06/12/2011 09h52 - Atualizado em 23/09/2015 13h32

<b>Secretaria de Saúde alerta sobre o risco de doenças transmitidas por alimentos no verão</b>

As doenças de transmissão alimentar, popularmente conhecidas como gastroenterites, são consideradas problemas de saúde pública. As ocorrências mais comuns são registradas entre os meses de janeiro e agosto, sobretudo durante o verão. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está capacitando técnicos municipais e estaduais sobre as doenças.

As ocorrências acontecem onde há grande volume de pessoas. De janeiro de 2006 a julho de 2011 foram notificados 138 surtos desta natureza no Espírito Santo. Principalmente no verão, ressalta o coordenador do setor de Emergências em Saúde Pública da Sesa, Gilton Almada, as pessoas podem sofrer com o problema, que geralmente se manifesta por meio de vômito, diarreia, enjoo e dor na barriga.

Segundo ele, as residências, seguidas pelas lanchonetes, confeitarias/padarias são os locais onde mais são registrados os casos de doenças de transmissão alimentar. “Algumas pessoas desconhecem hábitos de higiene e formas de conservação de alimentos”, afirma, por isso é importante adotar algumas medidas.

Curso

De acordo com Gilton Almada, o foco é a prevenção e a investigação. “Vamos abordar coleta, transporte e manuseio de amostras clínicas, alimentos e água, sem esquecer também a questão da própria investigação do surto com a intenção de impedir que novas pessoas fiquem doentes”, explica.

Gilton conta com o apoio dos municípios, responsáveis pelo processo de notificação e investigação das gastroenterites, que são causadas por falhas na higienização. São produtos que podem conter bactérias, vírus, parasitas, toxinas, produtos químicos, agrotóxicos e metais pesados em grande quantidade.

O Curso de investigação de surtos de doença de transmissão alimentar, com carga horária de 20 horas, reuniu 48 técnicos e está sendo realizado na Escola de saúde Pública de Vitória, desde segunda-feira (05). A capacitação segue nesta terça (06) e quarta-feira (07).

Dicas

- Lavar as mãos regularmente: antes, durante e após a preparação dos alimentos; ao manusear objetos sujos; depois de tocar em animais; depois de ir ao banheiro ou após a troca de fraldas; antes da amamentação;

- Assegurar que o alimento servido esteja bem cozido e quente (aproximadamente 60ºC);

- Selecionar alimentos frescos com boa aparência e, antes do consumo, desinfetá-los. Os alimentos crus como frutas, legumes e verduras devem ser mergulhados durante 30 minutos em uma solução preparada com uma colher de sopa de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;

- Não comer alimentos crus, com exceção das frutas e verduras que podem ser descascadas, cujas cascas estejam íntegras;

- Lavar e desinfetar todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;

- Alimentos prontos que serão consumidos posteriormente devem ser armazenados sob refrigeração (abaixo de 5°C) e aquecidos no momento do consumo;

- Não comer alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de quatro horas;

- Comprar alimentos seguros verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, odor). Não compre alimentos sem etiqueta que identifique o produtor;

- Consumir leite pasteurizado, esterilizado ou fervido;

- Sorvetes de procedência duvidosa são de risco;

- Evitar alimentos à base de ovo cru (gemada, ovo frito mole, maionese caseira);

- Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, carnes, dentre outros);

- Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;

- Evitar comidas vendidas por ambulantes;

- Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;

- Beber água e/ou gelo apenas de procedência conhecida;

- Quando estiver em dúvida em relação à água, ferva ou trate o líquido. A água pode ser tratada com hipoclorito de sódio a 2,5%. Coloque duas gotas em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir.

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