Com o objetivo de dar continuidade aos estudos das crianças e dos adolescentes internados, o projeto “Classe Hospitalar” chega a mais um hospital da rede pública estadual. Desta vez é o Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, que recebe a equipe pedagógica da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).

“Nossa preocupação é estender este tipo de atendimento educacional ao maior número de alunos possível. Trabalhamos com atividades lúdicas pedagógicas, possibilitando o processo educacional e a manutenção de vínculo com a escola de origem, facilitando o regresso, acesso e continuidade à educação regular”, frisa a coordenadora do projeto “Classe Hospitalar” na Sedu, Luiza Elena Candido de Almeida.



A coordenadora informa ainda que, atualmente, o projeto também está presente no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (Hinsg), em Vitória, e no Hospital Dório Silva (HDS), em Serra. “Já são três hospitais da rede estadual com o ‘Classe Hospitalar’ e os números são representativos. Somente no ano passado, atendemos 3.896 pacientes. Desde a implantação, há aproximadamente sete anos, o projeto já atendeu mais de oito mil crianças.”

Sala de aula

Dentro do hospital, a sala de aula funciona como uma espécie de centro de vivência entre os estudantes, que ficam ansiosos pelo horário das aulas. Na sala, lápis de cor, papel, jogos interativos, entre outros recursos, aguardam os internos.

O trabalho é desenvolvido com crianças de todas as idades. Os pais acompanham de perto os filhos e podem ajudar no desenvolvimento das atividades.

O projeto acolhe também crianças de outros Estados, que estão no hospital para tratamento, como é o caso da menina Kariny, de apenas oito anos. Proveniente de Rondônia, ela foi submetida a uma cirurgia e está em período de recuperação.

Classe Hospitalar

O projeto conta com 15 professoras para atender os alunos/pacientes. Destas, duas são capacitadas para trabalhar com as crianças que tenham deficiência visual. Todas buscam sempre desenvolver a capacidade e autoestima de cada criança, traçando estratégias para que o fracasso escolar, evasão e repetência no período de internação e/ou tratamento sejam minimizados.



A equipe de Educação Especial da Sedu está trabalhando e traçando estratégias para que o projeto cresça ainda mais. De acordo com Luiza Elena, uma das ações para ampliar a qualidade do projeto é aprofundar a relação entre as professoras e a escola de origem do aluno.

“Nós sabemos da importância da relação de estreitamento entre o professor do projeto e a escola de origem, por isso estamos trabalhando bastante para que ela aconteça plenamente, pois queremos oferecer um trabalho de alta qualidade”, frisou a coordenadora.

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Texto: Kárita Iana e Cidnéia de Paula e Silva