24/04/2015 12h14 - Atualizado em
23/09/2015 13h43
Sedentarismo, obesidade e má alimentação contribuem com a hipertensão

Um estilo de vida sem atividade física ou com uma alimentação inadequada contribui com o descontrole da pressão arterial. Para as pessoas já diagnosticadas com a doença, a mudança de hábitos é uma prática fundamental para manter um bom tratamento. E para conscientizar a população sobre a hipertensão a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aproveita o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado neste domingo (26), para lembrar a importância de adotar atividades físicas e uma alimentação saudável em qualquer faixa etária.
De acordo com o médico cardiologista da Sesa, Edilson de Castro, a hipertensão está relacionada diretamente ao estilo de vida. A má alimentação, o sedentarismo, a obesidade e o processo comum de envelhecimento são os principais fatores para desenvolvimento da doença.
“As pessoas predispostos a desenvolver a hipertensão são aquelas que não praticam atividade física, que não consomem alimentos saudáveis e que abusam do sal. A hipertensão também é uma doença que aparece no próprio envelhecimento do indivíduo. Chamamos isso de hipertensão primária, esta ligada ao estilo de vida e ao envelhecimento”, explica o cardiologista.
De acordo com a equipe técnica do Programa Estadual de Hipertensão e Diabetes da Sesa, Ana Maria Rodrigues de Souza Ferreira e Márcia Soares da Silva, no Espírito Santo a prevalência esperada de hipertensos é de 22% na população adulta (acima de 18 anos), conforme está preconizado no Caderno da Atenção Básica do Ministério da Saúde (MS). Atualmente, há em média no Estado, 263.370 hipertensos cadastrados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Isso corresponde a 47,48% da população adulta esperada com diagnóstico de hipertensão arterial.
Apesar de a hipertensão ser mais prevalente em indivíduos adultos e idosos, a população jovem também pode desenvolver a doença, o que é chamado de hipertensão secundária. Isso pode ocorrer quando o jovem possui uma doença renal ou metabólica que contribua com o descontrole da pressão. No entanto, hábitos de vida pouco saudáveis também estão relacionados com o surgimento da doença cada vez mais cedo.
Segundo o cardiologista, atualmente jovens e crianças ficam mais em casa e não praticam atividades ao ar livre. Além da mudança de comportamento, ao longo dos anos, o padrão de alimentação mudou, pois é observado um maior consumo de alimentos poucos saudáveis, como os industrializados. “Com isso, temos hoje grande incidência de obesidade em crianças e adolescentes. O sedentarismo dos jovens também contribui com o aparecimento cedo da doença”, afirma.
Ainda de acordo com Edilson de Castro, a hipertensão é uma doença sistemática que pode afetar outros órgãos, entre eles o coração, que aumenta o risco de infarto, e o cérebro, na qual a pessoa corre o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (popularmente conhecido como derrame). Pode afetar os rins, agravando em uma insuficiência renal, e os olhos, o que pode gerar sangramentos e levar à perda da visão.
Identificação da doença
É simples identificar se uma pessoa é hipertensa. A pressão arterial é verificada com um aparelho. Segundo o cardiologista da Sesa, deve-se ter o cuidado em deixar o paciente em repouso, de cinco a dez minutos, em um ambiente tranquilo.
Se após a aferição for constatada que a pressão está alta, recomenda-se fazer uma nova aferição um dia depois para diagnosticar efetivamente a hipertensão. O conceito de hipertensão é PA sistólica (máxima) ≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica (mínima) ≥ 90mmHg em medidas de consultório, validado por medidas repetidas, em condições ideais.
A aferição de pressão pode ser feita em diversos serviços, em unidades de saúde e centros de referência. Para quem possui aparelho de aferição em casa, a orientação é a mesma: buscar manter-se em repouso em um ambiente tranquilo. Porém, apesar da comodidade de fazer aferição em casa, a pessoa não pode substituir a ida aos serviços de saúde para verificar a pressão arterial. É essencial manter a ida regular as unidades de saúde.
De acordo com a equipe técnica do Programa Estadual de Hipertensão é preconizado pelo Ministério da Saúde que os municípios trabalhem junto à sua população atividades de aferição de pressão arterial, rastreamento para detecção de novos casos, atividades físicas e outras ações de promoção, prevenção e controle da hipertensão.
Como tratar e evitar a hipertensão
O tratamento começa na mudança de hábitos. É preciso fazer atividade aeróbica pelo menos três vezes na semana, no período mínimo de uma hora. O cardiologista orienta também o consumo de mais verduras, frutas e legumes, e principalmente, a redução da ingestão de sal e produtos industrializados.
