adequada. Quando for possível, levar o causador do envenenamento junto com a vítima.

Em casos de dúvidas, tanto da comunidade como da classe médica, é possível entrar em contato com o Toxcen-ES pelos telefones (27) 3137-2400 ou 0800 283 9904. O atendimento é feito 24 horas.





O que fazer em caso de picadas:

- Lavar o local da picada com água e sabão;
- Manter a vítima deitada e evitar que ela se movimente, para não favorecer a absorção do veneno;
- Se a picada for na perna ou no braço, mantê-los em posição mais elevada;
- Não fazer torniquete (garrote), pois pode levar à gangrena ou necrose, pois impede a circulação do sangue;
- Não furar, não cortar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecção;
- Não dar cachaça ou qualquer outro tipo de bebida à vítima;
- Levar o acidentado imediatamente a um serviço de saúde para que possa receber o tratamento adequado a tempo;
- Lembrar que nenhum remédio caseiro substitui o soro anti-veneno.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
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Texto: Rovena Storch
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