01/08/2006 11h47 - Atualizado em 23/09/2015 09h37

Semana Mundial de Aleitamento Materno prossegue até a próxima segunda (07)

Começou nesta terça-feira (01) e prossegue até a próxima segunda-feira (07), a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Dando início às comemorações, o Programa Materno-Infantil da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza nesta terça, das 9h às 16h30, a I Jornada Estadual de Comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno, no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM).

Na solenidade de abertura, o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, falou sobre a amamentação. “É preciso difundir e insistir sobre a importância dos seis meses de aleitamento materno exclusivo. O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê”, ressaltou.

O evento teve início às 9 horas – com as presenças dos profissionais de bancos de leite, mães doadoras, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, entre outros – e segue até as 16h30, com mesas redondas, debates e palestras sobre a amamentação.



Aniversário

Em 2006, a Semana Mundial de Aleitamento Materno celebra os 25 anos da legislação internacional que regula o marketing dos produtos que competem com o aleitamento materno.

O Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno leva ao centro dos debates a maneira como as práticas comerciais de leites infantis, mamadeiras, chupetas e bicos podem interferir na amamentação.

“A recomendação do Ministério e Organização Mundial de Saúde é seis meses de aleitamento materno exclusivo, sem água, chás ou sucos. A partir daí, podem ser introduzidos alimentos saudáveis, mas, continuando a amamentação até dois anos ou mais”, explica a coordenadora Estadual do Programa Materno-Infantil da Sesa, Laura Diniz.

A coordenadora explica que as mamadeiras e chupetas costumam modificar a maneira de mamar e muitos bebês passam a não querer mais o peito. “Além disso, podem causar problemas na dentição, na fala e aumentar o risco de infecções”, disse.
Lei

A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL) foi instituída em 1988 e, esse ano, transformada na lei nº 11.265, publicada em janeiro, no Diário Oficial.

É uma legislação que tem por objetivo proteger a amamentação. Regulamenta o comércio e a publicidade de leites artificiais, chupetas, bicos e mamadeiras, e se dirige também à responsabilidade dos profissionais da Saúde, das escolas e do poder público.

A Lei tem artigos como o que diz que os rótulos das fórmulas infantis para bebês não podem ter frases que sugiram forte semelhança do produto com o leite materno – o que não é verdade – nem que induzam à dúvida quanto à capacidade das mães de amamentarem seus filhos.

Está proibido também o uso de expressões que identifiquem o produto como mais adequado à alimentação infantil. No caso das mamadeiras, bicos e chupetas, não é permitido, por exemplo, utilizar frases ou ilustrações que possam sugerir semelhança desses produtos com a mama ou o mamilo.

Doação

Bebês prematuros ou que estejam doentes apresentam dificuldade para mamar no peito materno nos primeiros dias de vida. Pesquisas comprovam que os bebês nessas condições têm chances bem mais elevadas de se recuperar e viver com qualidade, se a alimentação exclusiva com leite humano for oferecida durante o período de privação das mamadas no peito de sua mãe. Daí a importância da doação do leite materno a essas crianças.

Os principais receptores dos leites coletados nos bancos são recém-nascidos graves, internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neo-natal (Utin) dos hospitais de referência.

Os Bancos de Leite Humano são centros de apoio à amamentação onde o leite materno pode ser doado gratuitamente, processado e ofertado também de forma gratuita a determinados recém-nascidos prematuros e lactentes em situações especiais.

Os bancos de leite funcionam de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Todos possuem carro para buscar o leite na casa das doadoras. A mãe interessada em doar deve entrar em contato com o banco mais próximo da sua residência.

No Espírito Santo, aproximadamente 30 mulheres por mês fazem doação em cada banco ou posto. Isso representa 400 litros de leite mensais, que são usados para atender os bebês que estão internados nas Utins mantidas pelo Sistema Único de Saúde.

Bancos de Leite Humano no Estado

• Hospital Infantil Alzir Bernardino Alves – Hiaba (Vila Velha): (27) 3289-5945
• Hospital Dório Silva (Serra): (27) 3138-8905
• Santa casa de Misericórdia de Vitória (Vitória): (27) 3322-0074, Ramal 246
• Hospital da Polícia Militar (Vitória): (27) 3137-1618
• Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes – Hucam (Vitória): (27) 3335-7377
• Hospital e Maternidade São José (Colatina – referência para a Região Norte): (27) 3722-4977
• Banco de Leite do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (referência para Região Sul): (28) 3521-7045

Importância da amamentação:

• O leite de peito é o alimento mais completo que existe para o bebê;
• O leite materno é de fácil digestão e não sobrecarrega o intestino e os rins do bebê;
• Ele protege o bebê da maioria das doenças;
• É prático, não precisa ferver, misturar, coar, dissolver ou esfriar;
• Está sempre pronto, a qualquer hora ou lugar;
• Transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre a mãe e o bebê;
• Proteja a mãe contra a perda de sangue em grande quantidade depois do parto;
• Também protege a mãe da anemia;
• A amamentação diminui as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.

Informações à Imprensa:
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