Durante três dias, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, colocou o pé na estrada para participar de eventos e cumprir agendas do setor. Nesta sexta-feira (10), o secretário participou da abertura da 1ª Conferência Intermunicipal da Região Expandida Sul, em Piúma. Na quinta (09), esteve em Colatina para participar também da Conferência Municipal de Saúde. Já na quarta-feira (08), Ricardo de Oliveira se reuniu, em Linhares, com representantes do Poder Judiciário para conversar sobre a questão da judicialização da Saúde.

Na conferência desta sexta-feira, pela manhã, em Piúma, estiveram presentes prefeitos e secretários de Saúde dos seguintes municípios: Piúma, Iconha, Itapemirim, Marataízes, Alfredo Chaves, Anchieta e Rio Novo do Sul. O evento também contou com a presença do coordenador estadual da conferência, Eduardo Gava.

Tanto no evento de Piúma quanto no de Colatina, o secretário voltou a reafirmar que a Saúde, em nível de Brasil, não está sendo debatida com a profundidade que merece. Ele disse que a situação do setor é muito grave. Explica que a falta de financiamento é que tem provocado essa grande preocupação.

Ricardo de Oliveira lembra que a Constituição Federal foi bastante generosa ao definir os direitos do cidadão à saúde. Entretanto, lembra, o Governo Federal não tem sido tão generoso quando o assunto é o financiamento do setor. Revelou que já foram tirados R$ 9 bilhões da Saúde e para agravar o problema ainda mais, R$ 12 bilhões foram contingenciados.

Para o secretário da Saúde, o subfinanciamento do setor, por parte do Governo Federal, está comprometendo os serviços de saúde. “A situação é dramática”, define Ricardo de Oliveira.

Uma outra questão que foi avaliada pelo secretário é que apesar dos recursos para o setor serem cada vez mais escassos, eles ainda não estão sendo bem aplicados. “Acredito que ainda está havendo muito desperdício com esse dinheiro da saúde”, afirma.

Um dos momentos em que o secretário Ricardo de Oliveira foi mais aplaudido em Piúma foi quando falou no choque de gestão que vai aplicar na saúde e da meritocracia que já está sendo implantada e que ganhará mais força nos próximos três anos e meio. “Tem de ter pessoas competentes, comprometidas, que respeitem os recursos públicos e que querem trabalhar por uma Saúde melhor para o cidadão”, disse.



Judicialização

Durante a 1ª Conferência Intermunicipal de Saúde, a maioria dos prefeitos ressaltou a questão da judicialização da Saúde. Em Piúma, por exemplo, como explicaram representantes da Prefeitura, há uma média de 3 mandados judiciais por dia. As outras prefeituras, da mesma forma, também reclamaram da situação.

O secretário Ricardo de Oliveira também falou sobre a questão no encontro em Piúma. Ele contou que, na última quarta-feira (08), esteve em Linhares justamente para conversar com o Poder Judiciário sobre a judicialização da Saúde. Para o secretário, o momento é de buscar o diálogo, mas respeitando totalmente o estado democrático de direito.

“Nessa conversa que tivemos em Linhares os representantes do Poder Judiciário nos ouviram de forma respeitosa e ficamos de avaliar algumas questões que possam contribuir para a decisão final da Justiça”, disse o secretário.

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