Outro fator importante é a qualidade do sono. Segundo Edilson de Castro, quando a pessoa tem apneia do sono ou outros problemas relacionados ao sono, também pode ocorrer o descontrole da pressão arterial. O tratamento também é feito por medicamentos. Os remédios podem ser adquiridos gratuitamente em farmácia populares.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Ana Carolina Stutz
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776
De acordo com o médico cardiologista da Sesa, Edilson de Castro, a hipertensão está relacionada diretamente ao estilo de vida. A má alimentação, o sedentarismo, a obesidade e o processo comum de envelhecimento são os principais fatores para desenvolvimento da doença.
“As pessoas predispostos a desenvolver a hipertensão são aquelas que não praticam atividade física, que não consomem alimentos saudáveis e que abusam do sal. A hipertensão também é uma doença que aparece no próprio envelhecimento do indivíduo. Chamamos isso de hipertensão primária, esta ligada ao estilo de vida e ao envelhecimento”, explica o cardiologista.
De acordo com a equipe técnica do Programa Estadual de Hipertensão e Diabetes da Sesa, Ana Maria Rodrigues de Souza Ferreira e Márcia Soares da Silva, no Espírito Santo a prevalência esperada de hipertensos é de 22% na população adulta (acima de 18 anos), conforme está preconizado no Caderno da Atenção Básica do Ministério da Saúde (MS). Atualmente, há em média no Estado, 263.370 hipertensos cadastrados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Isso corresponde a 47,48% da população adulta esperada com diagnóstico de hipertensão arterial.
Apesar de a hipertensão ser mais prevalente em indivíduos adultos e idosos, a população jovem também pode desenvolver a doença, o que é chamado de hipertensão secundária. Isso pode ocorrer quando o jovem possui uma doença renal ou metabólica que contribua com o descontrole da pressão. No entanto, hábitos de vida pouco saudáveis também estão relacionados com o surgimento da doença cada vez mais cedo.
Segundo o cardiologista, atualmente jovens e crianças ficam mais em casa e não praticam atividades ao ar livre. Além da mudança de comportamento, ao longo dos anos, o padrão de alimentação mudou, pois é observado um maior consumo de alimentos poucos saudáveis, como os industrializados. “Com isso, temos hoje grande incidência de obesidade em crianças e adolescentes. O sedentarismo dos jovens também contribui com o aparecimento cedo da doença”, afirma.
Ainda de acordo com Edilson de Castro, a hipertensão é uma doença sistemática que pode afetar outros órgãos, entre eles o coração, que aumenta o risco de infarto, e o cérebro, na qual a pessoa corre o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (popularmente conhecido como derrame). Pode afetar os rins, agravando em uma insuficiência renal, e os olhos, o que pode gerar sangramentos e levar à perda da visão.
Identificação da doença
É simples identificar se uma pessoa é hipertensa. A pressão arterial é verificada com um aparelho. Segundo o cardiologista da Sesa, deve-se ter o cuidado em deixar o paciente em repouso, de cinco a dez minutos, em um ambiente tranquilo.
Se após a aferição for constatada que a pressão está alta, recomenda-se fazer uma nova aferição um dia depois para diagnosticar efetivamente a hipertensão. O conceito de hipertensão é PA sistólica (máxima) ≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica (mínima) ≥ 90mmHg em medidas de consultório, validado por medidas repetidas, em condições ideais.
A aferição de pressão pode ser feita em diversos serviços, em unidades de saúde e centros de referência. Para quem possui aparelho de aferição em casa, a orientação é a mesma: buscar manter-se em repouso em um ambiente tranquilo. Porém, apesar da comodidade de fazer aferição em casa, a pessoa não pode substituir a ida aos serviços de saúde para verificar a pressão arterial. É essencial manter a ida regular as unidades de saúde.
De acordo com a equipe técnica do Programa Estadual de Hipertensão é preconizado pelo Ministério da Saúde que os municípios trabalhem junto à sua população atividades de aferição de pressão arterial, rastreamento para detecção de novos casos, atividades físicas e outras ações de promoção, prevenção e controle da hipertensão.
Como tratar e evitar a hipertensão
O tratamento começa na mudança de hábitos. É preciso fazer atividade aeróbica pelo menos três vezes na semana, no período mínimo de uma hora. O cardiologista orienta também o consumo de mais verduras, frutas e legumes, e principalmente, a redução da ingestão de sal e produtos industrializados.
Outro fator importante é a qualidade do sono. Segundo Edilson de Castro, quando a pessoa tem apneia do sono ou outros problemas relacionados ao sono, também pode ocorrer o descontrole da pressão arterial. O tratamento também é feito por medicamentos. Os remédios podem ser adquiridos gratuitamente em farmácia populares.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Ana Carolina Stutz
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776